Dessa vez, veremos o Upupituca mais calmo e pacífico que habita na casa do último cenário.
Ele estava de volta a sua casa.
Apesar de ter acontecido muitas coisas e muitos acontecimentos ele ainda se recordava sobre onde naquele lugar estava.
O frio sobre a sua testa e ela sendo comprimida era uma sensação familiar.
A sua cabeça estava apoiada na mesa de vidro de sua varanda e ele percebia que o seu outro eu havia andado pela casa.
Bem, ele também andou por lá e assim fez algumas coisas para o ajudar.
Só que ele queria saber mais sobre os fatos e acontecimentos ligados a mente do seu alterego.
Uma pequena pitada de curiosidade apertava seu peito e ele decidia que queria saber mais sobre essa sua outra versão.
Ele sabia como a casa funcionava e sabia que no lado de fora sempre havia câmeras e elas captavam o som também.
— As câmeras... acho que não seria errado usar elas para ver o meu outro eu? — Ele pensou tentando se justicar e amenizar a latência de culpa em sua mente — Afinal, não acho que ele fez algo de errado, só que seria bom conferir e assim dar uma olhada nos fatos ao qual ele fez.
Ele olhava pacientemente até quando o mesmo saiu para fora e por um momento o seu cérebro entrou em conflito.
Estava vendo ele fazendo coisas que ele não fez.
Só que rapidamente seu corpo estabiliza e a mente separa essa estranheza.
Mas, a sua atenção voltava completamente ao ver as palavras do mesmo.
"— Eu nunca terei algo assim, não é destino?
— Família, amigos e fe-li-ci-da-de. "
Aquelas palavras pareciam carregar um peso de uma dor que ele mesmo desconhecia.
Antes de digerir as falas ele continuou.
"— A minha família desde sempre me tratou mais como um peso do que uma criança.
— Até falaram que era melhor eu estar morto."
Aquilo parecia uma facada enfiada em seu estômago.
Uma mistura de sentimentos estavam tomando o seu corpo que não sabia lidar com nenhuma dessas ocasiões.
Na sua tela uma pessoa de sua aparência estava dizendo que seus familiares, os familiares dele o queria morto.
A câmara captava o rosto dele e pode ver no exato momento em que ele começou a ter uma expressão mais abatida.
— Estava chorando? — Ele perguntou.
A pergunta não poderia ser respondida por uma gravação.
"— Mas existe uma pessoa que se diz ser eu e que se parece conigo que mora com os pais nisso aqui."
Ele agora se apertava sentindo o seu peito se tornar pequeno para seu coração acelerado.
"Ele me odeia?" pensou, querendo apertar para finalizar a ligação.
O seu dedo se movia até o botão, mas ele parava para escutar.
"— Ele tem foto com os amigos e ainda tem amigos.
— E o que eu tenho?
— A única pessoa que ainda fala comigo... eu sinto culpa por já ter a machucado antes e não sei decidir se ele fala comigo por pena ou se é real."
A sua mente parecia se abrir um pouco mais conforme ele escutava aquilo.
— Só está abatido, não é?
A gravação continuava.
"— Eu nem sei se isso é real, se eu sou real, se eu estou sonhando ou se já morri e não consegui desapegar desse mundo."
A partir do momento em que ele colocou a mão na mesa e colocou sua cabeça nela o rapaz já sabia o que iria acontecer.
Porém, não foi como ele esperava.
A imagem se tornou borrada e ele parecia ter visto um lapso diferente.
Ele retornava a câmera para ver mais uma vez e tinha certeza que havia algo.
A câmera é posta em uma velocidade lenta e ele para assim que chega o momento que queria ver.
Havia uma por um momento o seu corpo alterado de posição e ficado deitado atravessando até mesmo a mesa.
— O que realmente está acontecendo?
Aquilo era preocupante.
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Atualizado até capítulo 30
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