Julieta

Eu ainda estava sonolenta quando senti algo me tocando e chamando o meu nome quase como uma lamúria.

— Julieta (sussurro)

Eu despertei lentamente o quarto estava escuro, mas a silhueta ao lado da cama era conhecida.

— Guilhermo, que horas são?

— três da manhã, desculpa te acordar, mas quero conversar com você

O que ele teria de tão importante para conversar comigo que não poderia esperar o dia amanhecer? Sentei na cama e acendi o abajur, o meu rosto deve tá lamentável já que acabei de acordar e estou morrendo de sono.

— aconteceu alguma coisa?

— Desculpa

— desculpa? Porque você está se desculpando?

— por tudo

— bom, você tem que ser um pouco mais específico, tá se desculpando por ignorar-me ou por ta agindo igual um adolescente?

— isso e por não saber me expressar corretamente você não fez nada de errado, o problema sou eu espero que as coisas possam voltar o que era antes.

Eu já não estava tão chateada nem tinha o porquê disso, já que era um casamento contratual e ele não me deve nenhum tipo de satisfação, mas confesso que me senti aliviada com ele pedindo desculpas, espero que tudo volte a ser como antes.

— eu sou uma mulher muito generosa, então eu consigo te perdoar.

— obrigada

— eu posso voltar a dormir?

— eu posso deitar ao seu lado

— sim

ele se deitou ao meu lado e ficamos de conchinha as luzes voltaram a se apagar, ele estava me abraçando forte.

— eu senti falta de sentir seu cheiro Julieta.

Ele continuou a cheirar o meu cangote, estávamos colados um no outro que podia sentir o pau dele crescendo lentamente.

— sabe o que é bom em fazer as pazes?

— um?

- sexo de reconciliação

Ele amou escutar essas palavras, o pau dele pulou para fora em segundo e ali mesmo de ladinho, trepamos até cansar, mas foi coisa rápida eu precisava acordar cedo na manhã seguinte, o meu teste foi antecipado e eu vou fazer as minhas audições então peguei no sono logo em seguida. Quando o meu despertador tocou eu pulei da cama Guilhermo no queria me soltar, mas eu consegui sair ao caminhar no quarto acabei batendo o pé em várias coisas que ao acender as luzes descobri que eram várias e várias sacolas espalhadas pelo quarto.

— Guilhermo o que e tudo isso?

Ele sentou-se na cama e nossa como ele era lindo pela manhã os cabelos bagunçados o rosto dele sexy seguindo pelo seu corpo escultural ele estava pelado não se deu ao trabalho de vestir as suas roupas depois do sexo de ontem a noite e se eu pudesse ficar olhando ele vinte quatro horas pelado eu ficaria.

— presentes de desculpa

— presente ou suborno?

— acho que um pouco dos dois.

— mas porquê tudo isso?

Apontei para as várias sacolas de luxo no chão, era um exagero, acho que tem umas 100 sacolas alí.

- não consegui escolher uma só, então por via das dúvidas trouxe todas, se quiser mais pode usar meu cartão

— você não tem medo, eu posso gastar toda a sua fortuna

- eu não me importo

— não?

— todo o meu dinheiro é seu, então é só gastar.

— bobão

Eu dei uma olhada em uma por uma e não vou negar eu amei todas elas acho que a única vez que tive algo de luxo foi quando morava com os meus pais eles ganhavam muito bem então sempre tive tudo do bom e do melhor, mas depôs que saí para o mundo só experimentei o doce sabor da pobreza então era extremamente satisfatório e emocionante ter mais de 100 bolsas de luxos eu queria poder ter vários braços e usar todas de uma vez. Tomei um banho que poderia ser rápido, mas o senhor Guilhermo quis entrar comigo ele aliviou o meu novíssimo então troquei-me coloquei uma, meia calça preta um vestido solto, mas que valoriza as minhas curvas, fiz uma maquiagem leve arrumei o cabelo e escolhi uma das bolsas e corri para sair de casa antes da porta de saída o Afonso me cumprimento.

- a senhorita gostaria de tomar o seu café agora?

— obrigada Afonso, mas eu não quero nada

então o Guilhermo e o pai dele apareceram atrás de mim.

— Julieta, eu te levo para o teste e caminho do trabalho

— então vamos

— não é bom sair de estômago vazio (sogro)

— eu tô muito nervosa se comer algo eu vômito

No caminho para o teatro o Guilhermo me comprou um chá eu estava lendo e revisando o roteiro eu já tinha decorado de uma ponta a outra estava segura, mas o único problema é que a minha barriga estava estranha, uma cólica dolorosa tomei um remédio para dor.

— cólicas?

— sim

— quer ir ao médico?

- é só uma cólica

— não gosto de te ver com dor

— já tomei um remédio logo eu melhoro

Assim que chegamos na frente do teatro eu respirei fundo, eu consigo fazer isso.

— assim que terminar o teu teste me liga e vamos sair para comer algo.

— tá bom

ele agarrou as minhas mãos e deu um beijo nelas

— você não precisa ficar nervosa, você é talentosa e vai conseguir.

— obrigada por me apoiar

Ele beijou os meus lábios com carinho e eu acabei ficando calma até porque o nervosismo pode acabar atrapalhando, me despedi dele e entrei no teatro tinha várias pessoas lá tantos talentos as audições não demoraram para começar eu fiquei ali assistindo os candidatos até chegar a minha vez então quando escutei o meu nome eu entrei no palco a visão era linda não via a hora do público me assistir. Eu respondi algumas perguntas e comecei a falar as minhas falas, eu com certeza fiz a minha melhor atuação, fiquei enerte as minhas falas e no fim escutei os aplausos.

— Obrigada a protagonista foi escolhida, nós vemos amanhã para o ensaio (diretor)

— am? Como assim?

- qual parte não entendeu, você não veio fazer o teste para a protagonista?

— sim

— parabéns, você conseguiu

Eu quase não acreditei quando ele disse essas palavras, saí do palco, peguei o meu celular e liguei para o Guilhermo e ele já atendeu dando parabéns.

- parabéns

— como sabe?

— porque estou na plateia

Andei até onde a saída e lá estava ele me espera do com um buquê de flores eu desliguei o celular e corri para os seus braços.

— O que você está fazendo aqui não foi trabalhar?

— bom eu queria ser o primeiro a te parabenizar então entrei e fininho e fiquei aqui te assistindo e você foi perfeita agora vamos comemorar.

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