Katherine
Confesso que hoje foi o aniversário mais conturbado que eu já tive. A minha mãe desmaiou e depois parece que ficou louca. Dizendo para o velho ricaço que eu fui abandonada?
Não consigo acreditar nisso.
O velho parece parar no tempo, eu olho-o e ele está bastante pálido isso preocupa-me. Eu preciso tirar essa história a limpo, não é possível que ele seja meu pai e também não é possível que eu tenha sido abandonada.
— Mãe, por que está a dizer isso? Eu sou sua filha e o meu pai está morto não é? — pergunto com esperança de ela dizer que inventou tudo e que está a pregar uma peça em mim.
— Filha, eu não sei se você realmente é filha desse moço, por isso terá que fazer um exame de ‘DNA’ e só assim saberemos se você é ou não filha dele. — perdoe-me se menti durante toda a sua vida, só queria-te proteger você foi abandonada então eu criei-te.
Os meus olhos enchem de lágrimas mais não permito que caiam. Não tenho raiva de mamãe, mais ela se tornou uma desconhecida para mim. Por que mentir? Ela poderia ter-me falado a verdade.
— Por que não me contou isso mãe? Por que mentir. — pergunto e olho para o velho — e o senhor? Ainda é casado com a mulher que me abandonou? Se é que sou mesmo a sua filha.
Ele acorda-se dos devaneios e olha-me
— Não querida não sou, e eu lhe contarei tudo que quiser saber mais preciso que venha comigo, fazer esse exame. Não tenho dúvida que eis a minha filha mais quero garantir que tenho direito sobre você.
— O quê? Não sou um objeto e não vou abandonar a mulher que me criou, por mais que tenha mentido para mim.
— Não, não pense isso, não quero que abandone ela. Só quero ter certeza que é a minha filha para eu poder dar a você tudo o que perdeu todos esses anos.
Mudar de vida? Isso seria ótimo, mais não vou abandona-la.
Suspiro e aceito ir com ele fazer esse exame.
— Tudo bem eu vou, mais mamãe irá comigo.
— Justo, vamos para o meu carro.
Andamos até o carro do velho, era um carro lindo preto e tinha um homem que abriu a porta para nós e entramos no carro. O velho foi na frente com o rapaz de cabelos loiros e olhos azuis eu e mamãe fomos atrás.
…
Chegando ao hospital, enfiaram-me agulhas e coletaram muito sangue eu já estava até tonta. O velho olhou-me e disse:
- Vai ficar tudo bem, e logo saberemos o resultado.
Concordo com a cabeça e espero com ele. Estou com fome nem sequer tomei café, a minha barriga ronca e o velho percebe ele saiu sem dar satisfação. Pouco tempo depois ele volta com comida oferecendo a mim e a mamãe que come tudo sem reclamar.
Esperamos cerca de meia hora até o doutor aparecer com o resultado, eu comecei a ficar ansiosa.
Doutor
— Aqui está o resultado do exame, venham até a minha sala para ficarem mais confortável.
Andamos até a sala do doutor e ele saí a fechar a porta. Eu mamãe e o velho estamos tão ansiosos que ficamos um tempo decidindo quem deveria abrir o envelope.
— Cara eu vou abrir — digo por fim
— Você sabe ler? — o velho perguntar intrigado e eu fuzilo-o com o olhar — desculpe—me é que pelo que a sua mãe contou vocês são bem pobres né? Não sabia que estudava
- Ela não estuda, não tenho condições de pagar colégio para ela, mais antes de virar catadora eu era professora e ensinei tudo que aprendi a ela - diz mamãe e eu olho-a orgulhosa
Abro o envelope e só uma coisa de todas aquelas letras me chamam atenção.
O nome 'POSITIVO'. Fico muda, minha visão escurece...
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Atualizado até capítulo 42
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