9 –Tentações

Quando chegou no andar superior, Julius já terminava de arrumar a cama do primeiro quarto.

— Deixe esse quarto para Ronni. — Marcus comunicou — Arrume o quarto dourado para Linda.

Julius deixou escapar um leve sorriso ao falar.

— Então eles não são namorados? Não são um casal…

Marcus ficou pensativo, talvez eles não fossem mesmo namorados, mas quem garantiria que não tinham um relacionamento aberto?

Ele seguiu Julius até o quarto de hóspedes que achava mais bonito. Um edredom dourado cobria a cama. As cortinas com um tom também dourado para combinar, iam até o teto. Julius retirou o edredom e começou a colocar um lençol de cetim de uma cor clara no colchão. Marcus pôde ver nitidamente Linda deitada sobre aqueles lençóis de tecido delicado, os seus cabelos esparramados sobre o travesseiro macio, trazendo um sorriso convidativo no rosto.

Com um rosnado quase inaudível, Marcus saiu dali. Mas logo Sentiu o cheiro dela, que subia as escadas com um livro na mão, seguida por Ronni. Parou no meio do corredor, esperando por eles, com um meio sorriso, avisou:

— Linda, você ficará no quarto dourado. Ronni você ficará com o que fica logo em frente, do outro lado do corredor.

— Onde é o seu? — Linda perguntou, mas logo arrependeu-se, não era da sua conta.

— É lá em baixo, no térreo. — Lembrou-se que logo o seu quarto seria o porão. — Assim facilito para Julius. Ele não precisa subir as escadas com frequência.

Ele olhou a capa do livro que ela trazia nas mãos.

— Não devia ler esse livro à noite, vai atrapalhar o seu sono. — falou ele apontando para o livro que era bem específico em detalhar a vida de um lobisomem.

– O meu tempo é curto. — Linda falou seca.

— Terá pesadelos, Linda. É melhor esquecer esse livro e dormir, é melhor. — Ronni falou e seguiu em direção ao seu quarto.

Linda lançou um rápido olhar a Marcus e depois seguiu Ronni pelo corredor.

— Ronni, sabe que temos pouco tempo. Ele pode estar aí fora.

Ele parou e virou-se para ela, colocando as mãos em seu ombro.

— Calma moça! Temos tempo antes de nos achar. — deu um beijo na sua testa e empurrou-a levemente em direção ao seu quarto, dando-lhe um leve tapa no seu traseiro. — Temos tempo de tomar banho e dormir, antes de ele encontrar-nos.

Marcus lutou para segurar um rosnado : "Ela é minha!"

Estava louco, tinha ciúmes de uma mulher que conheceu a menos de 5 horas!

Linda parou na entrada do quarto.

— Você não tem como saber Roni. Ele pode estar aqui.

Ela falou com vós baixa, os olhos marejados e a tristeza já tomava conta dela.

— Eu não tenho como saber, isso é fato, mas até onde eu sei, um cão não pode farejar na água, ele é um cão. Não sentirá o seu cheiro tão cedo. — Virou-se para o seu quarto. — O melhor que podemos fazer é dormir e estar prontos para amanhã.

— Você não tem certeza. Olhou de Ronni para Marcus— Pode fazer diferença esse tempo perdido.

Ronni voltou a ter ela e a abraçou.

— Estarei bem em frente. Faremos assim, dormiremos com a porta aberta. É só você gritar e eu apareço. Certo?

— Tudo bem. Tomarei o meu banho, aí abro a porta. — olhou para Marcus e desejou boa noite.

Ronni apenas direcionou um olhar zangado para Marcus e foi para o seu quarto.

 Marcus ficou parado no corredor ouvindo o barulho do chuveiro, pôde imaginar com riqueza de detalhes a água caindo pelo corpo curvilíneo de linda o sabonete deslizando pela pele macia.

Quando se deu conta, estava em frente à porta dela. Respirou fundo e obrigou-se a sair dali. Tinha que parar com aquilo, ela não podia ser dele.

...****************...

Linda tomou um banho rápido, fez a sua higiene pessoal e saiu descalço do banheiro. Usava o seu pijama favorito: camiseta lilás com estampa de um ursinho fofo e bermuda de algodão combinando. Abriu a porta, deixando entrar a luz do corredor entrar, apagou então a luz do teto.

Recostada nas almofadas da cama, deu início à leitura do livro.

Aprendeu que havia dois tipos de lobisomens, o que nascia assim devido alguma maldição que a família recebeu e os que eram transformados por mordidas.

Os nascidos lobisomem, passavam gerações a maldição ao filho primogênito que tinha a sua primeira mudança com a morte do pai.

Ela estava com sono, bocejou e deixou o livro sobre criado mudo ao lado da cama. Tentou dormir, mas rolava de um lado para o outro pensando na sua triste sina. Era órfã, viveu por si só uma vida inteira , agora ela tinha Ronni. Ele era como um irmão que nunca teve, agora estava fazendo de tudo para protegê-la.

Pensou em Marcus, ele era estranho. Parecia ficar irritado quando o Ronni a tocava, mas ele próprio mantinha-se distante. Haviam acabado de se conhecer, mas ela sentia em uma ligação entre eles, talvez se tivessem se conhecido em outro lugar, eles poderiam se pertencer.

O sono a venceu...

...****************...

Marcus deitou-se de costas, entrelaçou os dedos atrás da cabeça. Estava incomodado com a proximidade da lua e a presença de linda na sua casa. Tudo isso o deixava inquieto, até a cama parecia mais dura.

Perto da sua mudança e os seus instintos aflorados, ele podia sentir cada movimento dela, respiração e ouvir até o barulho dos lençóis enquanto ela se virava cama.a .

Ela estava inquieta mesmo durante o sono.

Quando se deu conta, já subia as escadas. Sem poder retroceder, ele era puro instinto animal. Precisava dela e só parou quando chegou na porta do quarto de linda.

Sabia que deveria parar, mas os seus pés o levaram para o interior do quarto e quando percebeu, estava em pé ao lado da cama.

Estava deitada de costas, os lençóis Enrolados em suas coxas. Podia ver o sobe e desce dos seios com a respiração pesada e se imaginou sugando um a um...

Deus do céu!

O quê fazia ali?

Era errado, o lentamente e saiu do quarto. Só podia estar louco. Fechou a porta suavemente e quando se virou deu de cara com o Ronni parado no corredor com um ar acusador.

— O quê fazia lá dentro?

— Nada.

Diante do olhar acusador de Ronni, Marcus repetiu.

— Eu não fazia nada!

Ronni deu um passo à frente e colocou o dedo no peito de Marcos.

— Tenho o sono leve, sou treinado para isso. — com um tom de ameaça, continuou — Não se atreva a magoá-la.

Linda não precisa ser protegida, eu não sou uma ameaça. — Marcus sabia o que devia fazer, era o mais prudente. — Seria melhor que vocês fossem embora pela manhã. Peguem os livros que quiserem, nas não podem ficar aqui.

Não olhou para não ver a reprovação nos olhos do amigo. Desceu as escadas e foi para o seu quarto, fechando a porta atrás de si com um baque surdo.

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Comments

kessy

kessy

Tomara, que esse lobo não entre no quarto de , Linda. !

2024-03-06

10

Minha Opnião

Minha Opnião

Babaca

2024-02-09

3

Salome Pereira

Salome Pereira

também tô achando,vai ser aquela briga

2024-01-31

1

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