capítulo 11

HELENA - Então, sozinha a Cecília descobriu que o Gustavo é pai dela.

MIA- Impressionante, a Cecília sempre foi muito inteligente, mas chegar esse ponto de dedução, é bem Impressionante.

HELENA - Pois é, agora ela está la, me fez ligar logo cedo para ele, porque queria ficar com o pai dela.

MIA- E o que acha sobre isso?

HELENA - Por um lado eu acho bom, a minha filha sempre quis conhecer o pai e agora esta tendo a oportunidade de conhecer e conviver com o Gustavo, que eu tenho certeza que será um pai excelente, sempre achei isso.

MIA- E o outro lado?

HELENA - Eu tenho medo de perder a minha garotinha, medo que ela goste mais dele do que de mim e que o Gustavo decida pedir a guarda dela.

MIA- Lembra que já conversamos sobre isso em uma das nossas consultas.

HELENA - Eu me lembro.

MIA- Então se lembra do que eu disse, você tem que pensar, no ponto de vista da Cecília, ela ainda é uma criança e a presença do pai e da mãe, são de extrema importância para o desenvolvimento.

HELENA - Eu intendo.

MIA- Também tem o ponto de vista do Gustavo.

HELENA - O que tem ele? Ele me abandonou quando eu mais precisei.- Disse em um tom meio triste.

MIA- Já parou para pensar, que não é por causa da sua filha, que você sente essa aflição e se for por você?

HELENA - Eu não intendo.

MIA- Você vive voltando, na questão do abandono, mais você se colocou no lugar dele?- Perguntou dando um segundo para que Helena pensasse.- Ele recebeu a notícia de que não poderia ter filhos e derepente a noiva dele, aparece grávida, o que você pensaria, se fosse ele.

HELENA - Que ouve traição.- Admitiu.

MIA- Então, o Gustavo pode ter falado aquelas coisas por estar de cabeça quente e possivelmente, machucado com a possibilidade de ter sido traído pela mulher que ele amava.

HELENA - Isso não justifica, ele não ter ao menos pensado em mim.

MIA- Você quer saber o que eu acho, como amiga, não como sua psicóloga, você tem medo de seder, de admitir que ele ainda mexe com os seus sentimentos.

HELENA - E se eu dizer que sim, vou parecer fraca e idiota por amar ele.

MIA- O amor não é uma fraqueza.

ELLIOT - Concordo plenamente.- Disse entrando pela porta, após um turno difícil em seu trabalho.

MIA- Oi amor.- Disse ao sentir os beijo do homem em seu pescoço.- Estava te esperando e a Helena quis aproveitar para fazermos uma consulta.

ELLIOT - Já acabaram? Estou louco para tomar um banho, mais não gosto de fazer isso sozinho.

MIA- Mais um minuto e já estou acabando, já me encontro com você no quarto.

ELLIOT - Está bem linda.- Disse e foi em direção ao quarto.

HELENA - Acho linda a reação que os dois tem.

MIA- Eu amo o seu irmão, a base do nosso relacionamento, é a conversa, então esse é o meu conselho, converse com o Gustavo, formem uma equipe, compartilhe as preocupações e decisões requerentes sobre a Cecília.

HELENA - Eu vou pensar no seu conselho, agora vai lá ver o meu irmão, se não ele vai vir te buscar.

MIA- Eu estou indo.- Disse se levantando e indo em direção ao quarto.

Helena ficou pensando nas palavras de Mia e concordo que seria bom, ela é Gustavo terem uma boa relação.

#COM GUSTAVO E CECÍLIA#

GUSTAVO - Está gostoso?- Perguntou depois que a menina colocou mais uma colher de bolo na boca.

CECÍLIA - Tá xim papa.

Gustavo havia levado a filha ate a confeitaria Veniero's Pasticceria & Caffe, uma das mais famosas de Nova York e também, era a confeitaria favorita dele e de Helena.

Quando Helena ligou para ele dizendo que Cecília já sabia da verdade e queria vê-lo, Gustavo pulou da cama e foi correndo para lá.

Ver a pequena correndo até ele e o chamando de pai pela primeira vez, foi algo maravilhoso para ele, que sempre sonhou em escutar essas palavras, e também era incrível passar aquele tempo com a menina.

CECÍLIA - Papa, posso pegunta uma coisa?- Perguntou fazendo o homem despertar de seus devaneios.

GUSTAVO - Claro meu amor.

CECÍLIA - A mama disse, que aconteceu muitas coisas entre vocês, e ela não quis fala, eu quelia sabe.

GUSTAVO - Meu amor, eu vou ser sincero com você, a culpa foi minha, a mamãe não fez nada, ela é a mulher mais maravilhosa do mundo.

CECÍLIA - O que você fez?

GUSTAVO - O papai um dia foi a um médico, que disse que eu não poderia ter filhos, isso me deixou muito triste, porque eu sempre quis ter um filho, eu já namoravam a mamãe, ela ficou do meu lado, ficamos anos juntos e um milagre aconteceu e a sua mãe engravidou.

CECÍLIA - O milagre sou eu?

GUSTAVO - Sim princesa, você é um milagre, mais eu fui idiota e não acreditei nela, disse coisas nas quais me arrependo e acabei perdendo a sua mãe.

CECÍLIA - Oxe ama a mama?

GUSTAVO - Eu amo muito ela, a Helena é a mulher da minha vida, senti isso desde o dia que nos conhecemos.

CECÍLIA - E o papa quer namola a mamãe?

GUSTAVO - É o que mais quero, voltar a estar com a sua mãe, me casar com ela como sempre desejei e forma uma família, nos três, sem que ninguém nos separe mais.

CECÍLIA- Eu vou ajuda o papa, eu tumem quelo uma família.

GUSTAVO - Eu te amo pequena.- Disse fazendo carinho na mãozinha dela.

Eles ficaram na confeitaria por mais algumas horas, sem perceber que estavam sendo observados.

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