A verdade

Stella — se sou um problema, assina logo os papéis de divórcio!

Ilay — Nunca.

Stella — Por que isso?? Você me deixa furiosa!

Ilay — Então você entende como estou me sentindo agora!

Passei por ele e fechei a porta do quarto, fascinante como ele não tem vergonha na cara! Tirei a capa, meu pijama e me joguei na cama falecida de sono, ainda mais depois desse estresse, só querendo dormir para não pensar nisso tudo.

PONTO DE VISTA DO ILAY mais cedo neste dia

Eu estava no meu escritório tentando terminar uma pilha de papéis antes do jantar, até duas batidas leves na porta me chamar atenção.

Ilay — entre!

Eu quis mandar ela sair imediatamente que a vi entrar.

Helen — Vossa graça, eu vim o chamar para o jantar

Ilay — Tenho empregadas para isso e creio que você não seja uma delas

Helen — Bom, eu pedi para que viesse no lugar dela, pois todas estão ocupadas e eu vi que você me olhou bastante no baile, Henry me disse que você já sabia do pedido de casamento e talvez quisesse falar comigo

Ilay — Então você teve a brilhante ideia de vir me buscar para o jantar para podermos ter um momento a sós?

Helen — Sim, dessa forma você pode ficar a vontade para me contar o que quiser

Ilay — Senhorita, eu te olhei tanto, pois todos os seus dentes estavam sujos de batom e ninguém estava te falando nada

Ela ficou surpresa, além de muito envergonhada e saiu correndo tampando sua boca com as mãos. Foi uma mentira necessária, não posso simplesmente falar que meus olhos vão involuntariamente ao encontro dela, seria no mínimo imoral!

Não acho que eu a ame, além disso, acho a minha esposa infinitamente mais bonita que ela, então por que olho tanto para a senhorita Helen?

Eu não tenho ideia e parece ficar pior quando ela está perto, fico me perguntando onde ela está como se realmente importasse para alguma coisa, eu não gosto disso.

Me levantei e fui para o jantar.

A senhorita Helen estava parecendo um presente mal embalado com fitas para todos os lados, já a minha esposa mesmo em vestidos sem muitos detalhes é realmente muito linda.

Quieto, isso é um breve resumo do jantar que aconteceu, Stella está novamente tocando no assunto de divórcio, mas isso não acontecerá! Talvez eu pergunte ao Carl em que tenho que melhorar para ver ela sorrindo de novo.

Na viagem de volta para casa depois do baile, eu achei que tinha me aproximado dela após perceber que ela era diferente do que falavam e, na verdade, muito inteligente.

Me peguei relembrando do nosso beijo no casamento, eu sabia que faria, mas me empolguei na hora e foi tão… bom! Não gostaria de fazer isso com ninguém além dela e nem tenho vontade, com ela é especial, certo e único.

Passei a noite tentando dormir sem sucesso. Decidi que, assim que o sol nascesse, eu iria até ela e tentaria me aproximar novamente. Talvez passarmos um tempo juntos além das refeições, como na viagem que fizemos.

Eu me levantei antes do sol nasceu, tomei um banho e me aprontei. Estava andando pelos corredores olhando pelas janelas quando vejo Carl e Stella correndo do jardim, fiquei cego pela raiva.

Ambos juntos a noite no jardim com ela de pijama, ela não teria coragem de me trair, ou ela o fez?

Discutimos e ela entrou em seu quarto também furiosa, ela não tem o porquê de estar assim e isso me deixa ainda mais nervoso.

Sai em direção ao quarto do Carl, meu amigo, meu braço direito cobiçando minha esposa era algo inaceitável

Quando cheguei, apenas abri com tudo a porta para pegá-lo já deitado, ele se levantou no susto.

Ilay — PODE ME EXPLICAR O QUE EU VI?

Carl — depende, se você me falar o que você viu

Agarrei a gola da sua blusa e o joguei contra a parede do quarto.

Ilay — O que você estava fazendo com a Stella? E pense bem da forma como responderá.

Carl — Ela não é igual a você! Só ficamos lendo, quando fui no lago como de costume, ela estava lá! Emprestei um livro e foi isso!

Ilay — vejo como você olha para ela, Carl, não minta!

Carl — Sim, eu posso ter algum sentimento por ela, mas jamais faria nada como isso!

Ilay — Não fique sozinho com ela novamente, é um aviso Carl, estou tento considerações por nossa amizade

Soltei-o e fui embora, mas a minha raiva ainda era intensa. Virei-me para trás e o acertei em seu rosto.

Depois disso sai, ainda com um péssimo humor, mas ligeiramente satisfeito.

PONTO DE VISTA DA STELLA

Quando acordei, já era tarde e as empregadas auxiliaram-me com o banho, as roupas e a refeição no meu quarto. Pelo visto, perdi o almoço e, por isso, fui direto para o escritório trabalhar em alguns projetos das ruas para facilitar o comércio e as viagens, bem como nas cabanas para os nobres passarem um período de descanso.

O dia foi quieto como nunca e sem eu me dar conta já tinha chegado a hora do jantar, dessa vez uma empregada veio me buscar e fui novamente a primeira a chegar, logo em seguida a Helen.

Helen — Eu não vi você hoje vossa graça

Stella — Eu dormi até tarde e depois fui cuidar de alguns assuntos, sinto muito em não conseguir te dar atenção

Helen — Posso te chamar de Stella? O Carl me ajudou a conhecer melhor a mansão e o Ilay me acompanhou no café da tarde, então eu não me senti muito sozinha.

Ah… então ele até a acompanhou no café… bom, ela gosta dela, então não devia me surpreender OK isso.

Stella — Está tudo bem, eu prefiro que me chame de Stella também

Helen — Que maravilha! Eu estava com medo de que você não tivesse gostado de mim por conta da minha indelicadeza, falando sobre o casamento de vocês como se soubesse de tudo.

Stella — Está tudo bem, com esse tipo de rumor circulando entendo o que você pensou

Helen — você é tão compreensiva Stella! Eu estaria brava se fizessem comigo, mas você manteve a calma, tão elegantemente.

Ilay chegou antes que eu pudesse responder e com isso não tive mais espaço para falar.

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