Capítulo 6

...Bastian...

10 minutos depois que enviei minha localização para Carla, ela apareceu no quarto.

Sim

ela usa pérolas para se mover de um lugar para outro, claro, desde que o lugar de onde ela estava e para onde ela vai seja seguro.

Imaginem um humano ver alguém desaparecer na sua frente e depois outro ver alguém aparecer repentinamente do nada.

Com certeza nos acusariam de bruxaria e, embora obviamente seja esse o caso, não significa que os humanos devam saber.

Enfim

minha amiga mal me viu e correu em minha direção, se jogando em mim e começando a chorar. Abracei-a com força para que se controlasse e, depois que ela finalmente se acalmou, pegou uma pérola de seu pulso e a apertou. Segundos depois, estávamos no meu quarto.

Bastian: Obrigado, bebê.

Carla: De nada, lobo. Me diga o que aconteceu, olha só como você está, cheio de marcas. Você não sabe como eu estava preocupada com você, fiquei com o coração na mão.

- E não foi só você.

Meu pai, Sebastian, entrou no meu quarto e imediatamente veio até mim. Depois de me abraçar com força e dizer o quanto estava preocupado comigo, começaram as broncas.

Sebastian: Você pode ser maior de idade e tudo. Mas para mim você ainda é meu bebê, como você quer que eu não me preocupe com você, hein? Você nem me avisou de nada, escute aqui, seu lobinho travesso, você e sua irmã, mesmo morando fora de casa, me respondem quando eu ligar e vêm para casa quando eu mandar, está me ouvindo?

Bastian: Sim, papai. Pode ter certeza.

Sebastian: Bebê, você sabe que são a minha razão de viver, não vou me intrometer na sua vida, mas quero estar a par dela para poder ajudar e aconselhar, ok?

Bastian: Sim, papai, obrigado por sempre confiar em mim.

Meu pai saiu e agora sim, contei à minha amiga em detalhes tudo o que havia acontecido.

Carla: E o que você pretende fazer com o seu destinado? Você não pode mais ficar de brincadeira.

Bastian: Não sei, vou deixar nas mãos do tempo e da Deusa Selene, ela sabe o que faz com a gente. Se for para ser, aproveitarei a oportunidade e direi a ele que vamos com calma, nos conheceremos primeiro e depois começaremos algo.

Carla: E você acha que essa sua família de possessivos vai deixar você chegar perto de um pálido?

Bastian: Eles vão ter que deixar, ele é meu destinado. Além disso, eu sei que meu pai Sebastian vai me apoiar.

Carla: É...

Olhei para minha amiga e sua expressão não era nada boa.

Bastian: Ratinha, o que foi?

Eu disse a ela.

Ela me olhou e seus olhos se encheram de lágrimas.

Carla: Nada, ratinho.

Bastian: Não me diga que não é nada, eu sei que você estava preocupada comigo, mas também sabe que eu sei me defender muito bem e, a menos que seja uma floresta inteira, eles não podem me vencer. Sério, ratinha, o que está acontecendo?

Carla: Eu estraguei tudo, ratinho, estraguei tudo.

Ela começou a chorar e se agarrou a mim.

Bastian: O que aconteceu, bebê? Me diga o que foi, me diga quem está te fazendo chorar para...

Carla: Não, a culpa é minha, eu sabia que nem todos os humanos são como o tio Sebastian e o tio Alessandro.

Bastian: O que aconteceu?

Carla: Alguns dias atrás eu encontrei meu destinado, ele... ele é um humano e eu não queria me envolver muito com ele, mas ele começou a falar e a me elogiar, e eu me apaixonei.

Ela mal conseguia falar.

Bastian: E?

Carla: Poucos dias depois, ele queria que eu dormisse com ele e, bom, você sabe qual é a minha resposta para isso. Ontem à noite, quando eu estava procurando por você, entrei novamente na boate e procurei nos banheiros masculino e feminino, e ele estava lá com uma garota. Eles estavam transando enquanto riam de mim...

Minha amiga fez uma pausa enquanto tentava controlar a voz.

Carla: Ela disse que eu era tão feia que só você, por ser um coitado, poderia ficar ao meu lado.

Eu estava furioso.

Bastian: Quando foi isso?

Carla: Há uns 2 meses.

Bastian: E por que você não me contou nada? Que amigo horrível eu sou para você, que não mereço um pingo da sua confiança. Eu pensei que era seu melhor amigo, já que da minha parte sempre houve respeito e confiança.

Carla: Ratinho, não, não é isso. Para mim, você é um irmão, mas naqueles dias estávamos passando pelos exames finais e eu não queria te desconcentrar. Além disso, eu sei o quão ciumento você é e, bom, eu queria que pelo menos você pudesse conhecê-lo primeiro e depois eu o apresentaria a você.

Bastian: Não, ratinha, não faça isso. Eu posso até estar bem, mas estou muito bravo com você. Eu te contei até sobre o dia em que apareceu uma espinha no meu... Estou muito chateado com você. Vou dormir.

Fui tomar banho e só me enrolei em uma toalha para sair do banheiro. Minha amiga ainda estava lá, não tenho vergonha dela, ela conhece cada pinta do meu corpo, já que quase sempre dormimos juntos. Coloquei um roupão e me deitei de costas para ela. Ela se deitou ao meu lado, me abraçando enquanto eu a ouvia soluçar. Eu estava furioso com o cara que a enganou. Me virei e ela imediatamente subiu no meu peito enquanto continuava chorando em silêncio. Eu apenas acariciei sua cabeça para confortá-la.

Bastian: Tudo bem, meu amor, pare de chorar, ok?

Já era um novo dia e não tínhamos saído do quarto.

Sebastian: Par de ratinhos, quero vocês prontos em 5 minutos, banhados, vestidos e perfumados, que nós vamos sair.

Bastian: Para onde, papai?

Sebastian: Tenho uma reunião de negócios com o Eider e o psicótico do seu pai não pode ir comigo. Você sabe como são as coisas. Vamos, mexam-se ou eu solto o gato em vocês.

Papai saiu do quarto e nós morremos de rir.

Por causa de suas loucuras.

E do ciúme do papai.

Mas pelo menos eu vi minha amiga sorrir.

Bastian: Vamos, ratinha, antes que ele solte o gato em nós. E pare de pensar naquele cara, ouviu? Aquele idiota vai se arrepender da canalhice que fez. Você sabe que com a gente ninguém se mete.

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