capítulo 6

ERICK BENNET

Entro para meu escritório com o senhor Risortt, faço um movimento com os braços indicando que ele pode se sentar.

Erick: Então, senhor Risortt, pode se sentir a vontade para falar sobre o assunto ao qual trouxe o senhor até aqui.

Miguel: Meu amigo, você sabe que nosso projeto com a construtora dos Andersons é de suma importância para alcançarmos uma de nossas maiores construções, logo, tudo precisa estar perfeito.

Erick: O senhor nem precisa me lembrar disso, por aqui estamos todos lutando para obter um bom desempenho e garanto que tudo dará certo.

Miguel: Eu não tenho dúvidas disso, meu amigo, só que as fofocas correm, estão dizendo por aí que você já não é mais o mesmo, que vive demitindo funcionárias, como espera que o projeto funcione desse jeito? Você não vai conseguir concluir se estiver ocupado demitindo funcionários.

Erick: Me perdoe, "meu amigo", mas dos funcionários da minha empresa, cuido eu.

Falo já me exaltando, quem esse povo acha que é para se meter em minha empresa, MINHAAA!

Miguel: Erick, jamais iria me meter se isso não interferisse no nosso projeto, se esses rumores que você tem perdido o controle chegar até os Andersons, corremos o risco de perdemos esse projeto. Por favor, só pensa nisso? Tenta se manter sem mais escândalos, você batalhou muito para chegar onde chegou, sei que você sofreu muito com a traiçã....

Erick: Senhor Miguel, acho que não temos mais nada para conversar, o senhor pode ficar tranquilo que não irá se arrepender dos negócios que tem comigo, dou a minha palavra que dará tudo certo. Agora, antes que eu me exalte ainda mais com o senhor, é melhor se retirar.

Falo batendo com as pontas dos dedos em minha mesa, sempre faço isso quando estou nervoso, apreensivo ou pensativo.

Miguel: Ok, não queremos criar uma confusão a essa altura do campeonato, não é? Gosto de você Erick, admiro sua coragem e esforço, não foi do nada que conquistou tudo isso aqui. Só pensa no que te falei, até mais!

Ele sai e fico totalmente desnorteado, como ele pôde tentar tocar em um assunto que não o diz respeito?

Respiro fundo, pego o telefone que está no canto direito da minha enorme meso e disco o número 1 que caí direto linha da minha secretária.

LIRA JONES

Robert acaba de me mostrar quase tudo, digo "quase" porque essa empresa é enorme. Trata-se de uma empresa de arquitetura de muito sucesso não só aqui em Manhattan, mas como em várias cidades e até países.

Robert me contou que o senhor Erick construiu essa empresa com muito esforço para construir um futuro digno a sua irmã depois que seus pais faleceram. Confesso que enquanto Robert me contava essa história, nem pude acreditar, como um homem tão frio pode ter coração? Essa irmã com certeza deve ter sofrido horrores em sua mão.

Saio dos meus pensamentos quando ouço o telefone que se encontra em minha mesa tocar e logo percebo que é o senhor Erick, Robert tinha me ensinado isso também.

- Pois não, senhor Bennett?

Erick: Venha a minha sala agora mesmo!

Ele fala com seu tom autoritário e logo desliga, sem nem me dar direito a resposta ou falar um simples " por favor".

Ah, meu Deus, onde eu fui me meter? Falo colocando uma de minas mãos em minha cabeça.

Crio coragem, peço forças a Deus e me levanto, bato na porta do escritório do senhor Bennett que ficava a uns 10 metros de distância de minha mesa e logo ouço aquela voz grossa novamente:

Erick: Pode entrar!

Lira: Com licença, senhor Bennett!

Entro receosa do que pode estar por vir.

Erick: Bom, Lira, como você percebeu, não fui muito com a sua cara mas em consideração ao Robert, decidi te dar uma chance...

Ele fala e sinto uma vontade enorme de dá uns tabefes nesse cara. Até parece que eu não sei que ele só me aceitou pra fazer bonito lá para aquele senhor, mas, fico calada o observando enquanto fala:

Erick: Essa empresa é de grande prestígio, não tolero qualquer um como meus funcionários, por isso, eu espero que sua atitude de hoje mais cedo nunca mais se repita ou será demitida imediatamente, fui claro?

Aí, meu Deusinho, me ajuda para não voar no pescoço dessa cara. Respiro fundo e em meus pensamentos conto de 1 até 5, é uma técnica de relaxamento que vi no YouTube uma vez, mas logo percebo que para mim ela não funciona. E agora, pulo na garganta desse homem ou aceito calada isso que ele me impôs?

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