Capítulo 17

Tomada pelo torpor do laço do companheirismo, Amarílis olhava para Rhyan ele estava maior, bem maior, estava sem os óculos, ela passou a mão em seu lindo rosto.

— Seus óculos.

Ele sorriu, um sorriso largo e belo que a fez ver estrelas.

— Depois que Cratos apareceu eu não precisei.

Ela sorriu, Rhy estava belíssimo, forte e lindo.

Mas mesmo pelo torpor do momento ela se lembrou de onde estava e o que estava acontecendo, deu um salto fazendo Rhyan assustar.

— O que foi Lis...

— A matilha, o reino...

Ela correu para fora, somente uma deusa seria capaz de quebrar os encantos do laço do companheirismo.

Assim que chegou do lado de fora, era como se nada tivesse acontecido, não havia chuva, não havia vento, o tornado havia acabado, a terra e algumas casa estavam reviradas, as pessoas começaram a sair para fora, era como se nada tivesse acontecido, como em um sonho ou pesadelo, os pássaros cantava lá fora como se tudo não tivesse sido uma miragem.

Luther saiu de dentro do castelo acompanhado por Domitila e outras pessoas, ele corre até Amarílis e abraça.

— Conseguimos Luna, conseguimos ...

Isso fez Cratos e Rhyan ficarem irados, ela estava feliz e com outro.

— Conseguimos Luther...

Ela falou enquanto era rodada, Domitila, e vários outros cidadãos de Suharen chegaram batendo palmas e aplaudindo.

— Menino Rhyan a quanto tempo.

Domitila chegou perto dele falando.

— Dom, fico feliz que esteja bem.

— Fico feliz que o menino também esteja bem.

Eram tantas pessoas, tanta coisa para fazer, mas saber que conseguiram provar que a matilha não tinha culpa já era a maior vitória de todas.

Amarílis se lembrou de Simon e saiu deixando a todos para trás, Rhyan e Luther a acompanhou, só então Luther percebeu quem era.

— Oh, pela deusa Rhy é você... Ele parou e olhou para o amigo, Rhyan e Luther eram muito amigos.

— Luther....

— Sim. Os dois se abraçaram.

— Como, o que faz aqui.

— Longa história meu amigo, linda história, mas fico feliz por ter chegado rápido.

— Vamos, a Luna foi até a enfermaria.

Os dois foram atrás da luna e ela estava lá ao pé da cama segurando a mão de Simon, ele havia apanhado tanto, estava tão machucado, seu lindo rosto que antes tinha, agora somente havia roxos e contusões sérias, seu braço quase foi arrancado, uma mordida violenta quase o matou.

— Ele vai ficar bem Luna,ele é forte, somente precisa de descanso, a senhorita Kira também, o laço é forte, mesmo ele ainda não marcando ela, ela sentiu.

— Eu já estou bem, eu já estou bem.

Kira fala entrando no quarto.

— Simon... O que fizeram com você seu idiota.

Mas nada de Simon responder, ele estava muito fraco, mas sorriu ao ouvir sua companheira falar.

— Depois conversaremos sobre tudo, desde já te agradeço em nome da matilha do norte e você tem o nosso perdão para sempre.

Amarílis deixa um beijo no rosto de Simon, por mais que Rhyan não soubesse o que estava acontecendo Cratos ferveu com esse gesto.

Ela foi até Kira e deixou um beijo da mesma forma.

— Cuida dele, ele vai precisar, creio que o pai dele não lidou bem com a traição do filho.

Ela fala e Kira consiste, Amarílis era muito esperta e adivinhou quando sentiu o cheiro de Hanuel misturado ao do filho.

Ela saiu da enfermaria precisava ver o restante das pessoas, mas antes ela se virou para Rhyan.

— Por que veio aqui.

Ele havia esquecido.

— Seus pais e os meus estão em poder de Zeus,mas creio que você já sabe disso.

— Sim eu sei.

— Sua mãe me pediu para vir te ajudar.

Amarílis se surpreende.

— Sim, Selene me ajudou, ela mandou que viesse te ajudar.

— Como eles estão, o que Zeus disse.

Mas as palavras dele são interrompidas quando uma luz celestial se faz presente no meio do pátio.

De lá saíram Demétrio em sua caminhada imponente, Ava que conversava com Selene, Matias e Virgínia segurando um a mão do outro, Selene falava tanto e Ava ria de algo.

Amarílis corre até eles.

— Mãe, pai...

Ava para de falar com Selene e olha para a filha, as duas se abraçam e Demétrio se juntou a elas.

— Vocês estão bem, não se machucaram, nada aconteceu... Ela perguntou chorando, seus pais, por mais que fossem seres fortes e imponentes eram seus pais.

— Estamos bem sim, filha você foi guerreira...

Demétrio abraçou sua filha.

— Parabéns Lis, conseguiu mostrar para Zeus que nunca fizemos nada.

— Tive muita ajuda, como o senhor disse um soberano nunca é um soberano sozinho.

Suk aparece gritando e chorando, Amarílis vê Virgínia abraçando a filha e logo Rhyan se juntam a eles.

— Rhyan veio para te ajudar.

— Como foi...

— Depois nos sentaremos e falaremos como tudo aconteceu e aqui tivemos muitos feridos.

— Tivemos alguns, mas já estão sendo medicados,ainda não consegui avaliar a dimensão dos estragos.

— Irei providência tudo. Demétrio fala e se afasta, Matias o vê e o acompanha.

— Tenho que voltar. Selene fala e Ava a olha.

— Obrigada.

— Te desejo muita sorte pequena Luna e seja feliz filha.

Ela sorri e some assim como eles vieram, ela se foi.

— Eu fiquei com medo...

Ava aperta sua filha com carinho.

— Eu também, mas sei que você é incrível e sabia que conseguiria.

Ava a abraçou na mesma hora que Virgínia abraçava Rhyan, o olhar dos dois voltam a se conectar e Lis se perde na intensidade que ele transmitia, mas algo dentro dela relutava tanto.

— Ava, meu menino voltou... Virgínia gritou fazendo Ava olhar para a amiga.

— Olha Lis, ele veio mesmo.

— Como assim.

— Pensei que era sonho quando o vi, pedi que viesse te ajudar e ele veio.

Amarílis ouve o que sua mãe disse e olha novamente para Rhyan.

Ela estava com tantos sentimentos indefinidos dentro dela.

Virgínia chama Ava que leva sua filha até eles.

— Lis o Rhyan voltou para ficar.

Amarílis sorri sem graça.

— Você machucou seu ombro.

Ele fala levantando sua mão e encostando no ombro de Lis, ela ainda estava ferida do ataque que Simon fez, nem se lembrava mais.

— Ah, isso não foi nada, já estava melhorado, acho que abriu quando cai na arena.