Darei um jeito na minha vida

Quando o Arnaldo veio até a empresa eu fiquei sem reação, passei mal e acabei a desmaiando, hoje sinto meu corpo dolorido, cansaço excessivo, quando acordei a recepção estava lotada e logo hoje o Chefe resolveu passar por aqui mais cedo, e para piorar ele viu que eu desmaiei.

__ Sr. Samira, quero você na minha sala em 15 minutos- quando ele falou isso saiu logo andando, o seu irmão foi atrás e todo o mundo logo dispersou-se, tomara que ele não me demita, agora que sai de casa não posso ficar desempregada.

__ Aiii amiga, tomara que ele não demita você, falei com as meninas e elas aceitam você, pode ir amanhã mesmo, hoje temos que arrumar algumas coisas ainda- Julie falou e fiquei aliviada, pelo menos não ficarei na rua e terei tempo de procurar outro emprego.

__ Amanhã vou lá, agora deixe-me ir para a sala do inimigo - falei rindo para disfarçar, tentando diminuir o nervosismo que estava no meio das duas, ela também voltou a trabalhar, não poderia prejudicar outra pessoa.

Levantei e fui em direção à sala dele e enquanto passava pelos corredores atraia mais olhos do que o normal, e eu não gostava muito disso, até agora fui quase invisível e queria me manter assim.

Entrei na sala e foi terrível, Dante se acha a pessoa mais importante e imbatível do universo, que raiva, pelo menos deu-me folga, tomara que depois a represália não seja pior.

Fui para o vestiário trocar-me, estou febril, vou aproveitar a folga e descansar, fiquei com a sensação do seu toque em meu rosto e eu gostei disso.

Chegava na sala dele, quando o seu irmão parou-me:

__ Sami, espera, como você está? Espero que o meu irmão não tenha sido rude com você - ele disse e eu sorri.

O Sr. Fernando era gentil e educado, ele saiu com a Julie e deu-me uma carona até o ponto que eu pegava a minha locomoção, gostei muito de ver ele sendo educado com ela, foi ótimo então se ele é gentil com as minhas amigas, é gentil comigo e é o meu amigo também, sem contar seu pai, eu amo aquele senhor querido e gentil, sempre me tratou tão bem, menos aquela enfermeira dele que parece ser falsa, tenho a sensação de que ela o maltrata, mas não posso falar nada, pode ser coisa da minha cabeça.

__ Não, impressionantemente ele foi muito educado, até me deu folga hoje, pediu que eu aguardasse que ele me levaria - falei e vi a Advogada chegar, ela era um mulherão, e entrou logo, ver a porta fechar atrás dela era sinal de que iam fazer algo errada lá dentro, preparava-me para sair quando a porta abriu-se novamente e eu pensei "rápido dessa vez".

Tive a impressão de que falavam de mim, continuei ao lado do Fernando e ela deu-lhe um selinho, ela saiu e ele suspirou e fechou a porta atrás dele, veio até nós e saímos do prédio.

Fomos até o carro na garagem e o Sr. Dante perguntou:

__ Qual lugar vou deixar você?

Não precisa me levar, vou pegar um Uber ou caminhar um pouco — falei e ele abriu a porta do carro sem me dar oportunidade de recuar, que homem arrogante, não sabe ouvir um não.

O senhor não sabe ouvir um não né- falei já furiosa por não ter voz ativa em lugar algum e o irmão ria da situação, também não sei o motivo da graça.

Ele bateu a porta e entrou no lado dele, então o irmão dele perguntou:

__ Sami, diga para aonde vamos, o meu irmão não deixará você em paz até que fale.

__ Pode-me deixar no hotel em frente a rodoviária, tenho um quarto pago ali hoje e amanhã já vou para a Julie, ela já conseguiu um quarto para mim- falei e ele assentiu.

__ Esse lugar é perigoso- Dante falou e eu não me segurei para responder.

__ Desculpa Sr. Riquinho, se não tenho tanto dinheiro como você - dei conta que disse besteira quando Fernando riu, então tratei logo de falar:

__ Aí desculpa, é a febre falando mais do que devia, só quero me deitar- falei e me encolhi.

Dante...

Deixei a desaforada na porta do hotel, o lugar era cheio de usuários de drogas, me aproximei do soldado no carro de trás e disse:

__ Quero que fique de olho aqui na porta 9, e não deixe que ninguém se aproxime ou faça mal para ela.

Ele assentiu e sai dali, com meu irmão.

__ Para aonde vamos? - ele perguntou.

__ Resolver uma dívida em aberto da Samira com este tal de Arnaldo, o cara é um estuprador, a boatos de que está envolvido com o Banin harum, o imbecil das festas que leiloam virgindades e meninas, vou exterminar isso- respondi puto.

Chegamos ao clube na área rural, próximo de onde morava a Samira, a família dela é daqui deste lugar, entrei com o meu irmão e todos já sabiam quem eu era.

__ Don? O que quer aqui?- ele falou cinicamente

__ Vim pagar a dívida que tem em aberto com a minha funcionária, esse valor não é lícito, mas estou a quitar, espero que deixe ela em paz- falei a jogar um Maço de dinheiro nele.

__ os meus negócios são com a família dela e não com a máfia, eu tenho planos com aquela vadia e não quero o seu dinheiro- o cara não quer o valor, ele quer ela, já deve ter alguém interessado na noite com ela, mas eu mataria, exterminaria quem fosse.

__ Os negócios serão diretamente com a minha família, me entenda e deixe ela em paz, permitirei

Hoje que viva, mas não se esqueça do meu aviso, os seus leilões estão com os dias contado, malditos estupradores assim como você precisam ser exterminados- falei e sai, eu não puxaria uma guerra ali, estava em um número menor, mas podia facilmente acabar com ele, tem um momento certo para todas as coisas.

Saímos dali e fomos em direção a nossa empresa, então o meu irmão falou:

__ Puxou briga com a gangue pela Sami? O que eu perdi?

Não respondi, pois, não entendi o motivo, desde ontem no elevador a bendita não sai da minha cabeça.

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