Cap 20

   -Eu quero comer lanche.

   -Lanche não é comida.

   -Mas eu queria muito comer um hambúrguer, sabia que eu nunca comi?

Ele parou então de andar e me olhou.

   -Em que mundo você vive que nunca comeu um hambúrguer?

   -Bom, eu só fico dentro de casa então não tive tempo para isso.

   -Então me conte tudo que nunca fez e lhe roubarei todas suas primeiras vezes.

Olhei para ele e senti meu rosto corar.

Ele foi chegando perto e acariciando meu cabelo.

   -Porque ficou tímida de repente? Está pensando coisas é.

Ele sorria se divertindo

   -Vamos logo, o lanche me espera.

Sentei em uma mesa e fiquei esperando ele fazer os pedidos, ele disse para eu deixar tudo em suas mãos que ele me mostraria o lado bom da vida, e então veio caminhando com uma bandeija com um monte de coisa.

   -Dois hambúrguer, ai você experimenta do meu e do seu, e muuuuita batata, porque a batata do Mcdonald é a melhor e você tem que experimentar.

Ele cortou os dois hambúrguer no meio o que me fez me sentir mais a vontade para segurar e comer, pois só conseguia pensar em como morder aquilo, e podia sentir seu olhar em mim brilhar esperando eu comer.

Quando eu mordi aquele hambúrguer eu senti que podia sentir minha alma flutuar, aquilo era comida dos deuses, sentia aquele caldo escorrendo pela minha boca, e a carne derretia.

   -Ai meu Deus, senti uma pontada no peito, espero que seja infarto.

Ele começou a rir e algumas pessoas da mesa ao lado olhava para ele parecendo que estava louco.

   -Você parece uma criança comendo, nunca fiquei tão feliz em ver alguém comendo.

E como sempre, parecia que tinha virado um hábito dele, ele puxou um lenço de papel e passou pela minha boca e bochecha.

Continuamos a comer e eu não parava de saborear, quando cheguei na batata eu podia concorda com ele, era maravilhosa, eu podia viver daquilo, mas garanto que Deus não seria tão bondoso comigo depois e eu ganharia vários quilos aqui e ali.

Terminamos e lanche e ficamos conversando na mesa, já que não tinha muito gente ali ninguém reclamaria por estarmos ocupando a mesa. Então seu celular começou a tocar.

   -Desculpa, é meu primo preciso atender.

Ele atendeu o telefone e bateu a mão na testa.

   -Sério que é pra hoje? Eu deixei em casa, você quer buscar? ..... ah mas eu trouxe a chave ...... eu vou buscar e te levo ai ..... eu to no shopping com a Diana..... não não eu busco sim ..... ok.

Ele desligou a ligação e me olhou com olhos triste.

   -Meu primo deixou uns papeis em casa e pediu para eu levar para ele, eu posso te deixa em casa se quiser.

   -Tudo bem, não se preocupe.

   -Mas eu queria passar mais tempo com você, vamos comigo pegar os papeis e levavamos pra ele, não vai demorar.

   -Tudo bem mesmo eu ir?

   -Claro.

Nos levantamos e fomos embora, ele parou em frente da casa e abriu a porta pra mim, fiquei esperando na frente da porta da casa.

   -Entra.

Fiquei olhando pra dentro da casa e parecia uma casa bem elegante, com móveis de madeira e tudo arrumado, mas não parecia ter ninguém lá.

   -Cadê todo mundo?

Ele olhou para trás confuso.

   -Eu não te contei? Eu moro sozinho.

Uau, eu estava na casa dele, isso é bem perigoso.

Ele me puxou pelo braço e me fez sentar no sofa.

   -Fique bem sentadinha ai, eu vou no quarto pegar os papeis e nos vamos.

Fiquei olhando tudo com cautela, como assim ele morava sozinho e eu não sabia? Se ele tivesse me contado eu lembraria disso, então fiquei observando para ver se não tinha nada suspeito, dizem que sua casa reflete muito quem você é.

Infelizmente não encontrei nada suspeito, até sua seleção de filmes parecia bem normal, para um homem na idade dele não encontrar nada suspeito é bem estranho. Ok minha mente estava longe demais, tanto que nem tinha percebido que ele estava acocado do meu lado olhando para onde eu estava olhando.

   -O que você está procurando?

Nesse exato momento tomei um susto e quase cai pra trás.

   -Você quase me matou de susto.

   -O que estava procurando?

   -Vendo se não tinha traços de outras pessoas na casa.

Ele começou a rir.

   -Da onde você tira toda essas ideias hahaha, eu moro sozinho, meus primos que vem aqui as vezes.

Ele apoiou a cabeça no braço e ficou me olhando, ele parecia se divertir comigo por ai olhando sua casa a procura de algo suspeito, então ele foi chegando perto e senti seus dedos brincar na minha nuca e droga, aquilo era muito bom, então foi chegando perto e senti seus lábios no meu, ele mordeu minha boca e então me puxou pra perto, quando menos dei conta estava em seus braços nos beijos, e então ele me deitou no sofá e veio deitando por cima de mim, sentia o calor de seu corpo, entrelacei meus braços em seu pescoço para o manter mais perto de mim, mesmo o peso de seu corpo sobe o meu era agradável de sentir, sentia suas mãos passando por minha cintura em baixo da blusa, ele parou de me beijar e começou a acariciar meu cabelo, seu olhar era doce, e eu podia sentir seu coração batendo em ritmo acelerado, e o meu não ficava pra trás, eu sabia que estar daquele jeito ali com ele podia levar para outro caminho, mas eu não queria o afastar, então ele colocou meu cabelo atrás da orelha e beijou minha bochecha, logo depois senti seus lábios no meu pescoço e sentia todo meu corpo arrepiar, então sem perceber acabei mordendo seu ombro.

Ele suspirou no meu ouvido e sorriu.

   -Estou tentando me segurar e você faz isso, é muita maldade sabe.

   -Desculpa.

Ele sorriu e voltou a me beijar, agora mais suave.

Mas então senti a presença de alguém na sala, e quando me virei vi duas pessoas paradas na sala nos olhando, e uma delas estava uma mulher de cabelos negros amarrados em um coque bem arrumado e roupas chiques, ela não parecia tão velha, devia ter um pouco mais de 40 anos, e um senhor de barba bem feita e vestido num terno. O olhar da mulher era de indignação.

   -O que vocês pensa que estão fazendo?

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***