capítulo 20

Assim que chegaram ao hospital e foram informadas onde Gustavo sendo operado, as mulheres correram desesperadas para o local.

MONIQUE - Como ele está?

DOMINIC - Ainda não sabemos, ele está em cirurgia e pode demorar algumas horas e...

MONIQUE - E? O que?

DOMINIC - Ele teve duas paradas cardíaca, uma no local e a outra na ambulância.- Disse fazendo elas voltarem a chorar.

Dominic abraçou Monique, Alan fez a mesma com sua amada, tentando acalmá-las, duas horas depois, o médico apareceu e não estava com uma cara boa.

DOMINIC - Como o meu filho esta doutor?

MEDICO - Eu preciso que o senhor e a sua esposa, o Gustavo está estável, mais ele precisa de uma transfusão de sangue, o mais rápido possível, ou podemos perdê-lo.

MONIQUE -Nos já fizemos teste sanguíneo e nenhum de nós é compatível.

DOMINIC - Nos não, mais eu sei quem tem, eu já volto.

IVANA - Aonde você vai?

DOMINIC - Eu não vou deixar o meu filho morrer.- Disse e saiu do hospital.

ALAN- Podemos ver o meu amigo doutor?

MEDICO - Podem, pelo vidro e se forem rápidos, posso deixar se aproximarem dele.

Os quatro trocaram de roupa e foram seguindo para a UTI, Gustavo estava estudado, o médico achou melhor deixá-lo anestesiado.

Só três dele poderiam entrar, então Alan sedeu a vez para as mulheres, a primeira a entrar no quarto, foi Monique.

MONIQUE - Oi meu amor, não sabe como me doi te ver assim, se eu pudesse trocaria de lugar com você, acho que a maioria das mães diria isso, mais muitas pessoas diria que eu não sentiria isso por você de verdade, ja que não temos o meu sangue.- Disse e deu um suspiro pesado.- Quando você chegou na minha vida, eu estava passando por um momento muito difícil, os meus pais haviam sofrido um acidente e morrido, fiquei sozinha no mundo, foi a pior dor que eu senti, eu nunca contei para ninguém, mais eu sentia vontade de acabar com a minha vida, mais você me salvou, não consigo descrever o quanto foi bom ser a sua mãe, ver você crescendo e ver a cada dia, o laço que construímos juntos aumentando, pode ser egoísmo, mais não estou pronta, para deixar você ir, me escuta bem Gustavo, você tem que lutar meu filho, você tem uma vida inteira pela frente e muitos netos para me dar.- Disse e se levantou, deu um beijo no filho e saiu para dar chance ao próximo.

IVANA- Oi irmãozinho.- Disse se sentando ao lado de Gustavo.- Como você gosta de chamar a atenção.- Disse dando uma risada forçada.- Me lembro que você sempre tentou fazer a mãe se orgulhar de você, como se você precisasse fazer alguma coisa, sempre disputamos a atenção da mamãe, o que é normal, somos irmãos, mais eu em nenhum momento levei a sério nossas brigas.- Disse chorando.- Você prometeu que estaria sempre aqui para mim, mais esta aqui, descumprindo essa promessa, você não pode nos deixar irmão, você foi o irmão mais babão do mundo para mim, está na hora de ser o pai e o tio, mais babão de todos, não vou me importar se você querer estragar o meu filho, só fica com a gente, eu te peço.- Disse e depois saiu para Helena entrar.

A mulher entrou e lentamente se aproximou da cama que o homem repousava.

HELENA - O que dizer a você? Salvou a minha vida, entrou na frente daquele homem sem exitar, passamos por muitas coisas nesses últimos anos, nos apaixonamos tão rápido, estávamos felizes, ai veio o seu diagnóstico e depois, a minha gravidez.- Disse acariciando o cabelo do homem.- Sinceramente, acho o que mais me machucou naquela época, foi o jeito que você falou comigo, as palavras que usou, eu imaginava que você poderia dúvidar da minha gravidez, pedir um DNA, não me tratar como uma prostituta.- Disse e suspirou.- Senti raiva de você, durante muito tempo, mais nunca consegui te odiár, o amor foi maior e ainda existe aqui dentro, sempre me perguntei o que teria acontecido, se você tivesse acreditado em mim, você provou que me ama, agora precisa ficar aqui, com a sua família, o seu pai foi atrás da ferramenta que pode te curar, mais você também precisa fazer a sua parte, pela Cecília, pelo seus pais, pela Ivana, pelo Alan e por mim meu amor.

Helena sorriu para o homem confiante, já que se Dominic havia prometido que traria um doador, ele cumpriria.

#NO OUTRO LADO DA CIDADE#

Dominic havia conseguido o endereço de Jade com a ajuda do policial que a interrogou, ele foi até, era um bairro extremamente pobre, a casa que Jade estava morando, estava praticamente caindo aos pedaços, assim que ela atendeu a porta, ficou estática aí ver o imponente homem a sua frente.

JADE- Que honra ter o grande Dominic Bustamante em meu humilde moquifo, o que deseja?

DOMINIC - Quanto você quer?

JADE - O que disse?

DOMINIC - Quanto você? Você veio atrás de dinheiro, não foi? Quanto você quer?

JADE - Assim, vai simplesmente me dar o dinheiro, sem pedir nada em troca.

DOMINIC - Eu não disse que não queria algo em troca.

JADE - O que quer? Não vai me dizer que você está com saudades?- Perguntou se insinuando para o homem.

DOMINIC - Nem que você fosse a última mulher da face da terra.- Disse com desprezo.

JADE - Então o que quer?

DOMINIC - O Gustavo foi sequestrado, isso você já sabe, mais ele levou um tiro e precisa de uma transfusão de sangue, como eu não sou compatível, sobrou para você, então esse é o acordo que estou propondo, você doa sangue para o meu filho e em troca eu te dou o dinheiro que você veio procurar e depois você vai embora e não volta mais.

JADE - Assim, não quer mais nada?- Perguntou passando a mão no braço do homem.- Podemos ser uma família novamente.

DOMINIC - Nunca fomos uma família Jade.- Disse e tirou o braço de perto dela.- Você engravidou do Gustavo e como não tinha outra alternativa, foi morar comigo, eu que era burro para perceber.- Disse olhando bem no fundo dos olhos da mulher, era o momento dele lavar a sua alma e fechar aquele capítulo de uma vez por todas.- Agora sim, eu tenho uma família, estou recostruindo ela, que eu fui tonto de deixar ela por uma mulher como você, agora que eu tenho a mínima chance de recuperar a Monique, eu não vou desperdiça-la, então me fala logo, aceita doar sangue para o meu filho, depois pegar o dinheiro e nunca mais voltar.- Disse de forma séria.- Então?

JADE- Eu aceito doar sangue para o Gustavo, afinal ele também é meu filho.

DOMINIC - O Gustavo já tem uma mãe.- Disse se levantando.- Vá se arrumar, vou ligar para o hospital para prepararem as coisas e para o banco, para liberar a transferência.- Jade acenou com a cabeça e foi para o quarto, não acreditando na maneira como Dominic estava tratando ela.

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