Quando a chuva começou a diminuir após a oração do Maghrib, a casa de Laras recebeu a visita de sua própria mãe. Bu Dila chegou com uma expressão nada amigável para Rahmat, seu coração realmente desprezava o genro pobre.
"Você, quando sua mãe vem, só me oferece água? E por que esta casa está tão escura assim?" Bu Dila começou a reclamar.
"Sarah, prepare um chá para a vovó, sim?" Sarah se ofereceu, tentando aliviar a tensão.
"Não precisa! Sua mãe vai acabar tendo que pedir açúcar emprestado para os vizinhos." Com crueldade, Bu Dila menosprezou a própria neta.
"Tenha pena da mamãe, vovó, não fale assim." Sarah sentiu pena de Laras.
Bu Dila bufou de aborrecimento, virando a cabeça. Rahmat permaneceu em silêncio, sem ousar falar por medo de ser repreendido.
"A senhora sabe que não temos eletricidade em casa, por que veio tão tarde?" Laras perguntou baixinho.
"Tive que vir! Sua irmã precisa de dinheiro para ir ao médico, vocês podiam ajudar sua mãe de vez em quando." Disse Bu Dila.
"Eu não me importaria de ajudar, mãe, se tivéssemos dinheiro, mal conseguimos nos sustentar assim." Respondeu Laras.
"É por isso que você deveria ter me escutado quando eu disse para se casar com o Sr. Bambang, sua vida estaria garantida." Bu Dila trouxe à tona o passado novamente.
Não querendo que sua mãe continuasse reclamando sem parar, Laras pegou sua carteira surrada e entregou uma nota de cem mil rúpias.
"É isso que você está me dando, Laras?! Só isso." Bu Dila arregalou os olhos, incrédula.
"Não tenho mais nada, mãe, só isso." Laras murmurou, segurando a tristeza.
"O que você está fazendo, Rahmat? Dê dinheiro para sua esposa!" Rahmat finalmente também foi alvo das reclamações.
"Eu sou apenas um pedreiro, mãe, meu salário é baixo. E isso porque estou fazendo hora extra." Respondeu Rahmat.
A respiração de Bu Dila ficou irregular, demonstrando sua raiva. Levantando-se com as mãos na cintura, ela apontou para o rosto de Rahmat.
"Minha filha era tão bonita e bem cuidada, Rahmat! Olhe para ela agora, desbotada e descuidada por sua causa, sua pobreza, usando as mesmas roupas esfarrapadas o tempo todo." Bu Dila gritou, chorando.
Que pais suportariam ver sua filha sofrer? Laras era a flor da aldeia quando era solteira. Mas ela se apaixonou por Rahmat, que era um ninguém, sua única vantagem era a aparência.
"Mãe, já chega, vamos orar para que Deus nos conceda mais prosperidade." Laras tentou acalmar sua mãe.
"Por que você continua defendendo o Rahmat, Laras! É ele quem está te fazendo sofrer." Rosnou Bu Dila.
Rahmat saiu, deixando sua sogra reclamando e culpando o destino, embora ele estivesse se esforçando para sustentar a esposa.
Só que o trabalho que ele tinha não pagava muito, mas ele ainda estava tentando. Ele não estava apenas em casa comendo e dormindo o dia todo.
"Por que você está tão desanimado, Rahmat?" Dudung perguntou quando estavam no posto de segurança.
"Coisas da vida, Dung, o fardo de viver." Rahmat respondeu desanimado.
"Não pense muito nisso, você pode acabar enlouquecendo." Dudung brincou.
"É fácil para você dizer isso, com sua grande plantação de dendê." Disse Rahmat.
"Não é mais minha." Dudung disse baixinho.
Rahmat olhou para seu amigo, que também parecia deprimido. O que estaria acontecendo com o magnata do dendê? A vida de Dudung era considerada boa.
"A escritura da minha plantação foi tomada pela minha esposa, agora ela quer o divórcio." Dudung confessou.
"Como isso aconteceu? Como Sari pôde ser tão cruel com você?" Rahmat ficou chocado.
"Ela vai fugir com seu amante, maldita mulher." Dudung rosnou.
No início, Rahmat queria apenas espairecer, mas acabou desabafando com Dudung. Como se estivessem competindo para ver quem tinha a vida mais difícil.
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Voltando do posto de segurança por volta da uma da manhã, Rahmat sentiu um arrepio na espinha por estar andando sozinho. Havia arbustos que o assustavam, mas o que era ainda mais assustador era aquela casa vazia.
Em seu coração, Rahmat amaldiçoou o dono da casa. Por que uma casa tão grande estava abandonada? Enquanto muitas pessoas pobres não tinham onde morar.
"Ó Deus, me proteja." Rahmat pensou quando seus passos ficaram pesados.
Quando estava a poucos passos da casa vazia, sua cabeça pareceu ser forçada a virar.
Ao olhar para a varanda da casa, seu corpo ficou paralisado. Uma figura alta e grande caminhava em sua direção com a língua para fora.
"Você quer dinheiro, filho do homem?" O Wewe Gombel ofereceu, mostrando um maço de dinheiro vermelho.
Rahmat não conseguia nem responder, muito menos correr para longe dali. Sua língua parecia paralisada, de tão assustado que estava.
"Posso te dar todo o dinheiro que quiser, você só precisa me trazer uma virgem todo mês." Disse o Wewe Gombel.
"Auzubillahiminas shaitanirrajim!"
Rahmat desmaiou.
O Wewe Gombel desapareceu quando ele pronunciou o nome de Deus. Quando recobrou a consciência, Rahmat correu o mais rápido que pôde pela escuridão da noite.
Batida, batida.
Rahmat bateu na porta de madeira de sua casa desesperadamente. Ele estava com muito medo que o Wewe Gombel o seguisse até dentro de casa.
"De onde você vem, querido? Chegando tão tarde." Laras perguntou, esfregando os olhos.
"Do posto de segurança, querida, eu estava com dor de cabeça." Rahmat respondeu, lembrando-se das palavras de sua sogra.
"Então não pense mais nisso, afinal, o que a mamãe disse é verdade." Disse Laras, voltando para debaixo das cobertas.
A respiração de Rahmat era irregular, ele seguiu Laras, que estava deitada na esteira de pandan gasta. Parecia que estavam deitados em cima de pedras.
Como um homem normal, Rahmat também queria sua parte, sua mão deslizou por baixo do vestido de Laras.
"Estou cansada, querido, vamos apenas descansar." Laras recusou, afastando a mão de Rahmat.
"Só uma vez, querida, estou realmente com vontade." Rahmat implorou baixinho.
"Talvez outra hora, estou com muitas coisas em mente." Laras recusou firmemente.
"É pecado recusar o pedido do seu marido." Rahmat a repreendeu.
Na verdade, Laras queria falar sobre os problemas do marido, mas se conteve por medo de que Rahmat ficasse magoado. Então, ela cedeu aos avanços do marido.
Gemidos de prazer preencheram a cabana de madeira. Eles não se contiveram porque Sarah não estava em casa. Ela tinha ido dormir na casa da avó.
Sem que soubessem, no telhado da casa, a criatura que havia encontrado Rahmat os observava. Seus olhos brilhavam em vermelho com a longa língua para fora.
"Você não pensa em começar a usar anticoncepcional, querida?" Rahmat perguntou quando terminaram.
"Estamos com dificuldades para ter o que comer, querido, e você falando em ter filhos." Respondeu Laras.
"O sustento de uma criança virá, eu também quero ter filhos." Disse Rahmat.
"Querido, olhe para mim, mal tenho o que comer e roupas decentes, tire da cabeça essa ideia de ter filhos! Não me importo de passar fome, mas ficaria arrasada se meu filho passasse fome." Disse Laras, de costas para o marido.
Havia um toque de mágoa no coração de Rahmat ao ouvir as palavras de sua esposa, mas era verdade que criar um filho custava caro.
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Atualizado até capítulo 84
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