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...DAY THAWIN...
Toc... Toc...
Um som na porta é emitido, me deixando com um semblante desagradável no rosto, claro que poderia imaginar quem seria a pessoa do outro lado da porta.
“Entre” olho para o teto, e nem ao menos me viro para a pessoa que acabou de entrar ”O que quer?” Pergunto num tom sério, sem me importar com a sua presença. Isso não faz muita diferença, já que depois que a minha mãe morreu, eu quase não falo com ele. Sim, pode ser egoísmo da minha parte, porém não quero falar com ele, mesmo sendo o meu pai.
”Porque não foi jantar conosco?” Se refere a ele e ao meu irmão Pooh. Estou começando a me arrepender de não ter se tornado o colega de quarto do khao na universidade
”Sem fome” Secamente “O senhor já perguntou o que queria?”
“ Vai ficar assim até quando? Sente tanta raiva de me, que não consegue ter uma conversa saudável” a sua voz sai tensa.
Quando era mais novo o meu pai sempre estava trabalhando e quase não tinha tempo, para me ou para o meu irmão, porém nunca o culpei por isso, já que tudo o que temos hoje é graças aos seus esforços. Mas teve um dia que a minha mãe adoeceu, e ele quase não ficava ao lado dela, a deixando sozinha e triste. Na época tinha uns 11 anos e Pooh 7 anos.
O trabalho tornou-se mais importante que a sua família, e isso machucava até a me que não entendia muito sobre isso, então um dia sentei-me na cama ao lado da minha mãe e ela estava muito fraca, mesmo sendo novo eu sabia que aqueles seriam os seus últimos suspiros. Então uma mulher maluca conseguiu passar pelas empregadas e vir até a mulher que eu mais amava na minha vida, a minha mãe. Aquela mulher estranha era amante do meu pai, e em questões de segundos ela jogou sobre me e a minha mãe um envelope.
Fiquei sem reação e a minha mãe não entendia muito bem, e a mulher não disse uma palavra, apenas esperou que nós víssemos com os próprios olhos
Mesmo estando fraca, a ponto de não conseguir se levantar a minha mãe, abriu aquele maldito envelope e viu, algo que deixou o seu coração em pedaços, fazendo lágrimas amarguradas caírem dos seus olhos. Assim que a amante deixou essa bomba que acabaria com restante de vida que a minha mãe tinha; ela simplesmente saiu com um sorriso no rosto.
A dor foi tão grande para a minha mãe, que ela começou a sentir falta de ar, assim dando um ataque cardíaco e falecendo nos meus pequenos braços. Naquele dia eu senti raiva do meu pai e daquela mulher, com todas as minhas forças; chorei até que não houvesse mais lágrimas e foi nesse mesmo dia que prometi nunca mais chorar e nunca contei a Pooh, pois ele precisa ver com os seus próprios olhos, o monstro que o nosso pai foi...
“Se já terminou, por favor licença" Continuei com olhos fixos no teto, sem virar nenhuma vez. Ele percebeu que não iria chegar a lugar nenhum e saiu do quarto, me deixando sozinho.
Tudo que resta no meu coração é tristeza e raiva acumulado, que com o passar do tempo guardei para mim… Nada nessa vida vai poder curar o meu coração partido...
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Ligação;
_Iae vai para a inauguração do bar, que vai haver aqui perto da universidade?— Tinn pergunta na ligação. Estou me arrumando para a festa do novo bar, preciso sair um pouco ou irei acabar me matando, sem perceber…
_Já estou me arrumando, para ir — Digo passando um perfume.
_ Khao e eu vamos esperar por você, lá no local e não demore. — Diz num tom brincalhão.
_ Pode deixar! — Desligo a chamada.
Tinn é um cara babaca as vezes. Entre eu, Khao e ele pode-se dizer que ele é o mais idiota. Khao é mais paz e amor e não se importa com quase nada; ele nem concorda com as loucuras de Tinn e eu, e sempre que pode nos aconselhar.
Sou uma pessoa que faz coisas horríveis para se sentir melhor, porém, no fundo estou tão fodido quanto qualquer um. Aos poucos me canso de mostrar aquilo que não sou, fazendo muitos acreditar que essa versão é a de um garoto mimado, rico e ridículo, porém, no fundo não tenho nem forças para lutar com o meu próprio eu.
“P'Day, você vai sair?” Pergunta com entusiasmo e ele nem bateu na porta, Pooh e as suas manias.
“Sim” ajeito o meu cabelo.
”Posso ir com você?”
“ Não! Na próxima” Respondo rápido e ele faz cara de cachorro abandonado.
Pooh sempre foi um garoto apegado a mim; ele tem 17 anos e está no ensino médio. Sempre que posso passo um tempo com ele, e lhe ensino algumas coisas sobre os estudos. Sim, eu não sou um cara malandro que não gosta dos estudos, mas ao contrário estudo feito um condenado, para ter um futuro promissor. Os meus amigos se surpreende todas as vezes que estou focado nas aulas, já que sou um cara que não se importa com nada além de me mesmo. Mas claro, que algumas vezes sinto preguiça.
O Pooh, me faz ter um pouco de alegria quando estou nessa casa, mesmo que seja um garoto rebelde as vezes. “Porque não hoje irmão?” Pergunta, me fazendo rir das suas expressões.
“É um lugar para adultos, mas prometo que o levarei na próxima”
“Promessa?” Ele como sempre, com esse negócio de promessa.
"Sim!" Dou um beijo na sua testa “Agora preciso ir” Pooh me dá Tchau e sai do quarto, saio logo em seguida fechando a porta.
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Estaciono a minha moto, e desço… Após alguns passos entro no local, onde havia muitas pessoas se divertindo ao som de uma música seduzente.
Os meus olhos passea por todo o lugar até encontrar, Tinn e khao, que ao me ver grita amplamente. Aproximo-me dos dois, que estão numa mesa próxima ao som “Iae, meus manos” Bato nas mãos dos dois.
“Pensei que não viria, que demora!”Tinn diz e eu dou risada.
“Desculpa, o Pooh queria vir, então tive que falar com ele” Digo enquanto peço um copo de whisky ao garçom, que passava entre as pessoas.
“E como ele está, nunca mais o vi” Khao pergunta, ele sempre pergunta do meu irmão, e no fundo eu sabia muito bem do que se trata.
“Perguntando pelo namorado, né?” Tinn fala com sarcasmo, rindo de khao que dá um soco no seu ombro. Eu apenas balanço a cabeça.
“Qualquer dia vá lá” Digo calmamente; eu não me importo com isso, já que é uma escolha do meu irmão, mas acho que ele ver o khao apenas como um irmão. Entre nós três, khao é o único que gosta dos dois gêneros. Ele tem 20 anos e é uma pessoa bi, mas nunca entendi muito bem e não pergunto sobre. Já o tinn é hetero e tem 22 anos; ele é um cara bem estranho, mas não me importo com as suas escolhas.
“ Você já viu quem está aqui?” Tinn aponta para um lado específico. Pego a minha bebida na mão do garçom e tomo um gole.
“E o que tem isso?” Pergunto com indiferença, enquanto me sento ao lado de Khao.
“ Esqueceu da nossa aposta?” As vezes ele consegue ser bastante irritante, e isso me faz respirar fundo.
”Não! Porém, não estou com cabeça para isso, então por favor nos poupe uma dor de cabeça.” Digo bebendo mais um gole da minha bebida. Tinn apenas concorda com as minhas palavras e se senta também, para ouvir o som e beber. Khao não comenta nada, já que ele não gosta desse tipo de coisa, e sabe muito bem que se falasse algo, ele discutiria conosco.
Um sorriso sai dos meus lábios, como se estivesse ganho um presente, maravilhoso. Porém, o que me chamou atenção nesse exato momento foi uma bela mulher que entrou no bar, chamando a minha atenção.
A noite é uma criança, para quem quer caçar...
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Atualizado até capítulo 40
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