Cap 6

   -Bom, mas realmente acho estranho você estar solteiro.

Continuei comendo a pizza e o olhando, ele é bonito, alto, tem a barba bem feita,  nada lhe falta.

   -Faz parte da vida, talvez não tenha encontrado a pessoa certa ainda.

Continuamos a falar sobre coisas do dia a dia e depois de comer saimos da pizzaria e voltamos pro carro, já era quase 00hr e precisava voltar.

Quando chegamos em frente a casa do meu sobrinho ficamos parados na frente do portão, ele não parecia querer ir embora, e eu muito menos queria entrar, nossa conversa tinha sido muito boa, e faz tempo que não conversava assim com alguém.

   -Você vai entrar? Podemos conversar mais um pouco aqui no portão.

Ainda estava chovendo e ficamos parados em frente ao portão onde tinha uma cobertura e ficamos ali um de frente pro outro.

Os carros passava na estrada e sempre que passava podia ver seu rosto sobre a luz, eu estava me sentindo nervosa.

   -Amanhã ainda podemos se ver ?

   -Sim, mas tem que ser cedo, já que a tarde terei que ir.

   -Ok, então podemos caminhar um pouco.

Estava nervosa e quase gagejava, nessas horas não sabia o que falar, nunca fiquei sozinha com um cara.

Ele continuava puxar assunto e respondia, mas sempre calculando minhas palavras para não dizer nada estranho e que o fizesse me achar uma louca.

   -E você, perguntou sobre namoro a mim, mas você não está saindo com ninguém?

   -Não, eu não tive tempo de pensar nisso.

   -Por que não quis ou o que ?

   -Talvez um pouco de opção e um pouco opção deles.

   -Acho que os rapaz da sua escola está precisando usar óculos

   -Não é pra tanto, e na minha escola não tem muita gente interessante. E namoro de escola nunca da certo, depois quando você termina tem que olhar a cara dele pelo resto dos anos.

   -Isso é verdade. Queria que meus alunos pensasse o mesmo que você.

   -Você falando "meus alunos " faz você parecer velho haha.

   -Mas eu sou, já sinto a dor na coluna. Por isso que pedi a massagem.

   -Ah sim sim. - comecei a rir do nada, não sei porque mas tudo que ele dizia parecia divertido.

Senti que ele foi se aproximando cada vez mais, e eu que estava encostada na parede me sentia presa ali, estava consciente de cada movimento seu, então ele passou a mão sobre meu rosto.

   -Eu sei que vai parecer estranho, mais ainda se eu perguntas mas, eu posso te beijar ?

Ai meu Deus, nesse exato momento senti que meu cerebro deu tela azul.

   -Eu não sei beijar. -AAAAAAH tarde demais, isso saiu da minha boca.

   -Então você nunca beijou? Me sinto feliz por isso.

Ele foi chegando perto e senti sua mão deslizando meu cabelo e ir até minha nuca, seus dedos roçava por minha pele e sentia que se eu não colocasse forças nas pernas eu cairia que nem maria mole no chão naquele exato momento. Ele passou a outra mão por minha cintura e nesse exato momento eu ja estava super quente e a respiração super quente.

Quando seu rosto estava chegando perto do meu e eu estava quase prestes a desmaiar por prender a respiração sinto meu celular vibrando no meu bolso trazeiro, meus olhos abriu tão rápido que parecia que estava fazendo algo errado e seu rosto estava parado perto do meu me olhando.

   -Seu celular está tocando.

Só percebi que ele sabia que estava tocando porque nesse exato momento me dei conta de seus movimentos, sua mão estava segurando o bolso da minha calça, sua mão estava na minha bunda praticamente. OH MY GOD.

Peguei o celular para ver quem estava atrapalhando meu primeiro beijo com um cara gato, e quando olhei a tela era Matheus, nesse exato momento respirei tudo que tinha para respirar.

   -Pode atender, deve ser importante para ligar a essa hora.

Continuei a olhar para a tela, estava com um pingo de interesse para saber o que era, mas, eu estava com um cara na minha frente com olhar pidao, na verdade eu também estava interessada.

   -Não é importante. -Desliguei a ligação e coloquei o celular no mudo, quando ia colocando o celular no bolso novamente senti ele me puxando pela cintura e me beijando.

Seu beijo era calma e com gosto de menta, porque menta? Ai meu Deus, eu beijava ele e pensava em um monte de coisa, eu comi pizza  e devia estar com mal alito e gosto.

Ele afastou o rosto do meu e ficou me olhando. Querendo acho saber o que se passava na minha cabeça. Eu estava sendo paranóica então fiz algo que eu só teria forças para fazer uma única vez, e esqueceria todas minhas paranóias.

Enlacei meus braços no seu pescoço e o beijei. Sentia seu sorriso por entre os beijos e o quanto ele gostará que eu fiz isso, suas mãos se enrolava por minha cintura e o beijo pareceu mais intenso, estava tão bom que acabei mordendo sua boca e ele sorriu mais um pouco e continuou me beijando.

   -Tem certeza que é seu primeiro beijo?

Fiz que sim com a cabeça envergonhada pelo que fiz.

   -Você beija muito bem.

Voltamos a se beijar e não queria o soltar de jeito nenhum, iria aproveitar cada segundo, mesmo que fosse só uma aventura de fim de semana.

Em meio aos beijos senti ele sorrindo e se afastou um pouco,  abri os olhos e percebi ele virando o rosto para trás, quando olhei na direção que ele olhava vi minha irmã e meus sobrinhos parados em frente ao portão. Ai meu Deus, eles viram eu me atracando a um cara.

   -Oi. -Ele parecia tão envergonhado quanto eu.

   -Desculpa não queriamos atrapalhar.

Não conseguia soltar nenhuma palavra, só imaginava que com certeza ainda hoje todos na minha casa saberia disso.

   -Você ja vai entrar? Está tarde.

Ela me olhava com interesse.

Fiz que sim com a cabeça, ela e os meninos deram boa noite a ele e Santiago ficou nos olhando.

Andrey me deu um selinho na boca e me abraçou, foi até meu sobrinho e apertou a mão dele, e foi saindo, antes de entrar no carro acenou novamente e levantou o celular.

-Te mando mensagem.

-Você tem meu número?

-Seu sobrinho já me deu.

Ele entrou no carro e o ligou e saiu, eu e meu sobrinho fomos subindo as escadas calados, mas aposto que o ficou por que os vizinhos da casa de baixo estava no quintal conversando, mas assim que subissemos ia começar a festa.

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