Episódio 14: O Despertar das Estrelas
A Ilha da Memória estava envolta em névoa, e o Portal do Esquecimento parecia pulsar com uma energia ancestral. Elena e Lorenzo se encontravam na praia, olhando para o horizonte. O sol estava prestes a se pôr, lançando reflexos dourados sobre as águas cristalinas.
Elena sentiu uma urgência. O relógio de vidro em seu pulso parecia vibrar em sintonia com o próprio tempo. “Lorenzo, o que você acha que encontraremos além deste portal?”
Lorenzo estudou os símbolos entalhados nas bordas do portal. “Dizem que o Portal do Esquecimento é onde as memórias se dissolvem, onde os segredos são revelados. Talvez aqui esteja a chave para desvendar o mistério do relógio.”
Arion apareceu diante deles, sua figura etérea refletida na superfície do portal. “Elena, Lorenzo, vocês estão prestes a enfrentar o último desafio. O Portal do Esquecimento é onde as escolhas se desvanecem, onde o passado e o futuro se encontram.”
Elena olhou para o espelho d’água que se formava ao redor do portal. As imagens começaram a se desdobrar: momentos esquecidos, rostos familiares, escolhas feitas e desfeitas. Ela viu o homem de olhos escuros, Arion, moldando o próprio tempo.
“O que você quer, Elena?”, perguntou Lorenzo.
Elena pensou nas palavras de Arion. O homem de olhos escuros, o criador do relógio. Ele buscava poder, mas também carregava o peso das consequências. O tempo era uma dança, e eles eram os dançarinos.
“Vamos usar o relógio com sabedoria”, disse ela. “Desvendaremos os segredos, mas protegeremos o equilíbrio. Cada viagem deixará uma marca, mas também abrirá novas possibilidades.”
Lorenzo assentiu. “Sempre juntos, Elena.”
Eles caminharam pela praia, explorando as cavernas e grutas da ilha. Nas paredes, havia inscrições antigas, histórias de vidas passadas, escolhas feitas e desfeitas.
No centro da ilha, havia uma fonte de água cristalina. A água parecia conter memórias, imagens que se formavam e desapareciam. Elena se aproximou e mergulhou as mãos na água.
As imagens começaram a se desdobrar: o dia em que encontrou o relógio, o momento em que conheceu Cristalina, o primeiro beijo com Lorenzo. Ela viu o homem de olhos escuros, Arion, criando o relógio, moldando o próprio tempo.
“O que você vê?”, perguntou Lorenzo.
Elena sorriu. “Vejo o fio do destino. Ele se entrelaça, criando novas trilhas. E nós somos os dançarinos dessa jornada.”
Lorenzo a abraçou. “Sempre, Elena.”
Eles olharam para o horizonte, prontos para enfrentar o próximo desafio. O que a Ilha da Memória revelaria? Elena não sabia, mas estava determinada a desvendar os segredos do relógio e a moldar o próprio destino.
Na Ilha da Memória, Elena e Lorenzo descobrem um cenário mágico e repleto de significado. O local é coroado pelo Obelisco do Alto da Memória, um monumento comemorativo de grandes dimensões. Este obelisco foi inicialmente erguido no século XIX em homenagem à passagem de Pedro IV de Portugal pela Terceira durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834).
O obelisco, de evidente simbologia maçônica, foi construído com pedras reaproveitadas do antigo Castelo dos Moinhos, a primeira fortificação da antiga Angra, erguida cerca de 1474. O monumento foi praticamente destruído pelo grande terremoto de 1980, mas foi reconstruído e reinaugurado em 1985.
Do miradouro junto ao obelisco, os visitantes desfrutam de uma vista abrangente de Angra do Heroísmo, sua baía, o Forte de São Sebastião, a Fortaleza de São João Baptista, o Monte Brasil e as serras do Morião e da Ribeirinha.
Próximo ao obelisco, encontra-se o Chafariz do Alto da Memória. Este local é um testemunho da história e das memórias da ilha, um lugar onde o passado e o presente se entrelaçam, e onde os segredos são revelados.
Continua…
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Atualizado até capítulo 42
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