Capítulo 13

Dean

Me levanto e vou para o meu quarto, no banho tenho o prazer de lembrar o que fizemos essa noite. Desço para tomar café e Jordan percebe meu sorriso sutil.

— Não acredito! Vocês dois já... Vocês já dormiram juntos? – pergunta animado — Porque até ontem ela queria te matar.

Explico para ele rapidamente o que aconteceu essa noite e ele sorri para mim.

— Acho que ela quer você tanto quanto você a quer... Mas sua teimosia e orgulho não a deixam perceber a verdade.

— Será mesmo? Será que ela já tem sentimentos por mim? – paramos a conversa quando ela aparece descendo a escada. — Você vai estar ocupado com a decoração da casa e o cardápio do natal e a Hazel vai estar no café, mas se vocês precisarem de qualquer coisa é só me ligar. Volto em dois dias.

— Não gosto quando faz essas viagens. Na última descobri pelo Anthony que você tinha sido esfaqueado em uma briga. E você chegou em casa como se nada tivesse acontecido.

— Eu ouvi bem? Você se machuca e não conta para ninguém? – Hazel se aproxima surpresa — Você tem família, não pode fazer isso com seu irmão! Escondendo algo tão grave.

— Está preocupada comigo, amor? – ela abaixa a cabeça e caminha para a mesa sem me responde — Sei que estarei fora pelos próximos dois dias, o único pedido que tenho para você é para que não tente fugir de mim.

— E eu poderia? Meus pais inconsequentes ainda estão na sua mira! Não vou arriscar nada, apesar deles me jogarem no seu colo de presente.

— Com o tempo você vai perceber que não serei tão ruim como você pensa e que ter sido jogada em meu colo de "presente" foi um presente para você também. – termino de beber meu café e me levanto indo na direção dela — Que tal um beijo? Quero algo mais para me ajudar a aguentar passar esse tempo longe de você! – Me aproximo dela o suficiente para roçar meus lábios nos dela e sinto o calor e o desejo descontrolado em mim. Ela me dá um beijo rápido e leve, em seguida se levanta rápido.

— Tenho que ir para a cafeteria. Até mais tarde, Jordan. Até a volta, Dean.

— Vou te deixar lá, faço questão. – nosso trajeto no carro foi em silêncio e ela estava o tempo todo olhando para fora da janela. Quando chegamos na cafeteria ela solta o cinto de segurança e antes que ela saia do carro a seguro firme e puxo para mim.

— O que você está... – antes dela terminar sua frase minha língua já está em sua boca. Meu beijo é selvagem e firme, minha língua se enrosca com a dela, impedindo-a de escapar dos meus braços. Seu hálito mentolado é doce, é convidativo e me prende aqui.

— Era esse beijo de despedida que eu queria. – ainda olhando nos olhos dela, dou um selinho rápido e ela sai do carro apressada. Tenho certeza de que ela não vai esquecer disso. Dou um sorriso e depois sigo para o aeroporto.

...****************...

Dentro do café Hazel vai direto para o banheiro e se tranca lá enquanto seus amigos estão do lado de fora sem entender nada.

— Hazel? O que aconteceu? Você está bem? – Austin se preocupa

— Amiga? Abre a porta e me deixa te ajudar! –

agora é Lindsay quem tenta fazer Hazel abrir.

— Austin, está tudo bem! Lind, fica aí, preciso conversar com você! – Hazel finalmente responde.

— Já que você está bem e estou vendo que o assunto é entre as meninas, vou voltar a direcionar os funcionários. – Austin sai, deixando as duas sozinhas.

Hazel encara seu rosto ainda corado no espelho, e tenta aliviar a tensão que está sentindo entre as pernas apertando as coxas uma na outra.

— Por que esse filho da puta está mexendo tanto comigo assim se não tenho sentimentos românticos por ele? — ela pensa enquanto lava o rosto com água gelada.

— Amiga? Já vai sair? – Lindsay insiste.

— Já estou saindo! Calma, Lind. Estou aqui... Quero confessar algo para você, mas promete que não vai contar para ninguém?

— Claro que não conto doida! Juro, juradinho.

— Eu... Estou atraída pelo Dean.

—Amiga, demorou muito. O homem é um mal caminho inteiro, pelo amor, né?

— Vou te explicar melhor... Eu estou sexualmente atraída por ele. Não tem amor ou paixão, apenas vontade de fazer sexo. Ele tem brincado muito com a minha mente e estou quase pensando em não lutar na noite de núpcias e me entregar a esse prazer e desejo que o meu corpo está necessitando dele. Já vou estar casada mesmo.

— Quer meu conselho? Vai fundo ou melhor, deixa ele ir fundo em você! – as duas riem.

—Você é uma idiota e pervertida, Lind.

— Falou a mais nova pervertida do pedaço. Está doida pra sentar e rebolar firme no colo do futuro marido que é um gostoso.

— Vamos trabalhar, porque você não vai me deixar esquecer que de fato eu quero sentar e não é só no colo do futuro marido, mas na cara também.

Enquanto as amigas seguem confabulando, Dean entra no avião, rumo a seu destino.

...****************...

Ao aterrissar na cidade vizinha sinto como se algo aqui estivesse errado, mas vou para o hotel e quando a noite cai vou ao encontro do meu novo sócio, só que algo ali está muito suspeito. Terminamos a transação e fechamos o contrato.

Quando estamos saindo somos alvejados por balas, ele me puxa para sua rota de fuga, mas me acertaram no peito em dois lugares próximos, eu apago depois de um tempo correndo. Quando acordo estou em um quarto normal, porém meu peito está com dois curativos.

O meu novo sócio diz que estou apagado há dois dias e que meu celular não parou de tocar nem por um segundo. Agradeço a ele por me salvar e decido ir direto para o aeroporto e voltar para casa, ligo para Jordan que já estava muito preocupado e diz para mim que Hazel também se mostrou preocupada e isso me faz sorrir.

Quando finalmente chego em casa, Jordan me abraça apertado e eu digo para ele ir com calma.

— Eu sabia! você está machucado... Onde foi dessa vez? – abro minha camisa e mostro dois curativos em meu peito do lado direito — Dean? O que eu faço com você?

— Vou me cuidar melhor! Já disse que sempre voltarei para casa, por você... E agora tenho mais um incentivo.

— Não diga que contei. Mas ela ficou bem preocupada com você ontem.

— Não vou contar. – subo para o meu quarto e tomo um banho, me enrolo na toalha e vou até a mesinha que tem ao lado da minha cama e pego um remédio para dor, ao tomar o remédio escuto a voz dela e me viro, ela olha para o ferimento em meu peito e parece abalada.

— Você está ferido. – ela se aproxima, dedilhando delicadamente cada um dos meus ferimentos, assim como as cicatrizes antigas, com os olhos marejados — Isso dói?

— Está preocupada comigo? – ela me olha e dá dois passos para trás, mas eu a seguro e a deito em minha cama ficando por cima dela e repito a pergunta — Está preocupada comigo?

— Você está bem, agora preciso ir para o meu quarto. Ainda não tomei banho.

— Sentiu minha falta, Hazel? – sussurro no ouvido dela e sinto seu corpo tremer embaixo do meu.

— Não! Eu não senti... Agora sai.

—Mentirosa. – sussurro no ouvido dela novamente — Sua boca diz não, mas o seu corpo grita que sim. Ele te traiu tão facilmente. – beijo ela que não me impede — Se você não me pedir para parar e não tentar fugir de mim, não vou esperar pela noite de núpcias.

Ela respira fundo visivelmente confusa, e isso me deixa feliz por um momento até que ela me afasta e sai do meu quarto sem olhar para trás. Deito ali em minha cama e depois de me aliviar me masturbandö, volto para o banheiro, tomo outro banho e me arrumo, afinal temos um natal para comemorar e esse está especial para mim.

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