Na Ilha da Memória, Elena e Lorenzo encontraram um cenário que parecia saído de um conto de fadas. O Obelisco do Alto da Memória, majestoso e imponente, erguia-se em meio a uma paisagem verdejante. Suas pedras, gastas pelo tempo e pela história, contavam segredos antigos.
Elena, com seus cabelos negros ao vento, olhou para o obelisco com curiosidade. “Lorenzo, você já viu algo tão grandioso?”, perguntou ela, os olhos brilhando.
Lorenzo, o aventureiro de coração destemido, sorriu. “Nunca, Elena. Este lugar é único. E pensar que foi construído em homenagem a Pedro IV de Portugal durante a Guerra Civil Portuguesa. Um monumento que atravessou séculos e terremotos.”
Os dois subiram os degraus que levavam ao topo do obelisco. Lá, a vista se abriu diante deles como um mapa desdobrado. Angra do Heroísmo se espalhava abaixo, suas casas coloridas e ruas estreitas parecendo um quebra-cabeça perfeito.
“Olhe, Elena,” disse Lorenzo, apontando para o Forte de São Sebastião, que se erguia como um guardião solitário na baía. “Dizem que ali vive um fantasma, um antigo soldado que ainda protege a cidade.”
Elena riu. “Fantasmas ou não, este lugar é mágico. E ali, além das serras do Morião e da Ribeirinha, vejo o Monte Brasil, como um gigante adormecido.”
Próximo ao obelisco, eles encontraram o Chafariz do Alto da Memória. Suas águas cristalinas fluíam como memórias líquidas, refletindo o passado e o presente. As inscrições nas pedras eram enigmáticas, como se guardassem segredos que apenas os ventos sussurravam.
“O que você acha que está escrito aqui?”, perguntou Elena, tocando as letras gastas.
Lorenzo inclinou a cabeça. “Dizem que o chafariz é um portal para outras dimensões. Que quem beber de suas águas pode ver o passado e o futuro.”
Elena riu novamente. “Então, vamos beber e descobrir nossos próprios segredos.”
E assim, na Ilha da Memória, sob o olhar atento do obelisco e ao som suave do chafariz, Elena e Lorenzo se perderam em histórias antigas e sonhos que se tornavam realidade. Afinal, naquele lugar, o tempo era apenas uma ilusão, e as memórias eram eternas.
O vidro de relógio é um instrumento de laboratório projetado como uma folha circular de vidro transparente. Sua forma é côncava-convexa, e seu nome deriva da semelhança com o vidro que cobria os mostradores dos antigos relógios de bolso. Normalmente, é feito de uma mistura de metal e vidro para aumentar sua resistência a temperaturas de até 150°C12.
Agora, quanto à Elena, a sua guardiã, a história toma um rumo mágico. Quando Elena se depara com o Chafariz do Alto da Memória, ela descobre que este local é mais do que aparenta. As águas cristalinas do chafariz têm o poder de revelar memórias e segredos ocultos. Elena, curiosa e destemida, decide beber da fonte.
Ao fazê-lo, ela é transportada para um mundo além do tempo e do espaço. Ela se torna a guardiã do relógio de vidro, um artefato antigo que guarda as lembranças da ilha. O relógio de vidro, com sua superfície côncava, reflete não apenas o presente, mas também o passado e o futuro.
Elena percebe que o relógio de vidro é mais do que um simples objeto de laboratório. Ele é uma ligação entre mundos, uma janela para outras dimensões. Quando ela o toca, as memórias fluem através dela: momentos de alegria, tristeza, amor e perda. Ela se torna a guardiã das histórias da ilha, responsável por preservar e proteger essas lembranças preciosas.
À medida que o tempo passa, Elena aprende a usar o relógio de vidro para desvendar mistérios e resolver enigmas. Ela viaja através das eras, encontrando personagens do passado e do futuro. O relógio de vidro se torna seu companheiro constante, guiando-a em sua jornada.
Mas há um preço a pagar por essa conexão com o tempo. Elena começa a sentir os efeitos da imortalidade. Ela vê gerações de pessoas virem e irem, enquanto ela permanece inalterada. A solidão a assombra, mas ela sabe que sua missão é importante.
E assim, Elena continua a ser a guardiã do relógio de vidro, protegendo as memórias da ilha e mantendo viva a magia que a rodeia. Ela se torna parte da própria história que ela preserva, uma figura enigmática que aparece nos cantos mais remotos da Ilha da Memória, sempre observando, sempre lembrando.
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Atualizado até capítulo 42
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