O Portal do Esquecimento

Episódio 13: O Portal do Esquecimento

O Portal do Esquecimento era uma abertura misteriosa no coração da floresta. Suas bordas eram entalhadas com símbolos antigos, e a luz que emanava dele parecia dançar como chamas. Elena e Lorenzo estavam diante dessa passagem, seus olhos fixos na promessa de novos mistérios.

“O que você acha que encontraremos lá?”, perguntou Elena, olhando para Lorenzo.

Lorenzo tocou o relógio de vidro em seu pulso. “Dizem que o Portal do Esquecimento é onde as memórias se desvanecem, onde os segredos são enterrados. Talvez seja aqui que encontraremos as respostas finais.”

Elena sentiu um arrepio. Ela era a guardiã do tempo, destinada a proteger o relógio e preservar o equilíbrio. Mas também era a dançarina entre as sombras, aquela que desvendaria os segredos mais profundos.

“Arion disse que cada viagem deixa uma sombra”, lembrou ela. “O que será que encontraremos além do portal?”

Arion apareceu diante deles, sua figura etérea refletida na superfície do portal. “Elena, Lorenzo, vocês estão prestes a enfrentar o último desafio. O Portal do Esquecimento é onde as escolhas se dissolvem, onde o passado e o futuro se encontram.”

Lorenzo olhou para Elena. “O que você acha que veremos lá?”

Elena respirou fundo. “Memórias esquecidas, verdades ocultas. Talvez este seja o lugar onde encontraremos o fio do destino, onde todas as linhas se cruzam.”

Juntos, eles deram um passo à frente e atravessaram o portal. O mundo se distorceu, e eles emergiram em um lugar diferente.

Era uma praia deserta, com areia dourada e águas cristalinas. O sol estava prestes a se pôr, pintando o céu com tons de laranja e rosa. No horizonte, havia uma ilha rochosa, envolta em névoa.

Elena olhou para Lorenzo. “O que é este lugar?”

Lorenzo examinou as pedras na praia. “Acredito que esta seja a Ilha da Memória. Dizem que aqui as lembranças se materializam, que os segredos são revelados.”

Elena sentiu uma conexão com o lugar. Ela se lembrou de momentos esquecidos: o cheiro da chuva, o toque de uma mão amiga, o sabor de uma fruta doce.

“O que você vê?”, perguntou Lorenzo.

Elena olhou para o horizonte. “Vejo possibilidades. Vejo que o relógio é mais do que uma âncora. Ele é um guia, uma ponte entre os mundos. Talvez possamos usar essa conexão para desvendar os segredos da Ilha da Memória.”

Lorenzo sorriu. “Sempre juntos, Elena.”

Eles caminharam pela praia, explorando as cavernas e grutas da ilha. Nas paredes, havia inscrições antigas, histórias de vidas passadas, escolhas feitas e desfeitas.

No centro da ilha, havia uma fonte de água cristalina. A água parecia conter memórias, imagens que se formavam e desapareciam. Elena se aproximou e mergulhou as mãos na água.

As imagens começaram a se desdobrar: o dia em que encontrou o relógio, o momento em que conheceu Cristalina, o primeiro beijo com Lorenzo. Ela viu o homem de olhos escuros, Arion, criando o relógio, moldando o próprio tempo.

“O que você vê?”, perguntou Lorenzo.

Elena sorriu. “Vejo o fio do destino. Ele se entrelaça, criando novas trilhas. E nós somos os dançarinos dessa jornada.”

Lorenzo a abraçou. “Sempre, Elena.”

Eles olharam para o horizonte, prontos para enfrentar o próximo desafio. O que a Ilha da Memória revelaria? Elena não sabia, mas

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