capítulo 6- tentando lutar pelos meus direitos

Capitulo 6- tentando lutar pelos meus direitos

Meu pai sempre foi um homem muito insistente e ali naquele momento eu sabia que so iria conseguir um pouco de paz se eu abrisse a porta e o deixasse entrar, entao sem muita opção foi o que tive de fazer.

Sai de cima de minha cama e apos chutar meus sapatos pra longe fui em direção a porta e a abri bruscamente.

A princípio meu pai nada disse , apenas me encarou feito o homem que era e sempre foi, em seguida foi em direção a minha poltrona e por fim se sentou.

Após fechar a porta voltei para a minha cama aonde eu estava antes e me sentei, para ai sim ouvir a voz de meu pai a me dizer..

-o que foi aquilo la embaixo , carlos ?

- aquilo o que ? O senhor nao acha que essa pergunta cabia a mim fazer ao senhor, bem como a mamae e ate mesmo o vovô?

- voce foi de uma grosseria com aquela pobre moça...

Sarcasticamente, carlos entao deu uma risada e disse..

- eh pelo menos o senhor é sincero...

- por que ?

- por que ela é pobre mesmo...

Angelo olhou na direção de seu filho surpreso com o comentario de mal gosto e disse.

- carlos o que esta acontecendo com você?

- a pergunta certa não é essa pai, mas sim o que vocês estao fazendo comigo... Acham mesmo que podem decidir e ordenar as coisas pra mim ?

Quer dizer, ate ontem podia ...mas agora nao pode mais , afinal de contas acabei de atingir a maioridade

- escute aqui , enquanto voce estiver sobre meu teto, meu sustento, você me deve satisfacoes sim...

- satisfação é uma coisa, obrigar a pessoa a fazer o que nao quer é outra...disse carlos raivosamente

- por que esta tao btavo assim?

- porque o senhor faz tudo o que meu avô quer ?

Angelo entao massageou suas têmporas e finalmente agora pareceu compreender o que estava havendo ali..

- carlos...

- pai eu nao sou mais criança, sou um homem , sei andar com minhas próprias pernas, não preciso que nem o senhor , nem ninguém empurre mulher nenhuma pra mim... principalmente filhas de empregadas...

- ah, entao é esse o problema carlos...

- e o senhor acha que nao teria como ser ? Com o vovô me empurrando aquela caipira pra cima de mim ? Que parte todos vocês ainda nao entenderam que eu nao quero ficar com ninguém, namorar com ninguem e menos ainda me casar com ninguém?

- carlos seu avô esta chegando a uma idade em que nao se pode fazer mais nada da vida a nao ser usufruir do imperio que ele construiu e viver seus dias em paz..

- eu sei e nao vejo problema nenhum nisso mas ate entao por que ele enfiou na cabeça que quer ter um.neto antes de morrer ja é demais...pai eu nao nasci para ser pai, quanto mais levar uma vida de casado...isso nao eh pra mim ..eu nao vou me casar forçado pir que voces arquitetaram isso ..

- filho acho que você nao entendeu o conceito ainda, seu avô nao quer apenas um neto, mas sim ele quer um herdeiro para que siga seu legado quando o próprio nao estiver mais aqui...

- e por que tem de ser uma criança? Por que nao o senhor, ou ate mesmo eu ?

- é como disse carlos, seu avô quer realizar esse sonho antes de morrer e você foi o escolhido pra isso..

Alem do mais as cláusulas do casamento consiste em você ficar ao lado dela ate que ela engravide e a criança nasça, após o nascimento, tudo pode ser desfeito sem nenhum transtorno...

Carlos por fim levantou se da cama e foi ate a porta aonde a abriu e disse ao seu pai rispidamente..

- escreva bem em sua cabeça pai, pode acontecer o que for , nada vai fazer eu me casar com mulher nenhuma menos ainda aquela caipira filha dos empregados que esta sentada na mesa...nada....

Angelo se levantou e foi de encontro a carlos e olhando serio em seus olhos disse..

- essa é a sua ultima palavra carlos ?

- sim pai, é...eu nao vou me casar com ninguem...

- veremos...carlos... veremos...ate amanha...

Sendo assim Angelo saiu em direção a sala novamente e carlos bateu bruscamente a porta.

Logo sentou se de frente ao espelho e olhando para seu próprio reflexo, disse..

- ta pra nascer alguem que seja capaz de me fazer casar, ainda mais forçado...nao caso e pronto...

Uma semana depois..

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