Capítulo: 12 Que se dane os Pacotes de regras

Depois da intensa experiência compartilhada entre Thaís e Lidiane, ambas se encontram em um estado de êxtase e vulnerabilidade. Enquanto recuperavam o fôlego, ambas lutavam para não cederem aos desejos de se abraçarem e trocarem carícias, mesmo que ambas quisessem explorar mais o momento pós-prazer. Principalmente Lidiane, que ansiava mais pelo contato físico de Thaís.

Lidiane quebra o gelo, ainda um pouco tímida.

" Nossa, você ainda não saiu daqui correndo para o seu quarto! Estou surpresa", diz Lidiane com um sorriso no rosto.

"É porque já estou no meu quarto", responde Thaís, rindo e fazendo Lidiane rir também, de ter simplesmente esquecido.

"Então, sou eu que tenho que correr para o meu quarto?" brinca Lidiane, mas no fundo deseja que Thaís a convide para ficar mais tempo.

Thaís suspira e responde:

"Não precisa ir..."

"Então posso ficar aqui? Sempre tive curiosidade de saber como era o seu quarto", diz Lidiane, curiosa.

"E o que achou?", pergunta Thaís, interessada na opinião de Lidiane.

"Era exatamente como eu imaginava", responde Lidiane, sorrindo.

"Como você imaginava?"

Lidiane sorri novamente.

"Um quarto com detalhes antigos, não tão organizado, mas também não tão bagunçado. Na verdade, imaginei uma mistura do passado com algo futurista. E ele é exatamente assim."

"Isso é uma crítica ou um elogio?"

"Nenhum dos dois, na verdade é uma análise descritiva", explica Lidiane.

"Estranho, moramos quase um ano juntas e jamais nos sentimos seguras o suficiente para invadir o quarto uma da outra", comenta Thaís.

"Para você ver, Thaís, podemos mudar isso, né?", sugere Lidiane, pensativa.

"Mudar como?"

"Acho que às vezes você poderia acessar meu quarto, não somente quando estamos nos explorando. Podemos não nos ver como duas estranhas, mas não estou quebrando a regra 3 de não sermos amiguinhas. Só quero que a gente pelo menos se dê um pouco melhor do que antes."

"Você está flexibilizando o item 3?", questiona Thaís.

"Não." Lidiane tenta se explicar. "Bom, sim... Mas se você não deseja, podemos continuar como estava antes", pondera.

"Lidiane acho que não tem problema flexibilizar certas regras", responde Thaís, animada.

"E qual mais regras você deseja flexibilizar?", pergunta Lidiane, se aproximando de Thaís sem notar o contato físico que estava fazendo.

"Hum... deixa eu ver", Thaís fala pensativa, brincando.

"Posso escolher mais uma?"pede Lidiane.

"Já sei, não correr para o quarto depois dos nossos momentos de exploração", brinca Thaís.

"Isso não estava na regra", adverte Lidiane com um sorriso no rosto. "Poderíamos repensar o beijo, é que sinto uma barreira na hora, sem... sem o beijo."

"Você quer que eu reconsidere o item 4, onde incluo os beijos? Você sente que sem o beijo não consegue avançar nas nossas descobertas?", comenta Thaís com um olhar curioso.

"Sim, Thaís. E que para mim, o beijo quebra o clima de estranheza, mas... podemos também nos beijar após o ato. Sei lá, sinto que falta algo, mas se não estiver confortável, tudo bem.

Thaís olha para Lidiane e puxa-a para um beijo. O beijo é calmo; primeiro, exploram os lábios uma da outra. Thaís puxa vagarosamente o lábio inferior de Lidiane e, logo em seguida, aprofunda o beijo, pedindo passagem para Lidiane, que abre espaço para a língua de Thaís. Lidiane sente o fogo surgir novamente, o beijo de Thaís não é só bom, é o mais incrível que ela já havia provado.

após o beijo, elas tenta puxar assunto mesmo estando bem sonolentas.

"Que mais deseja flexibilizar, Lidiane?", pergunta Thaís, com um sorriso.

Lidiane, deitada sobre o peito de Thaís, ouve as batidas do coração dela e se sente confortável. Ela ri da pergunta de Thaís. As duas já estavam sonolentas, não conseguindo dar continuidade ao diálogo, acabam dormindo abraçadas.Na manhã seguinte, Lidiane acorda e se arruma para o trabalho, deixando um recado para Thaís:

[Obrigada por ontem, foi incrível] ✍🏽

Parecia que as coisas estavam mudando na relação de Lidiane e Thaís. A pergunta sobre quem iria perceber primeiro que ambas estava se apaixonando pairava no ar. Ambas tinham medos e dúvidas, mas uma coisa era certa: perto uma da outra, elas eram mais felizes.

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