Ela tentou manter a calma, mas era difícil, quando havia escutado uma história tão estapafúrdia.
— Uma maldição? — riu — Eu não acredito nisso. Como alguém pode sumir dentro de uma casa?
— Bem, querida, de qualquer forma, eu gostaria de morrer tranquilo e deixar você em boas mãos. — iniciou ele, o verdadeiro motivo da conversa.
Ele conhecia bem a neta e sabia que ela era uma neta obediente e que agia mais pela razão, do que pela emoção e viu ela fechar a expressão, demonstrando que entendeu onde ele queria chegar.
Ele queria que ela se casasse com um bom homem, que a amasse e lhe desse segurança.
— O senhor tem um pretendente para mim, não é, vovô? — ela sorriu, irônica, para o avô.
— Você é esperta, mas a maldição é verdadeira. — reiterou ele, sorrindo.
— Tá, então, quem é o pretendente? — falou, tentando ganhar tempo para inventar uma desculpa e dizer que não ia casar com ninguém.
— É alguém que você conhece e que gosta de você, Fausto Aragão.
Célia arregalou os olhos e depois franziu as sobrancelhas, surpresa com a sugestão do avô e principalmente por ele aceitar. Talvez por isso, Fausto estivesse se comportando com tanta intimidade. Mas porque eles achavam que ela aceitaria, era a grande questão que ela não entendia.
— Posso pensar no assunto?
— Até amanhã.
— Uau, isso parece urgente.
— Sim, aqui está o porque.
Ele passou a ela um bilhete, que ela pegou e leu, sem acreditar que aquilo era real.
" Falta pouco para a maldição acontecer, novamente, o que acha, levo a Célia ou a Lúcia, qual você prefere? "
— Essa história está muito mal contada, não me parece uma maldição.
— Parece uma vendeta. — disse o avô.
— Sim e pelo visto, bem antiga. Precisamos investigar. Vou pensar sobre o casamento, mas não se iluda, se eu aceitar, não será por causa da tal maldição. — retirou-se após falar e foi para seu quarto, levando as pastas.
*
No dia seguinte, Célia voltou ao escritório.
— Encontrou alguma coisa que nos elucide o mistério? — perguntou o avô.
— Bom dia para o senhor também, vovô, tá e ocultando o quê?
— Você e Lúcia, fazem aniversário daqui a cinco meses, você é a mais velha, portanto, tenho motivos para me preocupar, ou não? — perguntou o avô.
— Eu me caso com Fausto, mas que fique bem claro, que não é por causa da tal maldição. Quero um noivado longo, para me acostuar.
— Ótimo, querida. Ele é um homem bom e cuidará bem de você. Pode até chegar a amá-lo, quando se conhecerem melhor. Então, não precisarei mais me preocupar com a maldição, daqui a quatro meses, vocês se casarão.
Foi como se ela não tivesse falado nada.
— Não pese mais na maldição, o casamento a anulará.
Célia sentiu que caiu em uma armadilha e agora, como já deu o seu consentimento, não podia mais voltar atrás, pois seu avô, jamais aceitaria, era como uma desonra.
Ela concordou com a cabeça, tinha suas dúvidas, mas não estava a fim de sair pelo mundo, procurando seu par perfeito. Fausto não era desconhecido, também não era perfeito, mas era melhor assim.
Em três meses, estavam se unindo em uma cerimônia religiosa, na igreja do condado e com alguns convidados escolhidos a dedo. Fausto estava nervoso, acreditando que Célia aceitou casar com ele, por corresponder ao seu amor.
Casarão do avô Jurandir, onde o casal foi morar.
A noiva estava linda e o noivo impecável e sorridente. Depois, houve uma pequena recepção para cumprimento dos noivos e eles passaram a noite de núpcias na ala sul da mansão, que foi reservada para eles. No dia seguinte iriam fazer uma viagem de uma semana, como lua de mel.
Ela vestiu uma camisola de renda branca e esperou por ele, sentada na cama. Ele chegou, vestindo só um roupão e agindo como se já fossem íntimos, a tomou em seus braços e a beijou com volúpia.
— Enfim sós, como dizem. — disse ele. — não via a hora de estarmos juntos novamente.
Ela franziu a testa, estranhando aquela fala, mas não questionou, cedeu aos seus carinhos, até que ele tirou sua camisola, rasgando-a. Ela o agastou um pouco e pediu:
— Vá com calma, Fausto, está sendo rude.
Ele sorriu , suas mãos grandes passaram por seu corpo, apertando e a boca sugava e mordia por seus pontos sensíveis.
Célia não gostou do seu comportamento e quando ele a deitou na cama e tirou o roupão, revelando seu corpo nu e potente, assustou-se com a visão. Ele se colocou entre suas pernas, preparando-se para penetrá-la, mas ela o empurrou e surpreendeu-o. Saiu da cama, com um pulo, puxando o lençol para se enrolar e cobrir seu corpo.
— Ei, o que houve, por quê fugiu? Você sempre gostou! — reclamou ele, sem nenhum pudor por estar nu.
— Eu sempre gostei? Eu nunca fiz isso e acho que minha primeira vez, não merece ser desse jeito. — disse ela, sem fitar os olhos nele, vergonhada.
Ele deu uma gargalhada, ainda sentado sobre a cama, sem sequer pensar em se cobrir.
— Não vem com essa, Célia, transamos que nem coelhos no final do ano, por quê está me tratando assim? — perguntou ele, começando a desconfiar da situação.
Ela entendeu o que tinha acontecido, sua irmã havia se passado por ela de novo, mas qual seria o objetivo dela em fazer isso? Muito pálida e aborrecida, esclareceu.
— Não era eu, era Lúcia e você não vai tocar em mim, enquanto não me olhar e entender que não sou ela.
Saiu pela porta, indo para o outro quarto e deixando o marido estupefacto com a revelação. Ele levou um bom tempo para entender que foi enganado por Lúcia.
Na última vez que esteve ali, ela descobriu que ele gostava de Célia e se fez de amiga, dizendo que o ajudaria com a irmã e marcou um encontro, se fez passar por Célia e seu desejo era tanto, que caiu na armadilha.
— E agora, o que eu faço? A mulher que eu amo, de verdade, nunca vai me perdoar por isso.
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Atualizado até capítulo 74
Comments
Maria Helena Macedo e Silva
tenho várias colegas gémeas e reconhecermos quem é quem pela personalidade e caráter com convivência a gente percebe muito as peculiaridades, fora os gostos e tratamentos para com seus semelhantes.🤔😉👒👠
2024-09-14
1
Celia Chagas
Nossa nem quero dizer que esse lixo pode ser chamada de irmã 🤮🤮
2024-05-02
4
Guiomar Maria Bortolin
Ai seu eu pego essa escrota, faço picadinho dela, affff
2024-02-10
1