capítulo 4- A versão através de Helena

Capitulo 4- a versão dela

Me chamo helena.. agradeço a minha mae por ter me dado esse nome que ao longo do tempo em que fui assistindo a diversos filmes e novelas acabei percebendo que existiam varias Helenas que assim como eu tambem vivenciaram seus traumas , mesmo que na ficção mas que para quem as assistia deixava seus ensinamentos e mensagens, fazendo assim do telespectador uma pessoa melhor e mais preparada para enfrentar a realidade da vida.

Eu cresci em um lar humilde..Meu pai, Jonas Alencar, foi um homem de fibra, daqueles que fazia de tudo que estivesse em sua frente para que nao deixasse faltar nada para mim e minha mãe. Foi ele quem conseguiu primeiro o emprego de motorista na casa da família Daniel.

Ele servia ao senhor Angelo Daniel, um magnata que na época estava. ascenção com o crescimento de sua empresa , ja minha mae Maria Alencar, acabou também conseguindo uma vaga de empregada domestica na casa da familia, e com isso acabamos nos mudando para um pequeno comodo da familia que ficava do lado de fora da casa próximo a area da piscina.

Na época em que isso aconteceu eu tinha sete anos e desde la , sonhava em um dia quando fosse adulta, casar de véu e grinalda tal como via na tv e viver tambem minha linda historia de amor assim como na ficção, mas somente quando crescemos e deixamos a inocência infantil e pura de nossa infância para trás é que vemos que na realidade a vida nao é ficção e que a verdade é que é bem mais complicada e dolorosa do que imaginávamos.

Ao longo dos anos em que vivi ali, o que me lembro foi dos meus sete anos até próximo dos meus 16, se vi o filho da família Alencar transitar por ali foi no maximo umas duas ou tres vezes.

Eu nao sabia absolutamente nada sobre ele, apenas que era muito bonito ja que nas poucas vezes em que o vi ao longo desses anos pude constatar com meus próprios olhos a sua beleza, e seu nome ja que ouvi uma unica vez quando a dona Regina conversava com minha mae na cozinha sobre ele e se referiu a ele como Carlos.

Pouco me lembro dele antes do dia em que nos conhecemos de verdade, mas guardo comigo em meus mais profundos sentimentos a primeira vez em que o vi ali mesmo deitado na cadeira de frente a piscina tomando um.belo banho de sol..

Quando meus olhos se recaíram sobre ele, que na época estava no auge dos 10 anos, lembro-me de ter dito a minha mãe que tinha achado o homem de minha vida..Ela deu risada até porque ele ainda era uma criança bem.como eu também, mas era como se algo dentro de mim tivesse a certeza de que lá na frente fossemos se encontrar novamente.

E nao é que nos reencontramos ?

Pena que nas condições e circunstâncias erradas...

"O mesmo amor que une duas pessoas apaixonadas, pode também afastá- las de uma maneira muito brusca e cruel..."

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