Capítulo 2

Animada por receber uma doação da aldeia, Laras já havia saído a pé às três e meia da tarde. Ela não se importava com o sol forte que queimava sua cabeça.

“Vejam a pobre, quando ouve falar em ajuda, é a primeira a aparecer.” Zombou a Sra. Mira, invejosa, arrogante e ciumenta.

"É claro, ela é necessitada, deve ficar feliz em receber ajuda." Respondeu a Sra. Lula, balançando a mão coberta de ouro.

“Até o próprio chefe da comunidade foi entregar o cupom a ela.” Acrescentou Dina.

"É mesmo?!" A Sra. Mira, esposa do chefe da comunidade, ficou chocada.

Ao ouvir que seu marido se deu ao trabalho de entregar o cupom na casa de Laras, o sangue da mulher rechonchuda ferveu de ciúme, temendo que o chefe estivesse interessado em Laras.

“Cuidado, quem sabe o chefe da comunidade não fica tentado.” Provocou Dina.

Mira imediatamente interceptou Laras, que estava andando rápido para evitar ouvir seus insultos, mas mesmo assim foi parada.

“Pobre sem-vergonha! Você está seduzindo meu marido, não é?!” Acusou Mira em voz alta.

“Meu Deus, Sra. Mira, não me acuse assim! Eu nunca faria nada de errado.” Laras se defendeu, tremendo.

“Ah, não negue, Laras! O Rahmat só trabalha como operário, você deve estar precisando de dinheiro.” Zombou Dina.

“Cuidado com o que diz, Dina! Não é à toa que nenhum homem quer você.” Laras explodiu, tomada pela raiva.

Sua mente já estava perturbada, pensando nas dificuldades de sua vida, e a presença daquelas três pragas só piorava as coisas.

Plaaak.

Mira acertou um tapa no rosto de Laras, fazendo com que a pequena mulher caísse no chão, segurando a bochecha.

Tsc, tsc.

Sem piedade, Mira cuspiu em Laras e rapidamente chamou suas amigas para irem embora. Dina pisou na mão de Laras, que estava no chão, com um olhar cheio de raiva.

Dina costumava ser amiga de Laras quando elas ainda estavam na escola, mas tudo mudou quando Laras se casou com Rahmat.

"Sniff, sniff. Por que minha vida é tão miserável, ó Deus?" Laras choramingou.

Não eram apenas as provações de Alá em relação à sua situação financeira, Laras também sofria com as fofocas dos vizinhos. Principalmente daquelas três, que pareciam nutrir um ódio implacável por ela.

Com o coração pesado, Laras caminhou de volta para o escritório da aldeia. Havia cerca de dez pessoas de sua comunidade recebendo ajuda.

"O que aconteceu, querida?" Perguntou a Vovó Puah, enquanto esperavam na fila.

“Nada, vovó.” Respondeu Laras, tentando sorrir.

"Elas estavam insultando você de novo, não é?" Adivinhou a Vovó Puah.

Laras não respondeu à pergunta da velha; suas lágrimas foram a resposta, escorrendo pelo seu rosto.

"Não sei por que elas me odeiam, vovó! É porque sou pobre? Eu não quero viver assim." Laras soluçou.

“Seja paciente, querida, elas são apenas pessoas ruins.” Consolou a Vovó Puah, compadecida.

A Vovó Puah abraçou Laras para acalmá-la. Ela conhecia a situação de Laras porque eram da mesma comunidade. Ela era realmente a que mais sofria.

Finalmente, chegou a vez de Laras pegar sua parte. A ajuda em alimentos era bastante generosa, embora fosse apenas uma vez. Havia arroz, açúcar e óleo de cozinha.

Laras havia trazido um tecido comprido para carregar os mantimentos, já preparado antes de sair de casa para facilitar o transporte.

"Sra. Laras", chamou o chefe da comunidade.

Embora um pouco apreensiva, com medo de que a Sra. Mira voltasse a ficar furiosa, Laras se aproximou, pois seria impossível ignorar o chamado do chefe.

“O chefe da vila disse que há assistência da companhia elétrica para os necessitados. Traga sua carteira de identidade e certidão de nascimento o mais breve possível, Sra. Laras.” Pediu o chefe da comunidade.

"É sério, senhor?" Laras ficou surpresa e incrédula.

“Sim, eles escolherão cerca de cinco pessoas da nossa comunidade para receber ajuda.” Explicou o chefe da comunidade.

“Aqui estão minha carteira de identidade e certidão de nascimento, senhor.” Laras os tirou de sua carteira surrada.

“Ótimo, entregarei ao chefe da vila.” Disse o chefe da comunidade.

O chefe da comunidade entrou no escritório da aldeia e Laras foi para casa imediatamente, com medo de que conversar com ele por muito tempo causasse problemas. Na verdade, o chefe da comunidade não era do tipo mulherengo, era apenas a Sra. Mira que era ciumenta porque ele era muito mais jovem do que ela.

"Assalamualaikum, mãe", Laras chamou do lado de fora da casa.

“Walaikum salam, entre, querida”, respondeu a Sra. Roro, sua sogra.

"O que a senhora está fazendo perto do rio, mãe?", Laras perguntou, curiosa.

“Estou limpando peixe, seu irmão teve uma pesca relativamente boa hoje.” Respondeu a Sra. Roro.

“Recebi ajuda hoje, mãe. Como é bastante, vou dividir o arroz com a senhora.” Laras entregou o arroz para a sogra.

"Não precisa, querida, se não houver muito. O importante é que você e o Rahmat tenham o que comer.” Recusou a Sra. Roro.

A vida da Sra. Roro também era difícil, embora não tão pobre quanto a de Laras. Ela ainda tinha um filho, irmão mais novo de Rahmat, que era funcionário público. Ela dependia do salário dele para sobreviver, embora às vezes também trabalhasse na horta.

“É muito, mãe. Já que estou com sorte, posso compartilhar com a senhora.” Insistiu Laras.

“Obrigada, querida. Mesmo com a vida difícil que você leva, ainda pensa em mim! Que Alá lhe conceda uma grande fortuna um dia.” A Sra. Roro orou.

Laras sorriu ao ouvir a oração sincera de sua sogra. Não importava o quanto ou o quão pouco Laras lhe desse, a Sra. Roro sempre se sentia grata, ao contrário da própria mãe de Laras.

“Aqui está o peixe. É muito para eu comer sozinha.” A Sra. Roro embrulhou o peixe para sua nora.

“Obrigada, mãe. Vou indo.” Laras se despediu e saiu rapidamente.

A chuva começou a cair, umedecendo o chão. Ainda era considerada tarde, pois eram apenas 19h07. Laras correu um pouco, com medo de andar sozinha.

Ela tinha que passar pela casa abandonada que diziam ser mal-assombrada, e a chuva ficava cada vez mais forte. Felizmente, o arroz já estava embalado em plástico, então não se molhou.

“Lailahaillallah!”

Laras recitou o nome de Alá ao ver uma figura alta e grande na casa abandonada. Seus olhos vermelhos a encaravam como se a desejassem.

Laras não se importava onde suas sandálias haviam caído, de tão assustada. Ela continuou correndo sob a chuva torrencial e chegou em casa encharcada.

"Meu Deus, tia, por que você está toda molhada assim?" Sarah rapidamente pegou as coisas que Laras carregava.

"Eu vi um fantasma naquela casa abandonada, Sarah", disse Laras, sem fôlego.

"Sério, tia?!" Sarah estremeceu de medo.

"Sim, foi horrível", Laras gemeu, segurando o peito.

Sarah rapidamente fechou a porta, com medo. Ela tinha muito medo de ouvir aquele tipo de coisa. Laras, ainda assustada, permaneceu em silêncio, ouvindo o som da chuva caindo.

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