Capítulo 4: A Voz do Vento
A noite havia caído sobre o Lago das Memórias, e uma brisa suave começou a sussurrar entre as árvores. Elysia, Kael e Lyra se reuniram em torno de uma fogueira, as chamas dançando ao ritmo do vento.
"O vento traz mensagens," disse Lyra, seus olhos refletindo o fogo. "Ele carrega segredos de terras distantes e tempos esquecidos."
Elysia olhou para o céu noturno, onde a lua cheia brilhava. "E se pudéssemos conversar com o vento?" ela perguntou, mais para si mesma do que para os outros.
Kael jogou um punhado de folhas secas na fogueira, observando-as se transformarem em cinzas. "Talvez possamos," ele murmurou. "Talvez o vento possa nos ensinar a ouvir além do que é dito."
Inspirados pela ideia, eles fecharam os olhos e se concentraram no sussurro do vento. Pouco a pouco, palavras formaram-se em suas mentes, contando histórias de aventuras e mistérios.
"Eu ouço...," começou Elysia, sua voz cheia de admiração. "Eu ouço a lenda de um rei que governou com justiça e bondade."
"Eu escuto," interrompeu Kael, "a saga de um guerreiro que viajou pelos sete mares em busca de um amor perdido."
Lyra sorriu. "E eu percebo a melodia de uma canção antiga, cantada por um povo que viveu em harmonia com a natureza."
As horas passaram enquanto eles compartilhavam as histórias que o vento lhes contava. Cada conto era um fio tecido no tapete da noite, um legado de sabedoria e coragem.
Quando o amanhecer se aproximou, eles se levantaram, renovados pela jornada através das vozes do vento. Elysia pegou uma pedra lisa do chão e a segurou firmemente.
"Vamos levar conosco o que aprendemos," ela disse, determinada. "Vamos ser como o vento, livres e cheios de histórias para contar."
Capítulo 5: O Segredo do Lago
À medida que a aurora tingia o céu de rosa e ouro, Elysia, Kael e Lyra se aproximaram novamente do Lago das Memórias. Desta vez, um brilho misterioso emanava das profundezas da água, atraindo-os para mais perto.
"Vocês veem isso?" perguntou Elysia, apontando para o centro do lago, onde a luz parecia mais intensa.
Kael acenou com a cabeça. "É como se o lago estivesse vivo," ele murmurou, fascinado.
Lyra, com sua sabedoria inata, sorriu suavemente. "Não é apenas o lago que está vivo," ela explicou. "Há um espírito aqui, uma entidade antiga que guarda os segredos do lago."
Eles se sentaram na margem, observando a luz dançar sobre a água. Era hipnotizante, e cada movimento parecia contar uma história diferente.
"Como podemos falar com o espírito?" perguntou Kael, sua curiosidade despertada.
Elysia fechou os olhos, concentrando-se na energia ao redor deles. "Talvez," ela começou, "se nos abrirmos para o lago, o espírito se revelará para nós."
Assim, eles uniram as mãos e ofereceram suas mentes ao lago. Em resposta, a luz cresceu mais forte, e uma figura etérea surgiu das águas. Era uma mulher, sua forma feita de água e luz, e seu olhar era tão profundo quanto o próprio lago.
"Eu sou Aria," disse a figura, sua voz uma melodia que ecoava em suas almas. "Guardiã das Memórias deste lago."
Elysia, Kael e Lyra ouviram atentamente enquanto Aria contava histórias de civilizações perdidas, amores eternos e batalhas épicas que haviam ocorrido nas margens e nas águas do lago.
"Por que nos revelou isso?" perguntou Lyra, maravilhada com as revelações.
Aria sorriu, um sorriso que era tanto triste quanto belo. "Porque vocês buscaram compreender, não apenas ouvir. Vocês mostraram respeito pelas memórias preservadas aqui."
Com essas palavras, Aria desapareceu, deixando para trás um lago tranquilo, mas agora eles sabiam que não era apenas água. Era um repositório de histórias, guardado por um espírito que cantava as canções do passado.
Elysia, Kael e Lyra partiram do lago com um novo propósito. Eles carregavam consigo as histórias de Aria, prontos para compartilhá-las com o mundo, para que as memórias do lago vivessem para sempre.
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Atualizado até capítulo 34
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