Capítulo 7

Estavam na mesa terminando de jantar quando Antony chegou e tocou o interfone. Christina se levantou rápido para atender e abrir o portão para que ele entrasse.– O Antony chegou, pessoal!

- Boa noite, linda! Disse beijando a namorada de leve nos lábios. Christina pegou na mão de Antony e o levou para a sala de jantar. - Como vai dona Catarina? Oi, Rafael, tudo bem? Abraçou a mãe de Christina e apertou a mão do irmão.

- Antony, querido, como você está? Catarina levantou e o abraçou. – Faz dias que não te vejo.

- A correria desse final está nos judiando, dona Catarina. Estou correndo atrás da documentação para a faculdade e de um lugar para morar lá. Disse olhando para a namorada.

- Tenho certeza que dará conta de tudo, se pudermos ajudar em algo nos avise. Disse ela saindo levando alguns pratos para a cozinha.

- Essa parte realmente é chata e demorada Tony, disse Rafael. – Mas logo você termina, aí vem a parte difícil, sair de casa. Mas nada que umas boas festas não resolvam, ele falou gargalhando da cara de choque da irmã.

- Eu imagino que não seja fácil mesmo, Rafa, ele respondeu. – Já estou preparando a minha cabeça, mas estou focado, medicina não é um curso que eu possa levar na brincadeira e nem quero. A residência que quero fazer depois depende de uma boa base e de boas relações com os professores. E quanto às festas, sua irmã já me passou em quais e quantas poderei ir, falou rindo puxando Christina pela mão e beijando sua bochecha.

- Chega desse papinho, não quero pensar nisso agora, Christina disse impaciente. – Vamos lá para a sala ver o filme? Vai querer assistir com a gente, Rafa?

- Não, imagina que vou segurar vela para vocês, de jeito nenhum. Vou subir e ver algo no meu quarto. Bom filme para os pombinhos.

Christina puxou o namorado para a sala, sentaram no sofá e esticaram as pernas na mesinha da frente. Enquanto Christina pegava o controle para escolherem o filme, Antony não perdeu tempo e a puxou para um beijo. Ela correspondeu, mas logo parou – Espera, amor. Minha mãe vai trazer a pipoca, não quero que ela fique sentada aqui, se comporte!

- Cheguei amores! Trouxe pipoca e refrigerante para o cinema de vocês! O que vão assistir?

- Ainda não escolhemos mãe, hoje é a vez do Antony, disse Christina pegando a pipoca.

- Hoje eu escolho, dona Catarina. Nada de ver “Orgulho e Preconceito” pela décima vez, disse revirando os olhos. – Sua filha só vê isso.

- Vou subir para meu quarto. Divirtam-se e tenham juízo, tá bom? Disse indo para a escada.

- Vamos ver um filme de mistério hoje, chama "Os outros". Disse Antony, se ajeitando no sofá.

- Ah, não! Vou gritar em algum momento? Ela olhou para ele ansiosa.

- Com certeza vai! Ele gargalhou e a puxou para seu colo. - Essa é a intenção, você ficar com muito medo, aí eu te protejo, disse e a beijou profundamente apertando sua coxa com força.

Christina e Antony nunca tinham passado dos amassos que ficavam mais intensos a cada dia. Ele a respeitava, mas fazia questão de mostrar que a desejava. Ela decidiu perder sua virgindade com ele, seria na noite do baile, Daniele estava ajudando a preparar tudo.

Continuaram se beijando, ela não facilitou quando começou a rebolar no colo de Antony que, com uma das mãos, pegou na nuca de Christina e a virou colocando deitada sofá. Por cima dela começou a beijar sua orelha, mordiscando e descendo pelo pescoço com beijos leves continuando pelo colo até chegar ao decote de sua blusa que abaixou até ver o topo dos seios dela. Esticou os olhos para Christina passando a ponta da língua lentamente na parte que aparecia enquanto ela olhava respirando descompassada. Desceu uma das mãos até o meio das pernas da namorada e apertou forte. - Tá difícil de segurar, Chris. Você é muito gostosa, não vejo a hora de ter você inteira. E voltou a beijá-la.

Ela saiu debaixo dele e se sentou sobre ele roçando suas intimidades.

- Também não vejo a hora, amor! Disse terminando o beijo mordendo o lábio inferior de Antony. - Agora vamos ver esse filme, já tô com medo, vou precisar de vários beijos.

- E eu precisava de um banho frio para acalmar meu ânimo disse apontando para seu membro. Ele levantou e foi ao lavabo, logo voltou mais calmo. Deitaram juntos de lado no sofá e voltaram o filme no início, mas durou pouco, voltaram aos amassos até Antony decidir ir embora.

- Amanhã nos vemos, linda! Saímos para algum lugar e depois ficamos um pouco lá em casa, o que acha?

- Combinado, vou ver o que a Dani e o Ronald farão amanhã, quem sabe combinamos vamos juntos.

- Pois é, estou achando o Ronald bem estranho ultimamente, anda me dando uns perdidos quando chamo para sair, acho que é mulher, só pode. Antony riu e voltou a beijar a namorada.

Enquanto isso, do outro lado da cidade estava Ronald em um barzinho. Um lugar afastado, intimista, com decoração rústica, poucas mesas ocupadas. Ele e sua acompanhante, uma mulher mais velha, sentaram num canto. Não podiam ser vistos juntos.

- Me nego a parar de ver você, não ligo para o que os outros pensam. Olhava para a mulher sério. O caso deles durava já alguns meses. Era sexo intenso e vigoroso. Começou com uma brincadeira do rapaz que foi aceita prontamente pela mulher. Já deviam ter parado, mas saiu do controle dos dois.

- Acontece que é a minha vida que também está em jogo, Ronald. Isso entre nós foi longe demais. É tudo muito bom, mas já passou da hora de parar.

Ronald saiu do seu lugar e sentou ao lado dela. Afagou seu rosto devagar com as costas da mão e a beijou. Começou delicadamente e logo intensificou parando quando a mulher ficou sem ar.

- Não vou parar de ver você, falou Ronald mais uma vez.

Ronald e a Mulher Misteriosa

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