Capítulo 6

Finalmente estamos voltando para casa! Depois de dois longos dias horríveis! Estamos finalmente voltando para Nova York.

Acho que aconteceu alguma coisa, Liam está sério e pensativo desde a hora que saímos de lá.

E eu não ousei perguntar nada, a vida dele não me importa e eu prefiro que seja assim.

Cada um em seu canto e vida que segue.

- eu vou levar o meu filho de volta para casa, e espero que não se intrometa na minha vida novamente - informo antes de descer do carro.

- está agindo com infantilidade, não vai ter dinheiro depois do divórcio? Vai poder continuar dando conforto ao menino, e morar aqui só vai beneficiá-lo - ele bufa irritado - que seja, tenho assuntos importantes para resolver.

Ignoro suas palavras e desço do carro indo em direção a porta principal.

Nunca estive tão ansiosa para vê-lo quanto agora.

Parece que eu não o vejo a séculos!

- onde está o meu filho? - pergunto a moça que acabou de se aproximar, não lembro de tê-la visto aqui antes.

- o menino está lá em cima, no terceiro quarto a esquerda - ela me olha de cima abaixo, como se analisasse a minha alma - e antes de tudo, eu gostaria de me apresentar - ela pigarreia - eu me chamo Teresa, sou governanta nesta casa desde quando o Liam nasceu, e o conhecendo bem como conheço, eu sei que ele jamais se interessaria por algo do seu tipo, e se está tentando dar o golpe ou se por sua culpa ele deixou a dona Bárbara, acho que é melhor dar meia volta e desistir dessa idéia absurda de casamento!

Mas que mulherzinha ousada! Quem ela pensa é para falar assim comigo?

- escuta aqui, Teresa - enfatizo seu nome - para o seu governo, foi o seu Liam que ficou correndo atrás de mim, e a sua querida Bárbara, trocou o seu queridinho pelo governo da Itália - tiro meus saltos em sua frente, eles estavam matando os meus pés - e eu acho melhor não entrar no meu caminho, não quero te morder.

Faço cara feia para ela e subo as escadas.

- Ah, eu estou morrendo de fome! E eu quero que preparem um café da manhã bem reforçado e leve no meu quarto, e sem essa cara feia que você tem - solto um beijo no ar e termino de subir as escadas.

Ok, o que ela falou mexeu um pouco comigo.

O que essas pessoas tem contra mim? Não vou me mostrar frágil na frente deles e muito menos permitir que me tratem mal, eu não fiz nada de errado com ninguém aqui, e acho que mereço o mínimo de respeito nem que depois eu chore trancada no quarto.

- mãe! - sim, esse pequeno ser, que já não é mais tão pequeno, muda completamente meu dia.

- eu estava com tanto saudade duas - carrego ele em meu colo com certa dificuldade.

Está tão grande e pesado que já quase não cabe mais em meus braços.

- eu te amo, minha vida - sento na cama com ele - e tudo que eu faço é pensando apenas em você, está bem?

- eu também te amo mãe - ele sai do meu colo - e não sou mais um bebê para ficar no seu colo - ele coça a cabeça e eu suspiro olhando o quarto todo decorado para ele.

- tem um banheiro enorme aqui no quarto - ele se joga na cama sorrindo - por que não me disse que iria casar?

Brian vai fazer oito anos daqui umas semanas, e ele é muito esperto e super inteligente. Às vezes acho que ele tem mais idade e eu acabei esquecendo.

- foi tão de repente - me deito na cama junto com ele encarando o teto - mas eu não quero você se iluda com todas essas coisas.

- você ama ele?

- isso não é assunto para você, mocinho - faço cócegas nele tentando fugir da conversa - olha, não vamos ficar aqui o tempo inteiro, não gosta da nossa casa?

- mãe, eu só quero ficar onde você está, e se quiser voltar para nossa casa tudo bem - ele toca a ponta do meu nariz com o dedo - amanhã tem um passeio na escola, vamos para o museu - ele morde os lábios por alguns segundos - eu posso ir?

- você quer ir?

- eu acho que vai ser legal, mas tem que levar dinheiro - ele anda até a sua mochila e me entrega um papel.

Trezentos dólares para um passeio de duas horas?

Ele nunca deixou de participar de nada, por que, por mais que fosse difícil para mim, eu sempre me esforcei para vê-lo feliz. Mas com algumas limitações, é claro.

- Brian, eu vou te dar o dinheiro, mas eu quero que use com cautela, está bem? - seguro sua mão para que preste atenção nas minhas palavras - você vai pedir a ajuda da sua professora se quiser comprar algo, e não se afaste da turma.

- eu já decorei tudo isso, mãe.

- muito bem! - beijo seu rosto - onde está a Marie?

- ela está arrumando alguns quartos.

- tudo bem, eu vou vê-la - saio do quarto e vou a procura da Marie.

Não acredito que a colocaram para ser empregada nesta casa.

- Marie, o que está fazendo? - ela está saindo de um dos quartos com uma vassoura nas mãos e o cabelo desgrenhado.

- Annie! - ela solta os objetivos nas mãos e vem correndo me abraçar - me conta tudo! como foi o casamento? E a lua de mel? Por que não me disse que iria viajar para Itália?

- foi tudo de última hora e eu tentei falar com você diversas vezes! - puxo ela para o meu quarto - por que está limpando a casa?

- eu estava entediada! Não tem nada de bom para fazer aqui - ela senta na cama - confesso que estou com saudades do apartamento.

- eu também estou - suspiro e sento ao seu lado - esses dois dias foram horríveis! Não faz idéia do quanto esse homem é mal educado e grosso!

- vi algumas fotos dele espelhadas pela casa, e eu vou te confessar, achei ele lindo e super combina com você.

- você não o conhece, e espero que não se decepcione quando conhecer.

- o que ele te fez?

Foram alguns longos minutos de conversa, e Marie se surpreendeu a cada parágrafo da história.

E finalmente pude desabar na frente dela.

Não consegui conter as minhas lágrimas, estou me sentindo humilhada e a pior das mulheres por ter aceitado essa coisa absurda!

- e o pior de tudo, é que se eu não ficar aqui até o fim do contrato, vamos perder o apartamento - levanto da cama e enxugo minhas lágrimas.

- mas que desgraçado! - ela nega com a cabeça - ele não pode fazer isso com você.

- eu estou com medo de desistir de tudo e acabarmos ficando na pior - respiro fundo tentando me acalmar - eu só quero que isso acabe logo, Marie.

- isso não vai ficar assim, Annie - ela me puxa para um abraço - você não está sozinha, vamos dar um jeito nisso.

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Comments

Fabia Araujo

Fabia Araujo

autora eu acho que ela deve tira o filho dela dessa casa ja que ela vai te sofre um pouco

2024-03-20

2

Andreia Cristina

Andreia Cristina

nossa até a governanta quer humilhar ela já detestei ela cadê o respeito já não basta ele agora os empregados tbm

2024-03-19

0

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