Capítulo 5

Minha mãe entra no quarto e logo pergunta:

— Meu querido você está bem? Aquele infeliz quebrou sua perna?

— Estou péssimo mãe, mas ele não conseguiu quebrar minha perna para minha sorte.

— Estou pensando seriamente em te mudar de escola, é perigoso deixar você em um lugar na qual tem um doente mental que está em tempo de te matar.

— Mãe fica calma, o professor irá entrar com essa parte no conselho e certamente devem fazer alguma coisa. Mas por favor não me mude de escola, agora que eu finalmente estou me adaptando!

— Vou pensar meu querido.

Será difícil convencer a minha mãe, ela se preocupa bastante comigo. Tentei ao máximo faze-la mudar de ideia.

Passei os três dias no hospital com ela ao meu lado, teve um dia que o professor veio me ver, fiquei até sem reação. Achei que ele não se importava tanto assim com um mero aluno.

Tive alta depois dos três dias e voltei para casa, Minha perna ja estava bem melhor. Consegui convencer minha mãe de me deixar na escola. Ela sabe o quanto é difícil para mim fazer novas amizades, logo que eu não me importo para isso, só para o professor. Isso ela não pode nem sequer sonhar.

Voltei para a escola no outro dia e encontrei o William que me perguntou como eu estava.

— Estou um pouco bem, só que não poderei mais jogar.

— O jogo não tem importância e sim você. Fico feliz que esteja melhor.

— Obrigado!

— Você aceita dar uma saída com a gente hoje a noite? É o níver da Gleice, e ela se amarrou na sua onda.

— Aceito.

Trocamos nosso números de celulares e voltei para minha sala. Enquanto eu terminava de copiar o que estava escrito no quadro o professor diz:

— Pessoal semana que vem está marcada uma viagem para vocês. Iremos visitar alguns monumentos históricos que será o ponto chave para vocês fazerem a prova de história. Para os que ainda não tem 18 anos, tragam a assinatura dos responsáveis.

A turma ficou bastante alegre, finalmente algo que não seja na escola.

O professor me chama para mim ajudá-lo a buscar algumas caixas pesadas no armazém da escola. Eu como um bom samaritano claro que eu vou dar essa ajuda, e também colocar meu plano em prática. Será tudo ou nada!

Conversamos durante o corredor, e só nesse meio tempo deu para nos conhecermos um pouco melhor. Fico mais aliviado quando ele disse que o Carlos foi suspenso por três meses. Ele fora do meu caminho, está de bom tamanho.

Falando nisso, ainda nem sei como se chama o professor. Um pouco envergonhado acabo perguntando e ele sorri.

— É Fernando James. Achei que nunca perguntaria o meu nome.

Ele pegou algumas caixas que estavam em cima por ser mais alto, fui inventar também de pegar as que estavam encima e acabou elas vindo na minha direção.

Senti o braço do professor passar pela minha cintura e me puxar no mesmo instante. Deu para imaginar como seria a pegada dele. Ele me segurou por um momento enquanto me olhava, também o olhei. Quando eu ia aproximando meu rosto ele me solta.

— Toma cuidado James. Já que pegamos as caixas, vamos voltar.

Ele sai na frente e eu vou atrás com cara de tacho. Aquele momento era perfeito, mas ainda não é o momento de atacar.

No término da aula, o professor se aproximou de mim e perguntou se eu queria uma carona até em casa. Como não aceitar?

Ele parou por um instante como se fosse me falar algo mas acabou desistindo. Enquanto ele dirige, não exito em perguntar:

— O senhor namora professor?

Ele me olha de repente.

— Por que você quer saber James?

Penso um pouco antes de dar a resposta.

— Por nada, é apenas uma pergunta normal. Mas se achar que estou querendo intrometer muito na sua vida pessoal, desconsidere.

Fernando suspirou antes de falar:

— Não namoro.

— Achei que alguém tão bonito como o senhor teria uma lista grande.

— Chega de conversar sobre isso, me conta como está a sua perna.

Respondi que estava bem melhor. Ele me deixou em casa e foi embora. Fui para o meu quarto e lá comecei a conversar com Asher por mensagens.

Meu pais trabalharam até tarde da noite, daria para mim ir na comemoração do níver da Gleice e voltar. Como filho obediente, avisei apenas para minha mãe.

Como o tempo voa, já estavam próximo da noite. Tomei um banho e fui me arrumar. Fiz um penteado de lado no meu cabelo, coloquei meu piercing helix na orelha, vesti uma calça jeans preta e uma blusa branca de manga curta.

Calcei meu tênis da Nike, coloquei outros acessórios e mandei mensagem para William dizendo já estar pronto junto com o endereço. Cerca de 10 minutos ele apareceu, tranquei a porta e entrei no carro.

— Nossa James, você está um gato! Com certeza vai arrasar corações por aí!

— Não exagera William, nem me comparo a você!

— Nós dois somos gatos, pronto! Preparado para uma festinha incrível?

— Sim.

A gente foi para um certo tipo de local para festas. Pensei que era apenas uma saída, mas a coisa estava mais agitada do que eu esperava. Sai do carro com Willian e vi a Gleice, ela é bastante bonita. Se eu não fosse parcialmente apenas gay, eu pegava ela.

Ela me cumprimentou com um abraço e dei os parabéns.

— Obrigado James, seja bem vindo! Vamos, a festa está apenas começando. Pela sua reação, o William não contou sobre tudo eu imagino.

— Ele disse que iríamos apenas sair.

— Ele é assim, temeu que você não fosse vir. Desde o dia em que te conheceu, disse o quão legal você era.

Não sei como o William deduziu que sou legal apenas por alguns dias mas tudo bem. Cada um tem um ponto de vista!

Me ofereceram bebidas só que eu recusei, se eu chegar bêbado em casa, não sei que desculpa eu daria aos meus pais se chegassem primeiro que eu. Eu estava curtindo bastante a festa, mesmo que só observando os movimentos depois de ter dançando com a Gleice.

Lá veio o Willian com duaa garrafas em mãos, ficou me oferecendo e eu recusando. Depois Fernando invadi a minha cabeça, então acabei aceitando a bebida para ver se evitava pensar nele.

Acabei exagerando na dose, já sou fraco para bebidas e ainda bebi demais. Gleice chamou um táxi para a gente, se Willian dirigisse nesse estado seria morte para nós dois!

Cheguei em casa todo tropo, destranquei a porta e já eram meia noite. Acendi as luzes da sala e vi meu pai sentado no sofá virado para minha direção.

— Onde esteve senhor James?

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