Gustavo estava um pouco atordoado, já fazia cerca de vinte minutos que ele encarava a pequena que estava do outro lado da sala.
A menina que lembrava tanto os seus olhos, sua boca, até mesmo os seus cabelos, com a única diferença, que ela herdará o belo sorriso da mãe.
A culpa pesou em seus ombros, não era assim que ele imaginava que seria ao ver aquele pequeno anjinho pela primeira vez.
Ele achou que teria os cabelos negros da mãe, ou que se parecesse com algum dos amigos que Helena e ele tinham juntos, qualquer mínima coisa, que comprovasse a suas mentira e sua traição, mais não foi o que aconteceu.
Lá estava a sua frente, uma menina que era igual a ele, não dando brechas para ele duvidar que era filha dele.
Cecília, o nome que ele ouviu Helena chamando ela, a pequena sem dúvidas, tinha chance de ser a sua filha, mais ele não poderia se animar, só depois que saísse o DNA.
Logo Cecilia e Gustavo foram chamados para a sala onde a coleta de sangue, o primeiro foi o Gustavo, ele exigiu que cada procedimento fosse na frente dele para não ter nenhum tipo de fraude, bom, isso foi antes de ver a pequena.
ENFERMEIRA - Pronto senhor Gustavo.
GUSTAVO - A que horas sai o resultado.- Disse assim que se levantou da cadeira.
ENFERMEIRA - O juiz pediu um pouco de urgência, então hoje mesmo, os resultados saem, só vou tirar o sangue da pequena.
Helena foi com a filha até a cadeira, se sentou e posicionou a menina, para poderem tirar o sangue dela.
ENFERMEIRA - Agora eu vou tira o seu sangue pequena.
CECÍLIA - Só pode tila um pouquinho.- Disse fazendo o gesto com os dois dedos, que tinha aprendido com a mãe, fazendo a enfermeira e Gustavo rirem, o homem estava encantado com a pequena.
ENFERMEIRA - Pode deixar e não se preocupe, não vai doer, vai ser só uma picadinha.
CECÍLIA - Eu num vo chola, ja me fulalo muitas vezes.
ENFERMEIRA - Então vamos lá.
A enfermeira com todo cuidado, tirou o sangue de Cecília, após a coleta, levaram as amostras para o laboratório.
Gustavo, Helena e Cecília ficaram esperando o resultado sair no lado de fora da sala, o coração do homem parecia que iria sair pela boca de tanto nervosismo.
Helena ficou brincando com a filha para que ela se destraice um pouco, Gustavo observava as duas atentamente, querendo muito se juntar a elas, mais se segurando, já que se o resultado fosse positivo, o errado nessa história toda era ele.
Um tempo depois, Cecília adormeceu nos braços da mãe e Gustavo, não resistindo a tentação, se aproximou dela e perguntou.
GUSTAVO - O que ela tem?- Perguntou chamando a atenção da mulher, apesar de ter uma desconfiança, afinal, ele percebeu a pele pálida da pequena.
HELENA - Anemia.- Disse de forma tranquila, ela não queria nenhum tipo de desentendimento com Gustavo, principalmente com a menina por perto.
GUSTAVO - Por isso me procurou, você quer que eu faça uma transfusão para ela.
HELENA - Eu fiz o exame e deu negativo, o meu irmão também, então sobrou você para fazer o exame.
GUSTAVO - Não se preocupe, se o resultado for positivo, eu vou doar todo o sangue que ela precisar, e também vou dar a ela todos os direitos como minha filha e...
HELENA - Quando o exame der positivo, você vai sim, doar o sangue, que já é a ordem do juiz, depois você nunca mais vai colocar os seus olhos na minha filha.- Disse de forma firme.
Gustavo ficou mexido com as suas palavras de Helena, então quer dizer, que mesmo que o exame der positivo, Gustavo não poderia conviver com a própria filha.
Helena privaria ele desse direito, mesmo sabendo que era o sonho dele, isso o enfureceu, ele poderia ter errado, mais se ele fosse o pai da pequena, coisa que ele tinha quase certa de que ele era, ele teria direitos sobre Cecília.
Gustavo iria respondê-la, mais antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, a enfermeira apareceu com os resultados.
Gustavo se levantou com um olhar esperançoso, enquanto Helena permaneceu sentada, sem esboçar nenhuma reação, mostrando que ela já tinha certeza de qual seria o resultado.
GUSTAVO - Então?
ENFERMEIRA - Parabéns senhor Gustavo.- Disse e entregou os papéis do resultado na mão tremula do homem.- O senhor é o pai da pequena.
Nesse momento, Gustavo sentiu como se o seu coração tivesse parado, não era possível, ou era o que ele pensava, ele havia feito exames antes que disseram que ele nunca poderia ter um filho, mais aqueles papeis em suas mãos comprovavam que um milagre havia acontecido e que ele era pai.
Anos atrás, sua amada Helena e ele conceberam um milagre, mais ele foi idiota para não aceitar ou se quer consideram a hipótese.
HELENA - Bom.- Disse se levantando com a pequena, que ainda estava dormindo.- Já que tudo está terminado, quando podemos fazer a transfusão para a minha filha.
ENFERMEIRA - Vou liga para uma pediátra, uma das melhores da cidade e acredito que me dois dias, podemos fazer a transfusão.
HELENA - Agradeço.- Disse e ofereceu um sorriso para a mulher.
ENFERMEIRA - Até mais senhora.
HELENA - Até mais, até mais Gustavo.
O homem não respondeu, simplesmente ficou observando Helena se afastar com a sua filha nos braços, até que sumiu no corredor, a cabeça do jovem estava uma bagunça, mais não se comparava com a dor que sentia em seu coração.
Ele simplesmente havia rejeitado a sua filha, humilhado a mulher que sempre amou e pode também ter perdido a sua família para sempre.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Arilene Vicente
Bem feito, agora rasteja igual cobra atrás dela, tem que sofrer bastante até conseguir o perdão dela seu idiota😡
2024-05-04
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Luzia Ribeiro
eu sou mulher mas eu entendo o lado dele não é fácil para os homens quando a mulher engravida ela tem a certeza de que é mãe porque carrega no ventre o filho mas os homens tem que confiar na palavra da mulher porque certeza não tem como ter como se diz ser mãe é uma realidade ser pai é uma possibilidade e com o exame médico diz ser impossível ser pai fica difícil
2025-01-19
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GAMER W (TITANS BR)
ele poderia ter feito novamente o exame para contagem do espermatozoide e vê se era mesmo o resultado anterior, poderia ter esperado o nascimento e feito o DNA, mas quis ser o macho alfa e agora vai ter que se humilhar e esperar o perdão
2024-11-30
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