fugir

Dante estava colocando a língua deliciosamente em minha vagina, ele deslizava os dedos em minhas dobras e colocava lentamente dentro de mim, eu estava a ponto de explodir e gozar quando acordei assustada, olhei para o lado e ele me olhava espantado, tenho certeza que ouviu algo, droga.

O tesão do momento era tão grande que não conseguia pensar em algo que não fosse alcançar o que teria em meu sonho.

Dante abriu o meu roupão e percorreu lentamente com a sua mão toda a extensão do meu corpo, ele veio para cima de mim e beijou minha boca dessa vez com um pouco mais de urgência, logo seus beijos tomaram mais partes do meu corpo, ele beijou meu pescoço, seios e nessa parte ele deu atenção aos dois, lambia um e o outro, seus beijos faziam minha intimidade pingar literalmente.

Dante ficou ajoelhado na minha frente, eu não queria sentir vergonha, queria deixar a virgindade de fora do quarto hoje, amanhã certamente tudo voltaria ao normal, já pensava em cedo, pedir demissão e sair do país, ir para longe e era isso que eu faria, o pouco que me sobrou me levaria para outro lugar e lá eu já tinha em mente o trabalho que teria.

Quando voltei ao momento pedi que ele fizesse tudo comigo:

__ Quero você hoje, quero tudo que você possa me dar.

__ Eu já sou seu, quero te fazer minha para sempre – dizendo isso ele mergulhou de forma deliciosa na minha intimidade.

Sua língua quente percorria as dobras molhadas da minha intimidade, como no meu sonho a sensação foi crescendo dentro de mim, seus dedos adentravam em mim de forma suave e eu me aproximava cada momento mais do meu orgasmo até que gozei em sua boca.

__ Que delícia, gozou para mim, estou te marcando como minha Samira, a partir daqui não tem volta- ele falou e eu senti o medo das palavras dele, eu não iria ficar na cidade, mas ele não precisava saber disso, não agora.

Dante...

O prazer dela era meu, eu sabia que não teria volta, o destino nos colocou no mesmo elevador e eu não vou deixar ela sair, tirei meu pau da cueca e pincelei lentamente em sua entrada, ela estava tranquila, confiava em mim e eu estava feliz com isso, eu queria ficar com ela, sou um maldito possessivo que não consegue ficar longe dela.

Comecei a penetrar nela lentamente e ela retesou:

__ Se você contrair vai doer mais, quer parar? - perguntei torcendo para que ela dissesse não.

__ Não, eu quero tudo de você- ela falou e eu assenti, voltei a beijar sua boca para distraí-la e quando ela relaxou eu apertei mais um pouco, puxei seu cabelo de forma firme para trás e ela sorriu, tinha gostado, eu sabia, empurrei mais um pouco e ela não me impediu, estava inerte no tesão, com seus braços traçando um filete de sangue em minhas costas eu penetrei tudo e uma lágrima saiu do seu olho.

__ Já entrou tudo, me beija, sinto muito por não poder deixar isso melhor para você- falei beijando seu queixo.

__ Pode se mexer que aliviou a dor- ela disse e eu lentamente sem interromper os beijos comecei a estocar, levei sua mão até sua intimidade e comecei a incentivá-la a buscar o seu prazer, eu estava com muito tesão, queria isso a dias, comecei a lembrar de tudo, o toque, o beijo, seu gosto estava grudado em mim, logo aumentei o ritmo e gozei com ela que buscava seu prazer.

Fiquei abraçado nela, logo ela levantou e foi no banheiro, ela não falou nada, então imaginei que era a vergonha, quando ela saiu eu entrei, depois sai e deitei ao seu lado, seus olhos estavam fechados então deixei que ela dormisse, em determinado momento ela me abraçou e eu dormi também sentindo o cheiro do seu perfume.

Samira...

Acordei abraçada no Dante, por um minuto fiquei em paz até lembrar do meu plano de ir embora, ele não me perdoaria por deixá-lo assim, mas eu não poderia viver em risco, Arnaldo não me deixaria em paz.

Na empresa teria um muro entre nós, foi um erro transar com ele, mas eu não podia evitar, levantei com cuidado e fui ao banheiro me vestir, sai de fininho e levei um susto quando vi na porta um homem, deveria ser o segurança e ele imediatamente falou educadamente:

__ Bom dia, senhorita, o Sr Dante já está saindo?

__ Sim, ele está no banho, pediu para que você me mostrasse a saída enquanto ele se ajeita, eu tenho que trabalhar- falei e ele me olhou como se eu falasse a maior besteira do mundo, quando ele ia responder à porta abriu, fechei o olho resignada e virei, sua cara não era de muitos amigos, ele me puxou para dentro e fechou a porta.

__ Que porra ia fazer? ia fugir? - ele perguntou incrédulo.

__ Ia para casa, que eu me lembre, não preciso te pedir nada- falei sem pensar.

__ Não parecia isso quando ontem me pediu para comer você- quando ele disse isso na hora lhe dei um tapa na cara, sabia que ele estava brabo, fui pega fugindo dele, eu também não gostaria, mas ai falar assim eu não merecia.

__ Que porra foi essa de me bater? ta ficando louca- ele disse furioso.

__ Não fala assim comigo, aqui somos iguais, não estamos na sua empresa, quero ir embora, preciso trabalhar- falei abrindo a porta que ele voltou a fechar.

__ Vou tomar um banho e te levo, não é um pedido, então sem falar nada- ele falou e saiu.

Inacreditável.

Dante ficou menos de 10 minutos no chuveiro, saiu e me deu a mão, eu puxei, mas ele era tão teimoso quanto eu.

Dentro do carro ele me olhou e disse:

__ Eu quero ficar com você, não fuja de mim, ontem você pediu que não quebrasse você, então como seria se você fugisse assim, acha que não me quebraria?- ele foi tão honesto comigo que senti culpa por querer fugir.

__ Desculpe, isso não pode voltar a acontecer, não vai dar certo, hoje vou pedir demissão e sair da empresa, vou embora, sair do radar do Arnaldo- mostrei a tela do meu celular, inúmeras mensagens enviadas durante o dia de ontem e a madrugada, ele pegou meu celular e freou no acostamento na hora.

__ Eu vou matar esse cara, você não vai sair da empresa, vai trabalhar diretamente para mim, analisei seu perfil e vi que vai ser de grande serventia para meu setor, minha assistente vai ficar com o meu irmão e eu precisarei de alguém, e vai morar na minha casa- ele falou e eu respondi na hora:

__ Espera um pouco, não vou para a sua casa, não preciso de ajuda assim, sobre a vaga eu aceitarei, pois creio que paga mais e poderei fazer a minha faculdade, mas não vou depender da sua caridade.

Ele me olhou e foi categórico:

__ Você não vai a lugar algum, não é caridade, é cuidado, não se preocupe com dinheiro, se preocupe em me ouvir a procurar seu curso, quero você inteira, com os medos, necessidades, eu vou ficar com a Samira que conheci e vou cuidar dela.

__ Tudo bem Dante, mas vamos por partes, primeiro o emprego e me deixa pensar no resto, eu aceito a segurança, afinal é a minha vida que está em jogo, mas nos comportaremos de forma profissional no emprego, pelo menos por enquanto, acredito que com um salário melhor eu consiga ficar em outro apartamento para não deixar a Julie acabar em perigo- falei e ele disse:

__ Tenho um apartamento que posso deixar você, ele é seguro e tem tudo que precisa, manteremos a descrição enquanto pensa, mas não demore, pois não vou aceitar viver igual um adolescente- ele falou e voltou a dirigir.

Ele me deixou no hotel e disse que a noite me levaria para o apartamento, o seu segurança ficou com um carro para me levar para a empresa e cuidar das minhas necessidades, assenti ciente que não tinha como lutar e entrei para me preparar para essa nova vida.

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