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Por Que Eu Escolhi Você?

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Luz do luar

Puxei assunto para ver se ele contava o que aconteceu.

Ilay —Trabalho, passei a tarde olhando para os papéis

Stella — entendo…

Ele optou pela omissão, bom, acho que a maioria não conta mesmo.

Helen — me desculpem pelo atraso! Demorei mais do que imaginava para ficar pronta.

Resumo do meu jantar “maravilhoso”

Primeiro, Helen se arrumou quase como se fosse para um baile ao invés de um simples jantar.

Segundo, Ilay mal tirava os olhos dela.

Terceiro, mal abrimos a boca para conversar, foi quase um silêncio total e constrangedor entre nós três.

Consideração final? Foi horrível! Mal consegui comer, ele olhava para ela, ela ficava com vergonha e abaixava a cabeça, e eu no meio do que parecia dois pombinhos apaixonados! O que me irritou mais ainda fui eu! Eu que sei exatamente o tipo de casamento que tenho e mesmo assim fiquei enciumada pela relação dos dois.

Assim que o jantar acabou, Helen se retirou primeiro e assim que eu me levantei, Ilay puxou assunto.

Ilay- Stella

Olhei para ele esperando uma confissão da verdade ou até mesmo que ele falasse sobre divórcio.

Stella — Sim?

Ilay — Está tudo bem? Achei você um pouco mais calada que de costume.

Ele simplesmente ignorará tudo o que está acontecendo? Uau! Que canalh.

Stella — Acho que temos que reconsiderar o casamento

Ilay — Nós já conversamos sobre isso!

Ele se levantou também e ficamos nos encarando.

Ilay — não vai acontecer

Stella — E você prefere que fique dessa forma?

Ilay — Sim, está ótimo!

Stella — Que conveniente para você!

Eu saí andando furiosa e fui direto para o meu quarto, logo uma empregada viria para me auxiliarem no banho, uma parte desconfortável ou confortável demais da nova vida.

Depois do banho vesti meu pijama que é mais um vestido branco longo com mangas bem fluido e leve, então me deixei na cama espaçosa e assim fiquei por um bom tempo sem conseguir dormir.

Por fim, decidi calçar meu chinelo de pelos, colocar uma capa grossa e dar um pequeno passeio pelo jardim, nada melhor que ver a natureza um pouco para se acalmar.

Andei de fininho pelos corredores indo até a cozinha, pois lá tem uma porta para fora, e isso seria mais discreto que a porta da frente que com certeza terá pessoas vigiando.

Abri a porta devagar e por sorte ela não fez muito barulho, deixei ela encostada e comecei a correr em direção ao jardim.

Meu coração acelerando, o vento balançando meus cabelos e o vento frio batendo em meu rosto, com essa vista maravilhosa tornava tudo perfeito.

Cheguei até o pequeno lago, que fica no meio de um mini campo em volta de árvores com flores lilás lindas, a grama tão verde mesmo nesse frio e as flores lindas sendo iluminadas pela luz do luar.

O som de um galho se quebrando me fez paralisar de medo e meu coração, que achei que não fosse possível bater mais rápido, me mostrou ao contrário.

Carl — Stella?

Finalmente voltei a respirar sem nem mesmo saber que tinha parado por um momento.

Stella — Que susto Carl! O que faz aqui?

Vi-o usando botas pretas simples, calça preta com um cinto de liga que prende na perna e uma camisa branca de manga longa da época, com cadarço na gola. Carl é um homem bonito, com cabelos ondulados castanhos e olhos cor de mel.

Carl — Eu gostaria de fazer a mesma pergunta!

Stella — Roupas estranhas para ser um pijama e mais estranhas ainda para ser o uniforme, então aonde você vai? Posso ir?

Carl — você nem ao menos sabe aonde vou e se oferece para ir de pijama? Enlouqueceu de vez!

Stella — vai me levar ou não?

Carl — Eu não preciso levar você, você veio sozinha, é exatamente aqui que eu vinha

Stella — Aqui? Assim? Por quê?

Carl — Eu realmente quero te perguntar as mesmas coisas

Stella — Tá! Já entendi, eu só queria um pouco de ar fresco e talvez ficar com um pouco de sono; por isso, sai escondida e com essas roupas.

Carl — Tá bom, agora sou eu, Estou aqui dessa forma apenas para ler um pouco enquanto como algumas frutas encostado na árvore de frente para o lago e talvez ficar com um pouco de sono igual a você

Stella — Parece que nossos motivos são similares, ambos estamos com dificuldade para dormir hoje

Carl — Sim, e o que você acha de se juntar a mim em uma leitura de um famoso investigador?

Stella — me afogar em história fictícias e ignorar totalmente os problemas da realidade? Eu adoraria!

Carl — Ainda bem que eu trouxe dois livros! Você pode começar pelo primeiro, eu já o li, trouxe apenas caso o segundo falasse algo do primeiro que eu não lembrasse.

Stella — se for assim, eu aceito de bom grado!

Nós dois sentamos e nos escoramos na árvore e ficamos em silêncio apenas focados em nossas leituras, eventualmente conversávamos sobre algumas partes e sem perceber o tempo começou a clarear.

Ambos olhamos assustados um para o outro, pois todos vão acordar agora e seria estranho nos ver assim voltando para casa. Entreguei o livro a ele e começamos a correr.

Carl — Eu não sabia que você podia correr tão rápido!

Stella — É o desespero!!!!

Ele abriu a porta da cozinha e nós separamos de fininho, ele foi para o quarto dele e eu subi as escadas para ir ao meu.

Finalmente, quando estava aliviada e virei o corredor do meu quarto, levei um susto com Ilay parado na frente dele com uma carranca.

Stella — Bom dia! Ilay

Ele se aproximou com firmeza e uma expressão clara de raiva.

Ilay — Não experimente ultrapassar os limites Stella!

Ele, um homem casado, beijou literalmente a Helen que está noiva do príncipe herdeiro e quer vir fala comigo sobre limites? Não mesmo!

Stella — Se não o quê?

Ilay — Não brinque comigo

Stella — toda vez que alguém te afronta você acha que é brincadeira?

Ilay — Ninguém nunca teve coragem de fazer se não fosse uma piada