Preso Ao Amor
O tipo de adrenalina que eu simplesmente amo, os gritos desespero e o sangue respingando pelos cantos, as suas expressões de horror. Ah, não há nada melhor do que isso, é sensação que simplesmente adoro e sempre vou gostar, nada me faz querer parar de fazer isso.
Eu devia ter dito isso antes de conhecer aquele maldito policial metido, como pode ser tão atraente, me traz pensamentos além do que deveria. Não me atrevo a dizer o que penso, ou trocar palavras com alguém que não posso, ou talvez sim. Se ele soubesse a minha real identidade, seria capaz mesmo de ficar ao meu lado? Ah, dane-se! Só consigo imaginar ele fodendo comigo. Céus, como um policial pode ser assim, tão atraente, capaz de causar excitação em mim assim tão fácil. Aquele homem é quem eu quero agora, seja para me foder ou não, quero ele só para mim.
Por um tiro, tudo isso começou. Quando o vi pela primeira, simplesmente por acaso. Zyan Ackermin — Porra, até o seu nome é bom. Olhei cada parte do seu corpo, incrivelmente esbelto, da forma que me atrai mais ainda. Não há regras que dizem sobre se apaixonar por um policial bonitão sendo um assassino procurado, não é. Então ninguém pode me impedir de querer adquirir aquele policial atraente, algo dia o terei na minha cama.
...☼︎Por Lian☼︎...
Por volta de uma e duas da manhã, enquanto terminava mais um trabalho bem-feito, encontrei por acaso um policial machucado. Bala perdida, suponho. Estava escuro demais, mas foi o suficiente para eu o vê-lo claramente, era incrivelmente bonito. O sangue manchava completamente as minhas roupas, mas ele nem mesmo percebeu isso. Naquela noite, queria simplesmente esquecer tudo e deixa-lo ali mesmo onde estava, mas não pude, não sei o porque hesitei.
E por fim, acabei levando aquele policial para a minha casa. Obviamente, ele estava desacordado. Já não bastava o sangue que havia nas minhas roupas, sujou-me mais com o seu sangue, cheiro puro e fresco, nem me incomodei com a sujeira que acabou fazendo e os rastros de sangue que deixei pela casa. Cuidei rapidamente do seu ferimento, a bala não foi num local fatal, mas havia perdido sangue demais. O melhor, seria levá-lo ao hospital, mas como eu iria até lá levando um policial ferido sendo que sou procurado pela polícia? Que irônico! Acabou que cuidei dele na minha própria casa, não é como se eu quisesse, mas troquei as suas roupas enquanto estava inconsciente. E que maldita ideia eu tive. Despir ele foi como uma tortura, o seu corpo era esbelto e com um físico incrivelmente bom, o que eu mais esperava, né? Ele é policial, claro que seria dessa forma. Percebi que havia uma marca de tiro no seu ombro direito, mas um pouco apagado, quase não dando para ver. Observando o seu corpo inteiro daquela forma foi pura tentação, capaz de me deixar de pau duro só de olhá-lo.
Ele ficou desacordado o tempo inteiro, nem deve ter percebido que alguém estava o tocando. Se estivesse acordado, talvez, algo mais acontecesse. Após trocar as roupas que estavam sujas de sangue por uma limpa, o levei até o meu quarto para descansar e logo após isso fui trocar a minha roupa, limpar os rastros de sangue que deixei pela casa e todo o resto. Não demorou muito para fazer tudo isso, fiz rápido, de certa forma. O policial ainda ficou inconsciente, me pergunto se é normal uma pessoa ficar tanto tempo assim.
Não é como se isso me importasse, de fato, mas é arriscado manter um inimigo por perto. Se descobrisse que sou procurado pela polícia local, qual seria o desfecho disso tudo? Inimaginável.
E demorou até de mais para aquele policial acordar, no momento que abriu os olhos, eu estava trocando o curativo que fiz antes. Os seus olhos expressavam grande confusão na situação que estava. Claro, nem sabia quem era eu e assim que deve ser. Ele agarrou o meu pulso com força, isso só fez um sorriso genuíno se expandir no meu rosto.
— Nada mal para um policial.
Dito isso, recuei. Parei de fazer o que estava fazendo, ele ajeitou-se na cama e sentou-se. Em nenhum momento tirou os olhos de cima de mim, me observava com indiferença.
— O que pensa que está fazendo?
Ele perguntou com os olhos cravados nos meus, não me afetava o seu olhar, era divertido.
— Trocando o seu curativo.
Recolhi os curativos manchados de sangue e os joguei fora antes voltar o meu olhar para ele.
— Não se lembra o que aconteceu?
Perguntei a ele com um toque de curiosidade. Observando-o de cima baixo, os meus olhos pairando pelo seu físico outra vez. Ele olhou ao redor do quarto, tentando se lembrar de algo, mas pelo seu silêncio, a sua resposta já era óbvia antes mesmo de me responder.
— Encontrei você ferido perto de um beco. Suponho que isso aconteceu porque estava perseguindo um bandido, não é, Zyan?
Quando disse o seu nome, ele arregalou os olhos mais confuso ainda. Talvez devesse se perguntar como eu sabia o seu nome, mas se surpreenderia se eu dissesse o seu nome completo.
— Como sabe o meu nome?
Ele falou com dúvida. Sentimentos negativos o cercando. Os seus olhos pairavam pelo meu corpo da mesma forma que eu fazia com ele, que belo jeito de agir. Não me intimidei por seus questionamentos ou olhares indiferentes.
— Eu vi no seu uniforme.
Por um instante, fui até a sala e voltei com o seu uniforme. Nele, havia o seu nome completo e o departamento que estava, além de que atrás estava escrito "Polícia". Não entreguei isso a ele, ainda havia sangue nas suas roupas.
A sua expressão suavizou-se e suspirou de alívio percebendo que não havia nada de errado.
— Zyan Ackermin é um nome diferente, você não é daqui? De onde é então?
— Não te interessa.
Zyan respondeu com grosseria, mas mantive o sorriso no rosto mesmo já estando ficando irritado com cada palavra dele.
— Onde estou?
Ele tentou se levantar e sair da cama, mas quando tentou o fazer, sentiu uma forte dor no local do tiro e manteve-se no mesmo lugar.
— Na minha casa. Mas não se preocupe, não fiz nada com você enquanto estava desacordado. Não sou um criminoso, caso pense isso de mim.
É irônico dizer essas palavras, já sabendo da verdade. Eu sou um criminoso. Mas isso não quer dizer que iria machucar alguém de tal forma. Abuso e tortura não são algo que eu gosto de fazer, na verdade, roubos e hackear as coisas são a minha especialidade.
— Não sei se posso confiar nas suas palavras. Afinal, já estou com roupas diferentes do que estava antes.
Zyan proferiu olhando para mim como se fosse me matar, literalmente.
— Policial, menos, por favor. Só troquei você porque as suas roupas estavam sujas de sangue e também me fez sujar toda a minha casa com o seu sangue, ainda me vê como errado? Você que foi muito descuidado e levou um tiro.
As minhas palavras pareciam como uma provocação e percebi claramente o quão irritado eu o deixei, mas ele que começou isso. Infelizmente, eu o via diferente, mais do que um policial.
Não poderia deixar que esses sentimentos se aflorem mais, nem deveriam existir, na verdade. Mas algo me diz que esse não será o nosso último encontro, terá outros e quem sabe lá o que pode acontecer ao longo do tempo. É um mistério que gradualmente se revelará e posso esperar pacientemente por isso. Zyan Ackermin, lembrarei de você, pode ter certeza que sim.
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Atualizado até capítulo 34
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