Depois de terminarmos de comer Fernando propõe a ideia de irmos tomar um banho no mar, e eu que sou louca de apaixonada pela água, não deixaria de aceitar. Vou até meu quarto e coloco um biquíni que separei para essa ocasião.
Vou até o espelho para admirar-me, nunca coloquei defeito em meu corpo, para mim eu sou gostos* do jeito que for, mas claro que não deixo de cuidar dessa linda estrutura, não para ficar em forma, é só por conveniência ou hábito, talvez.
— Linda. olho assustada em direção a porta — Você podia bater na porta, né?
Ele faz o que eu disse com um ar de deboche — Pronto, bati.
Me seguro para não pular encima do mesmo e arrancar esse sorriso mesquinha de seu rosto.
— Não vou me estressar com você.
— Se estressa por conta própria, não fiz absolutamente nada. Ele chega por trás de mim
Respiro fundo — Você é um pervertido, eu sou uma mulher e além disso sou filha de sua querida namoradinha, deveria ter vergonha na cara e sair do meu quarto. Viro-me de frente para encará-lo
— Isso é pura conveniência, para nós dois.
Olho confusa para ele. O quê será que ele quis dizer, o namoro deles dois é um farsa?
— Como assim?
— Você é difícil de entender.
— Você que é difícil de entender, me beija do nada, manda em mim e ainda por cima eu obedeço. Você é algum tipo de ser maligno?
Rir — Primeira vez que recebo esse tipo de pergunta.
( pega em minha cintura ) — Não Ana Clara, eu não sou um ser maligno. Fernando fixa seus olhos em mim, acabo me perdendo ali mesmo. Por alguma razão algo nele me atrai, como um imã. Quando volta a razão sinto seus lábios colados nos meus, eu não o paro, diferente disso, intensifico ainda mais colocando a minha língua dentro da sua boca. Conforme o beijo vai esquentando vamos ficando sem ar, mas não paramos. Fernando me empurra contra o espelho, sinto algo duro encostar em minha coxa.
— Hum, é melhor ... pa ... paramos. Falo com dificuldade. Olho-me no espelho — Drog*
— O que foi?
— Você deixou a minha boca toda vermelha e com volume.
— Não tenho culpa, era só para ser um selinho. Rir — Você que foi me fazer querer mais. ( Ele olha para meu corpo enquanto mordia os lábios)
— Ok, é melhor você sair daqui. Empurro-o para fora.
Afinal de contas, onde está Madonna nessas horas?
— quanta gentileza. Diz em um tom de ironia
— É eu sou muito gentil. Passo por ele — Aonde está a minha mãe?
— Dormindo.
— coloco as minhas sandálias num canto e corro em direção ao mar — Sério isso. Grito para que ele pudesse escutar a distância que estava.
— Sim. (Se aproxima)
— Me fala. Sento na parte que pega menos ondas — Porque comprou uma casa de praia?
Fernando senta ao meu lado — Eu gosto do mar, me trás tranquilidade. Ele pega uma concha e a joga na água — Meu pai e eu sempre íamos a praia sempre que podíamos.
Olho com tristeza para o céu — Meu pai também gostava do mar.
Fernando volta sua atenção para mim — Eu sinto muito pelo seu pai.
Suspiro — É, eu sei, todos dizem isso. Cruzo os braços — Meu pai se chamava Enácio, ele tinha 39 anos quando morreu por conta de um câncer.
— Sei a dor que você sentiu. Ele joga mais uma concha na água — Perdi minha irmã a um ano atrás, ela só tinha 5 anos, foi atropelada por um caminhão, eu estava lá, porém, dentro de uma doceria, nesse dia ela tinha pedido para eu comprar um pirulito que tinha formato de urso, nossos pais também estavam lá, mas estavam ocupados demais discutindo para notar o momento que ela foi parar no meio da rua.
Abraço ele no intuito de conforta-lo, percebi o quanto isso doía, por alguma razão me sinto feliz por Fernando ter falado um pouco do seu passado ...
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 103
Comments
norma Braga
eles vão se entender
2024-11-18
1
Lisa
o maldito caminhão que tem nos doramas
2024-10-23
1
Elenir Lima
huuuuum esse negócio vai longeeee🥰
2024-05-22
9