Caímos na porta e ela se abriu, nós jogando para o lado de fora, ele caiu em cima de mim e ficamos parados recuperando o fôlego que nos foi tirado, com ele ainda em cima de mim, lindo como sempre. E hoje mais do que os outros dias, eu podia sentir borboletas no meu estômago com nossos corpos tão próximos e principalmente, nossos lábios.
Ilay — Por que você é tão teimosa?!
Stella — Eu? Você que é teimoso, isso está me deixando furiosa.
Ilay — Era eu quem deveria estar furioso! Olha o que você está aprontando há meses! Você me deixa louco!
Stella — Pelo visto não o suficiente!
Ilay — Tenho certeza de que é suficiente.
Stella — Então, prove!
Mal terminei de falar e ele encostou seus lábios no meu sem nenhuma delicadeza, um breve selinho. Não tive reação, foi algo totalmente diferente do que eu esperava, apesar de sentir arrepios sempre que chego perto dele. Não por gostar dele, mas sim por me sentir atraído.
Stella — Eu… me referia a você concordar com a anulação do casamento
Ilay — Sobre isso, nunca! Em relação ao selinho, você estava tão atento aos meus lábios que lhe decidi presentear.
Ele respondeu isso, mas também não tirava os olhos dos meus lábios, nem mesmo enquanto falava.
Talvez por conta do momento, de como nos encontrávamos, a adrenalina e o selinho, eu não resisti.
Me levantei um pouco indo diretamente ao encontro dos lábios dele, eu somente encostei um pouquinho e tentei voltar para trás, mas ele foi mais rápido. Com a mão na minha nuca, ele me puxou de volta, o que me fez esquecer de qualquer outra coisa além desse beijo.
Intenso, a melhor forma de descrever, ele por cima me puxando e eu respondendo puxando ele também, se fosse possível dois corpos ocuparem o mesmo espaço, nós estaríamos fazendo isso agora.
Continuamos nos beijando, puxando e mordendo, por um bom tempo, mas não parecia ser o suficiente. Eu podia sentir o quão animado ele estava e eu não estava para menos, apesar de querer, eu sabia das consequências e o empurrei quando decidi que o melhor para mim seria ir embora, fugir de toda a guerra.
Ilay — O que aconteceu? Você está bem?
Stella — Nós não podemos!
Ilay — Somos casados
Stella — Em breve, iremos anular esse incidente.
Ilay — Não! Nós não vamos, eu não concordei com isso!
Stella — Ilay, já chega! Eu não quero ficar assim, não quero passar o resto da minha vida almoçando sozinha, jantando sozinha, vendo você quase babar em cima da Helen e o mais importante, não quero ficar com alguém que eu não ame.
Ilay — Mas o amor é uma construção, gradualmente podemos nos acostumar e amar mutualmente
Stella — Não quero, não com você
Estava escrito em seu rosto o quão indignado e nervoso ele estava se sentindo, pude sentir e entender sem que houvesse a necessidade de falar em palavras.
Ilay — Mas, você até mesmo retribuiu meu beijo, isso não é nada para você?
Stella — foi apenas um beijo Ilay
Ilay — kkkkkk você sabe melhor do que ninguém como me tirar do sério
Ele se levantou e saiu. Após isso parei com as pegadinhas e foquei totalmente na construção que já estava bem avançada.
DOIS MESES DEPOIS (8/12)
(4 meses para a possível Anulação)
Carl — Stella, posso te perguntar algo? Não é nada que seja da minha conta, então não precisa responder.
Stella — Pergunte
Carl — você passou seis meses pregando peças no Ilay e parou de repente, e agora vocês se evitam como pragas
Stella — Você quer saber se alguma coisa aconteceu?
Carl — exatamente! Eu não entendo o que poderia ter acontecido.
Stella — Bom, a resposta é nada, não aconteceu nada.
Carl — Entendo… voltando ao assunto original, acho que o chalé poderá ser inaugurado daqui a 3 meses
Stella — Bem perto de eu ir embora, por sorte dará tempo de fazer tudo conforme nós planejamos
Carl — Bom, vou deixar resolver o que tiver de fazer e voltarei para minhas obrigações
Stella — Obrigada Carl, nada seria possível sem você
Carl — Bom, eu duvido muito, mas obrigado!
Continuei mexendo na papelada e organizando tudo conforme tinha de ser.
Ilay — vejo que você está ocupada
Meu coração quase chegou a saltar para fora, eu não escutei ele entrando e nem sabia desde quando ele estava lá.
Stella — O que você está fazendo aqui?
Ilay — vim te trazer uma carta, azul…
Stella — Ah… não! Meu dia estava indo tão bem!
Ilay — É, o meu também, mas ele gosta de tirar a paciência de qualquer ser vivo
Stella — não precisava trazer até aqui, poderia pedir para alguém trazer ela
Ilay — eu quis vim
Ele se aproximou da minha mesa, deu a volta e se escorou na mesa ao meu lado, ficando quase de frente para mim.
Seu perfume, suas roupas, seu cabelo, olhos, e até mesmo o jeito que ele anda, teria algo nele que não fosse tão lindo? Eu não sei, e quando ele chega perto sei menos ainda. Se não fosse pela Helen, acho que eu me renderia a ele e faria qualquer coisa que ele pedisse, rindo.
Ilay — aqui está
Ele ofereceu a carta para eu pegar, mas quando tentei ele a puxou para trás.
Stella — O que você está fazendo?
Ilay- Talvez eu tenha aprendido alguma coisa com você esses últimos meses
Ele me ofereceu de novo e novamente puxou para trás quando fui pegar.
Sem muita paciência, eu me levantei e tentei pegar a todo custo, mesmo ele sendo bem mais alto.
Stella — Para de gracinha Ilay!
Ilay — É mais satisfatório do que eu pensava
Stella — como?..
Ele se curvou e me beijou, não demorou muito para suas mãos estarem segurando minha cintura com firmeza e tentando me puxar cada vez mais perto, mesmo já estando colados um no outro.
Enquanto nos beijávamos e nos sentíamos cada vez mais ansiosos, tudo parecia tão belo e encantador que eu quase me esquecia daquele dia em que a Helen saiu do escritório dele. A visão do que vi novamente me fazia lembrar do que havia sentindo naquele momento. Eu o afastei e voltei a me sentar em minha cadeira.
Ilay — Não pode ser que só eu sinta isso! Sei que você também sente!
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Atualizado até capítulo 25
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