Capítulo 20

...Marcos cavalgou pela estrada em direção ao palácio, determinado a buscar o apoio do rei para seus planos. Seu objetivo principal era assegurar que o título de chefe da família retornasse a ele ou que o rei desse apoio ao seu plano....

...O dia avançou, e o sol começou a se pôr no horizonte, destacando as imponentes estruturas do palácio à sua frente. — Eu só preciso garantir que a família do marquês e as outras desistam de seus planos, e sei como fazer isso. Irei usar magia, mas não posso agir sozinho. Preciso que o rei me permita agir pelas sombras....

...Dentro do palácio, uma mensagem chegou: — Meu rei, o irmão do duque Marcell Venomheat deseja uma visita com urgência....

...O rei, surpreso, nunca imaginou receber a visita do recém-chegado à capital. A curiosidade o dominou, e ele dispensou a reunião que estava ocorrendo naquele momento. — Permitam que ele entre....

...Um soldado conduziu Marcos até a sala do trono. Diante do rei, ele retirou sua katana e se ajoelhou perante Roderick. — Majestade, solicito uma reunião particular....

...O rei dispensou os outros presentes na sala. — O que você deseja, Marcos Venomheat? Esta é a primeira vez que falamos diretamente. Confesso que você me deixou curioso....

...Marcos manteve a katana diante do rei como um gesto de respeito, enquanto fixava seu olhar no chão. — Meu rei, permita-me ser sua sombra....

...— Sombra?...

...— Sim, use-me como sua espada para que eu impeça os movimentos de seus inimigos e os mantenha sob controle....

...Roderick começava a achar a conversa interessante; era o tipo de subordinado que ele estava procurando, alguém capaz de manter sua atenção. — O que você tem para me oferecer como minha sombra, além de ser um espadachim?...

...Marcos voltou seu olhar para encontrar os olhos do rei. — O título de espadachim é apenas um disfarce, meu rei. Na verdade, sou um mago. Você sabe como os magos são vistos nessas terras....

...Ele entendia sim o que Marcos falava. A magia era para todos, mas nem todos sabiam usá-la, muito menos controlá-la com precisão. Além disso, era necessário fazer algum acordo com alguma entidade para ampliar as capacidades da fonte de magia. Uma pessoa se denominar mago significava que provavelmente tinha realizado um acordo com algum ser mágico. Seria esse o caso de Marcos?...

...— Diga-me, a qual deus você serve?...

...— Eu não sirvo a um deus. Sirvo a um ser cujo nome eu não sei. Ele nunca me falou, mas realizamos um acordo de sangue prateado. Acredito que seja um arcanjo, mas nunca o vi. Sinto apenas que sou protegido por ele como um Adepto....

...Agora ele entendia o motivo de sentir uma aura poderosa vinda daquele homem ajoelhado diante dele. — Me diga, Marcos, o que te fez cavalgar até aqui para fazer esse pedido?...

...— Eu peço sua benção e proteção, pois estou apaixonado por outro homem e quero me casar com ele. Mas sem sua benção, não poderia agir....

...O rei sorriu, percebendo que tudo se tratava de amor. — Você deseja recuperar o título de duque da casa Venomheat e ser o chefe da família novamente?...

...— Sim, majestade. No entanto, o título não me faz falta. Prefiro que meu irmão continue com ele. Eu preciso mais é do seu apoio....

...O rei se levantou e se aproximou de Marcos. — Ter um mago é uma raridade. Claro que irei dar minha benção a você. Não é todo dia que cai um feiticeiro do céu....

...Marcos se levantou. — Então posso usar minha magia como eu bem entendo?...

...Roderick deu um sorrisinho presunçoso. — Eu não autorizo, eu ordeno com todas as letras que você se livre dos meus inimigos....

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