P.O.V T.M.L.
Hoje é sábado, e meu pai vem me buscar. Confesso que não estou muito animada para vê-lo, já que ainda estou chateada por ele ter me colocado nesse lugar que mais parece uma casa fantasma do que um internato.
Minhas primeiras noites foram horríveis, cheias de pesadelos. E o pior de tudo é que sempre acordo às 3:00 da manhã, justamente a hora em que os demônios e as sombras parecem ter mais força. É estranho e perturbador.
Por volta das 12:00, meu pai finalmente chega para me levar para passear. Ele sai do carro e se aproxima de mim com um sorriso no rosto.
- Oi filha, como foram seus primeiros dois dias? - ele pergunta, tentando parecer animado.
- Oi pai, pior impossível! - finjo felicidade, não querendo preocupá-lo.
- Para com o drama, Tessa. Topa tomar um sorvete comigo? - ele propõe, tentando animar o nosso dia.
- Tá, pode ser - respondo, concordando com um sorriso.
Passamos o dia passeando juntos, meu pai me contando sobre o que aconteceu com ele e eu compartilhando algumas experiências do internato. Apesar das minhas reservas, tento aproveitar o momento com ele. No fundo, ainda sinto um pouco de mágoa, mas tento não deixar transparecer.
No final da tarde, voltamos para o internato por volta das 20:00. Meu pai estaciona o carro e desliga o motor.
P.O.V S.P.R.M
Finalmente é sábado, o dia em que meu pai prometeu vir me buscar para uma conversa séria. Não estou muito animado com isso, mas sei que é importante. Desde que aquela garota, Tessa, chegou ao internato, tenho me sentido estranho. Pesadelos perturbadores e sensações incomuns têm me assombrado. Não sei o que está acontecendo, mas algo está diferente.
Fico esperando meu pai por mais de duas horas no portão do internato. O sol vai se pondo, e a sombra que antes oferecia um pouco de alívio já se foi.
Finalmente, meu pai chega, um pouco atrasado, mas chega. Ele estaciona o carro e desce, visivelmente cansado.
- Eu sei, estou um pouco atrasado, mas sua escola é longe, sabia?!?! - ele diz, justificando-se.
- Um pouco? - respondo com sarcasmo, cruzando os braços.
- Fica quieto e entra logo no carro. Temos muito que conversar - ele diz, um pouco irritado.
Entro no carro, e meu pai dirige até uma lanchonete pouco movimentada em uma estrada afastada. Parece ser um lugar tranquilo para conversarmos.
- Bom, você já sabe que você é um anjo, certo? - ele começa a explicar, enquanto pedimos nossos lanches.
- Não? Sério? Conta outra, essa não é mais novidade - respondo, com um tom de desdém.
- Para de graça, Shawn. Me deixa falar! Eu te disse que uma hora você teria que proteger alguém, por isso foi treinado, e a pessoa que você protegeria entraria nesse internato - ele continua, tentando me fazer entender.
- E essa pessoa já chegou, presumo? - pergunto, já imaginando a resposta.
- Sim, ela já chegou. O nome dela é Tessa Morgan Lockwood - meu pai confirma, observando minha reação.
Ah não, só pode estar de zoeira com a minha cara. A pouca sombra? - penso, incrédulo.
- Por que eu tenho que protegê-la? - questiono, curioso e um pouco irritado.
- Eu era o anjo da mãe dela, e depois que ela morreu, você, sendo meu filho, tem a obrigação de cuidar dela - ele explica, tentando me convencer.
- Acho que você não era muito bom, já que ela morreu - respondo, deixando escapar minha frustração.
- CHEGAAAAAA! Eu não aguento mais essa sua falta de educação. Você vai fazer sua obrigação e pronto - meu pai explode, perdendo a paciência.
- Mas eu não gosto dela, nem quero ficar perto dela - retruco, deixando clara minha resistência.
- Você não precisa gostar nem ficar perto dela, só quero que a proteja - ele insiste, tentando me convencer.
- Okay, se eu não tiver que ser gentil, acho que posso até fazer. Só tenho que agir se ela estiver em perigo, certo? - cedo, não tem muito o que fazer.
- Sim, só precisa se preocupar se ela correr perigo - meu pai concorda, aliviado por eu ter aceitado.
Fácil, aquela pouca sombra não vai se meter em nada. tem cara de quem não machucaria uma mosca, - penso, com um sorriso irônico.
- Okay, mais alguma instrução? - pergunto, já pensando no que vem a seguir.
- Não, quer comer algo? - meu pai muda de assunto, tentando aliviar a tensão.
- Quero! Desde quando eu nego comida - respondo, deixando escapar um sorriso.
Ficamos andando de carro por um tempo, até que decidimos voltar para o internato. Já era por volta das 20:00 quando avistei Tessa chegando.
Acho que não vai ser tão má ideia "protegê-la".
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Selma Ribeiro Moura
mais que anjinho mais estressado! 😅
2024-05-08
2
Rosária 234 Fonseca
kkkk o pai desse cara é bem nervoso igual o filho se ver porque ele é tão nervozinho kkkk
2024-02-13
3