Capítulo 15

...Bastian...

os dias têm passado e eu me adaptei muito bem ao meu trabalho.

No início, foi bastante difícil, pois a proximidade com Eider era grande e eu não conseguia conter meus nervos.

Eu estava no cargo de assistente pessoal do CEO, segundo Eider, sua assistente havia pedido uma licença indefinida por problemas pessoais e, como ela era muito boa no seu trabalho, ele não quis demiti-la. Em vez disso, usou a desculpa do meu estágio para me colocar no lugar dela.

Não vou mentir, o trabalho é estressante e, até agora, não tive problemas com ele, apesar de em mais de uma ocasião eu ter me enganado. O que sim aconteceu é que tive que despachar várias das suas "amigas" que vinham procurá-lo. Até agora ele não me disse nada sobre isso, e não sei por que continuo fazendo isso, se sou eu quem disse que não quero ter algo mais com ele.

Carla: Você está morrendo de ciúmes porque quer, simplesmente tem que reclamar o que é seu e marcá-lo para que ele não vá a suas reuniões de trabalho a essas horas.

Porque sim

o tal teve um "jantar de negócios" às 9 da noite e agora é uma da manhã e ele não voltou.

E eu estou aqui, roendo os dedos, pensando no que ele está fazendo agora.

Bastian: eu não posso prendê-lo a mim, não posso lhe dar filhos.

Carla: E como você sabe disso se só tentaram uma noite e não tentaram novamente?

Bastian: Eu… não sei, ok? Além disso, estou há uma semana sem conseguir me comunicar com King, desde aquele dia ele...

Minhas lágrimas começam a cair, Carla me leva para a cama e faz com que eu deite imediatamente, ela faz o mesmo e nos abraçamos enquanto eu continuo chorando.

Carla: King tem medo assim como você, mas, pense bem, é melhor sofrer e ter amado, ter dado tudo pela relação, ter tido a satisfação de que aquele homem foi seu, quem sabe a deusa te recompensará melhor, mas só deixá-lo partir para os braços de alguém mais sem você se atrever a tentar, só fará com que meu lindo filhote murche.

Bastian: E o que você sugere?

eu digo, levantando a vista.

Carla: Bom...

a porta do meu quarto é aberta, nós dois olhamos para lá, percebendo que é Eider ao lado de seu braço direito, Damon. Ambos nos olham com uma aura aterrorizante.

Bastian: Aconteceu alguma coisa?

Falo já que os dois só nos olham sem dizer nada. Olho para Carla e ela se afasta um pouco, já que ainda estávamos abraçados. Eles se olham e é Eider quem, com um portazo, fecha a porta novamente.

Carla: Você não faça nada, ele fará tudo, você só tem que se deixar levar e aproveitar as recompensas.

Ela tem um sorriso travesso que, honestamente, não consigo entender.

Então, como já vi que meu homem chegou sã e salvo em casa, levanto-me para tomar um banho e volto para a cama agora sim para dormir, como já é costume, Carla apenas se acomoda ao meu lado e dormimos abraçados.

Na manhã seguinte, acordo com a terrível sensação de estar sendo observado.

Abro os olhos e Eider me olha como se tivesse feito uma travessura e fosse pego no ato.

Bastian: Acon... Aconteceu algo?

Olho o relógio e ainda é muito cedo.

Eider: Nada... só pensei que poderíamos treinar juntos no meu ginásio.

Bastian: Claro, agora desço.

Ele assente e fecha a porta. Logo vejo o motivo pelo qual ele me olhava daquela maneira.

Carla, apesar de já ser costume dormir comigo, é uma terrível companheira de cama, ela se encontra em cima de mim.

Tento sair da cama e corro para o banheiro para tomar um banho, me visto com roupas esportivas e coloco um pouco do meu perfume para que ele não descubra o truque antes de sair do quarto. Checo meu pulso para me assegurar de que minha pulseira ainda está lá. Com tudo pronto, desço junto a ele e ele me guia ao seu espaço.

Depois de uma hora exercitando meu corpo, termino banhado de suor e eu não sou o único. Eider tira a camisa na minha frente, fazendo minha garganta secar ao ver seu corpo delicioso bem definido.

Eu o olho dos pés à cabeça, saboreando.

Eider: Gosta do que vê?

Diz Eider, sussurrando no meu ouvido, nem percebi quando ele se aproximou.

Não pude deixar de olhar seus olhos e depois dirigir meu olhar para seus lábios carnudos e sensuais, pela deusa, eu queria devorá-los.

Então, as palavras da minha pequena rata soaram na minha mente.

*Você não faça nada, ele fará tudo, você só se deixe levar* *e aproveite as recompensas.*

Bom, então eu não preciso fazer movimentos, ele fará por mim.

Eider, ao ver que não me movo do lugar, aproxima-se ainda mais de mim, colocando uma mão na minha cintura e levando a outra mão à minha nuca.

E finalmente unindo nossos lábios, o beijo no início foi doce e terno, depois senti uma mordida no meu lábio, fazendo eu soltar um gemido, aproveitando isso, Eider introduz sua língua na minha boca, correspondendo ao beijo em perfeita sincronia. Eider suga meus lábios, posso sentir o sabor mentolado em sua boca e o sabor metálico do meu sangue, o abraço pelo pescoço e ele coloca ambas as mãos nas minhas cadeiras, apertando-me para me levantar, fazendo com que eu entrelace minhas pernas em sua cintura, o beijo apaixonado é exigente e feroz, mas a falta de ar faz com que nos separemos, meus lábios estão inchados, mas eu queria mais.

Assim que recuperamos o fôlego, Eider encosta sua testa na minha.

Eider: Não vou me desculpar pelo beijo, porque eu realmente queria fazer isso, mas agora eu não quero parar, quero mais de você.

Ele ataca minha boca novamente e eu não vou impedi-lo, não sei se isso nos levará à cama agora, mas não penso em ser eu quem interrompa este incrível e quente momento que estamos tendo.

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