Capítulo 21: O Enigma de Eldur
Ela entrou na névoa, sua visão imediatamente obscurecida pelo véu espesso. Cada passo era cauteloso, cada respiração medida. O silêncio era absoluto, como se até mesmo o vento temesse falar ali.
"Você veio por nós," uma voz sibilante ecoou ao redor dela, fazendo-a parar em seu caminho.
"Quem está aí?" Althea desafiou, sua mão firmemente segurando a espada.
"Somos os guardiões deste lugar," várias vozes responderam em uníssono, e sombras começaram a se formar na névoa, figuras encapuzadas que se moviam com uma graça sobrenatural.
"Eu vim pelo fragmento do cristal," Althea disse, tentando esconder a inquietação em sua voz. "E vou enfrentar qualquer coisa para recuperá-lo."
As sombras riram, um som que gelou o sangue de Althea. "O fragmento está aqui, mas não será entregue tão facilmente," uma das figuras disse, dando um passo à frente. "Você deve provar seu valor."
Sem aviso, as sombras atacaram, rápidas como o vento e silenciosas como a morte. Althea lutou com toda a sua habilidade, sua espada cortando a névoa e encontrando seu alvo nas sombras. Mas por cada sombra que ela dissipava, duas pareciam tomar seu lugar.
Ela recuou, buscando uma estratégia melhor. Foi então que ela se lembrou das palavras de Zephyr: "Ouça o vento." Ela fechou os olhos e se concentrou, buscando a voz do vento do sul em meio ao caos.
E o vento falou\, sussurrando em seu ouvido a fraqueza das sombras. "A luz\," ele disse[^1^][1]. "Elas temem a luz."
Althea abriu os olhos e levantou o relicário, que brilhou com uma luz intensa, banindo as sombras e revelando uma passagem oculta na névoa. Ela correu para a passagem, as sombras gritando em fúria atrás dela.
A passagem a levou a uma câmara subterrânea, onde o fragmento do cristal estava incrustado em um altar de pedra. Mas não estava sozinho; uma figura encapuzada estava de pé diante dele, sua presença emanando uma escuridão que parecia engolir a luz ao redor.
"Eu sou o Coração da Escuridão," a figura declarou, sua voz um murmúrio que reverberava pelas paredes da câmara. "E você não levará o que é meu."
Althea enfrentou o Coração da Escuridão, sabendo que o destino do mundo dependia de sua vitória. A batalha foi longa e brutal, com Althea usando toda a sua força e astúcia para combater a entidade sombria.
No fim, exausta e ferida, Althea prevaleceu. Ela arrancou o fragmento do cristal do altar, sentindo sua energia fluir através dela, fortalecendo-a e curando suas feridas.
Com o fragmento seguro, Althea saiu das Terras Esquecidas de Eldur, a névoa se dissipando atrás dela como se temesse a luz que ela carregava. Ela sabia que a batalha contra as sombras estava longe de terminar, mas agora ela tinha uma nova arma: a luz do cristal e a sabedoria do vento.
As Terras Esquecidas de Eldur, agora libertas da névoa que as ocultava, revelavam segredos há muito escondidos. Althea, com o fragmento do cristal seguro em seu relicário, sentia que a verdade sobre as sombras e sua origem ainda estava por ser descoberta.
Ela caminhava pelas ruínas de uma civilização que o tempo havia esquecido, cada pedra e cada estrutura desmoronada sussurrando histórias de um passado glorioso. A luz do cristal iluminava seu caminho, mas também parecia atrair olhares curiosos e cautelosos das criaturas que habitavam as sombras.
"Você não pertence a este lugar," uma voz grave soou atrás dela, fazendo-a girar com a espada em punho.
Diante dela estava um homem velho, seu rosto marcado pelo tempo e seus olhos refletindo uma sabedoria profunda. "Eu sou Einar," ele se apresentou, "o último guardião das crônicas de Eldur."
Althea abaixou sua espada, percebendo que Einar não representava uma ameaça. "O que são as crônicas de Eldur?" ela perguntou, intrigada.
Einar sorriu, um sorriso que falava de memórias e perdas. "Venha comigo," ele disse, virando-se e caminhando em direção a uma biblioteca subterrânea, escondida sob as ruínas.
Dentro da biblioteca, Althea viu prateleiras repletas de pergaminhos e livros antigos, cada um contendo conhecimento acumulado por gerações. "As crônicas de Eldur," Einar começou, "são o registro de tudo que já aconteceu nestas terras, incluindo a ascensão e queda das sombras."
Althea se aproximou de um dos pergaminhos, sua mão tremendo ligeiramente ao tocar o papel envelhecido. "E como isso pode me ajudar a derrotar as sombras?" ela questionou, sua voz cheia de esperança e dúvida.
Einar retirou um pergaminho específico, desenrolando-o com cuidado. "Aqui," ele apontou para um trecho escrito em uma língua antiga, "está a história de um artefato, o Coração de Eldur, capaz de banir as sombras para sempre."
Althea estudou o texto, as palavras dançando diante de seus olhos. "Mas onde está esse Coração de Eldur?" ela perguntou, a urgência retornando à sua voz.
"Perdido," Einar respondeu, "em algum lugar nestas terras. Mas há um enigma, um quebra-cabeça que deve ser resolvido para encontrar o Coração."
Althea olhou para o relicário, sentindo o peso da responsabilidade. "Então eu devo resolver esse enigma," ela declarou, sua determinação se fortalecendo.
Einar assentiu, entregando-lhe o pergaminho. "O enigma fala de quatro elementos, quatro guardiões, e um caminho oculto que leva ao Coração. Você deve buscar os elementos e despertar os guardiões para revelar o caminho."
Althea passou a noite na biblioteca, estudando as crônicas e decifrando o enigma. Quando a primeira luz da manhã atravessou as frestas do teto subterrâneo, ela tinha um plano.
Ela partiu, deixando Einar e as crônicas para trás, com o enigma gravado em sua mente. "Fogo, água, terra e ar, os guardiões dos quatro cantos, revelarão o caminho," ela recitava, enquanto o vento do sul sussurrava ao seu redor, como se a encorajasse.
As Terras Esquecidas de Eldur agora se tornavam um palco para a busca de Althea, cada ruína e cada sombra uma peça do quebra-cabeça que ela precisava resolver. E enquanto ela buscava os elementos e despertava os guardiões, as sombras observavam, sua presença uma ameaça constante que apenas a luz do cristal poderia dissipar.
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Atualizado até capítulo 34
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