Amores Possiveis

Amores Possiveis

reencontro

Capítulo I

“Não acredito! Essa ninfeta, está vindo para Seattle, me atrasar a vida… sabia que iria sobrar para mim…

” Pensa Caio contrariado. Sempre preferiu ficar afastado da família, não gosta de ter que ser o que, na verdade, não é."

— Mais que saco! Agora tem que dar uma de babá.

— Caio, meu filho, o que te custa fazer às vezes de anfitrião? Sabe que eu e a Mariana estamos muito ocupadas com o casamento do seu irmão.

— Sei, mãe! Mas é sério, podia ter me avisado antes, tinha outros planos.

Cíntia o esperava em seu apartamento e Sílvia o olha contrariada.

— Você poderia ser mais maleável, sua prima está passando por momentos difíceis, não custa nada fazer essa delicadeza.

— Está bem, mãe. Vou buscar aquela chata.

— Caio Mendes!

— Ah, mãe… ela era insuportável! Acha que mudou?

— Filho… por favor, seja educado e cavalheiro, já vai bastar.

— Vou fazer o possível para isso — ele diz contrariado. — Que horas ela chega?

— Você pode ir indo, o voo dela chega às 15.

— Está certo, após deixá-la aqui, vou para o meu outro compromisso.

— Que compromisso?

— Coisas minhas, mãe!

— Você e seus mistérios, sabe que fico preocupada com você.

— Não se preocupe, sei me cuidar muito bem.

— Falo isso, porque te amo.

— Eu também, te amo — Caio a beija no rosto, pega as chaves do carro e vai para o aeroporto.

No caminho, fica pensando como será que a sua prima distante está.

Faz muito tempo mesmo, ela era insuportável, gostava muito de pegar no seu pé, e eu no dela — ele se lembra com um sorriso.

Gostava de puxar os cabelos dela, presos em Marias Chiquinhas… Nina, deve ser a mesma magricela sem nenhum charme! — ele diz para si mesmo sorrindo

(***)

Ele está esperando no salão, e está sem muita paciência. Olha no relógio e vê que está adiantando.

Vou tomar um suco — ele pensa caminhando até a lanchonete.

lá uma mocinha vem atendê-lo.

— Pois não?

— Um suco de laranja, por favor, sem açúcar.

— Sim, senhor… um minuto.

“Adoro ser chamado de Sr, mas em outras ocasiões”

Pensou ele com um sorriso. O voo de Nina é anunciado no painel, então ele vai até o portão de desembarque. Os passageiros passam, e ele procura por Nina, sem ao menos ter uma referência dela.

— E essa agora? Como vou saber como ela está? — ele diz a si mesmo e uma garota muito bonita, vem sua direção, com um sorriso.

— Caio? — ele fica surpreso.

"Nina?"

— Eu… não te reconheci, está muito diferente, quanto tempo faz? Uns dez?

— Acho que sim… — ela diz colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e Caio a olha detalhadamente.

“Está uma gata”

— Eu te reconheci, por causa dos jornais, você é bem popular — ela diz com um sorriso.

“Que sorriso lindo!”

— Bom, está tudo bem com você?

— Sim, na medida do possível e cadê a tia Sílvia?

— Não pode vir, pediu para eu fazer essa gentileza.

— Você? Fazendo gentileza? Para mim? Parece que está muito mudado mesmo, Sr. Mendes.

“Ela está me provocando? É isso?”

Olhando friamente para ela, ele pega as bagagens.

— Vamos, tenho outros compromissos.

— Você nunca muda mesmo, né?

— Como assim? — ele pergunta enquanto caminham.

— Parece que é o dono do universo, se não queria vir, era só avisar que eu pegaria um táxi.

Ele engole um xingamento.

— E falando em não mudar… a arrogância insiste em te acompanhar, porque está me tratando desse jeito? — ele para e Nina faz o mesmo.

— Que jeito?

— Como se eu tivesse te ofendido ou coisa parecida, que eu me lembre, não fiz nada disso — ele diz com uma sobrancelha arqueada.

Nina o ignora e sai andando na sua frente, ele respira fundo e vai atrás dela.

— Pode me esperar? — ele diz bravo.

— Não tenho paciência com pessoas lerdas.

— Você me chamou de quê?

— Aí Caio… vamos logo, quanto mais rápido me levar, mais rápido fica livre de mim.

— Nisso você tem toda a razão, quanto mais rápido me livrar de você, melhor para mim! — ele diz muito zangado.

Eles entram no carro, sem ao menos olhar para ela, que o observa calada.

— O quê foi agora? — ele pergunta dando a partida.

— Fico imaginando, a coitada que tem que te aturar, essa criatura vai para o céu com toda certeza, sem escalas — ela fala e ele olha para ela, sorrindo.

— Te garanto uma coisa, Nina… mesmo que tivesse alguém, estaria muito satisfeita comigo, por isso, na verdade, não tenho namorada. Gosto da minha liberdade, e para não me arriscar em ter uma pessoa como você no meu pé — Caio diz sorrindo da cara feia que ela faz para ele.

_Você… consegue ser uma pessoa detestável quando quer!

— Muito obrigado — ele sorri fazendo um gracejo. — Bom saber que sente isso por mim — ela fica o resto da viagem calada, não vai ficar discutindo com ele, não vale a pena.

Quando chegam na mansão dos Mendes, ela desembarca sem falar com ele.

— Ei! Nem um muito obrigado? — ele lhe dá o seu melhor sorriso e ela o fuzila com o olhar, se virando novamente continuando a andar.

Caio ri da situação, mas sabe que sua mãe vai ficar louca com ele. Ele entra na casa e vê o olhar de Mariana e Sílvia.

— Bom mãe, já fiz minha boa ação de hoje, agora estou indo, não volto hoje.

— Vai ficar no centro hoje?

— Sim, como disse, tenho compromissos e aproveito para ir até o escritório.

Nina o olha cheia de raiva, ele sorri debochado.

— Tenha uma boa estadia Nina, vai me ver muito pouco por aqui, já que me acha arrogante — ele sorri e faz um aceno com a mão. — Tchau e até logo!

Ele vai até à mãe e a irmã as beijando na testa, acena para prima novamente que vira a cara como uma garotinha mimada.

“Ah… se fosse uma de minhas submissas, levaria umas boas palmadas”.

— Caio, amanhã vamos tirar a prova dos vestidos e você leva a gente?

— Ah Mariana, fala sério!

Camilly o encara em tom de desafio.

Ele sabe que ela não vai deixar barato, nunca perde um desafio.

— Pode deixar, Mariana a gente arruma um jeito de ir.

— Claro que não, pode deixar que levo vocês, faço questão disso — ele diz com um olhar desafiador.

— Já disse não precisa — Nina diz teimosa.

Ele chega bem perto dela, que pôde sentir seu perfume inebriante, fazendo com que sua respiração fique acelerada.

— Quando eu disser que vou fazer algo, não me desafie, está ouvindo? — ele diz a ela muito sério.

Ela o encarando responde.

— Não quero ser um estorvo para você…

— Estou fazendo isso, por minha irmã e pode ficar tranquila quanto a isso — ele fica a encarando, fazendo com que ela desvie os olhos.

Mariana e Sílvia ficam olhando para os dois, que parecem duas crianças birrentas.

— Pode parar os dois! Que é isso Caio? Não foi essa a educação que te dei! — comenta Sílvia com a cara zangada.

— Ela que começou, em momento algum fui mal-educado com ela, no entanto, ela está me agredindo desde o aeroporto! Não sou obrigado a isso.

— Me desculpa tia Sílvia… posso ir para o meu quarto? Não estou me sentindo bem — ela sente que vai começar a chorar se ficar ali na presença dele.

Ele a pega pelo braço apenas de leve e sente que ela estremece.

— Não tenha medo de mim, não mordo.

— Me deixe em paz, Caio.

— Solte ela, Caio, agora! — Sílvia diz firme.

Ele a solta e ela praticamente sai correndo para o quarto, Sílvia o olha muito zangada.

— O que foi isso, Caio?

— Mãe, é sério… não fiz nada, essa louca que começou a me agredir do nada.

— Vai pedir desculpas para ela, agora mesmo!

— Mas… mãe!

— Agora, Caio Mendes! E não estou pedindo!

Ele respira fundo, passa as mãos no cabelo nervoso e sob o olhar de sua irmã que sorri divertida, vai até o quarto de Nina. Quando chega na porta, escuta um soluço baixinho.

“Essa não, agora tenho que aguentar essa chatinha chorando.”

Ele bate na porta e entra, Nina está com a cabeça baixa, os cabelos estão caídos no seu ombro.

“Ela está uma tentação”.

Ela o olha com os olhos cheios de lágrimas.

— Me desculpa… eu… se te magoei, ou te ofendi de algum modo.

— Eu que tenho que me desculpar, você não me fez nada, eu que sou uma idiota, arrogante como você disse.

_ Nina é sério… me desculpa.

Ela do nada o abraça tão forte, que ele fica totalmente sem ação.

“ O que ela está fazendo?

Está querendo me confundir?"

Ela se afasta, o olhando muito constrangida.

— Desculpe… eu… não sei o porquê fiz isso.

— Tudo bem, me promete que não vai chorar mais?!

— Não sei se consigo…

— Eu que te fiz chorar? — ele pergunta preocupado.

— Não, acho que eram emoções acumuladas, você não teve culpa.

— Sério?

— Sim!

“ Que sorriso lindo.”

— Bom, então tá, vou indo… fica bem, por favor!

— Se preocupa comigo?

Por incrível que pareça, sim, ele está bem preocupado com ela. Nina tem alguma coisa, que mexeu com ele.

— Você é minha priminha… claro que vou me preocupar — ele diz e ela sorri.

— Obrigada, Caio e… me desculpa mais uma vez — ele faz um carinho em seus cabelos e isso causa uma sensação estranha nele.

— Tudo bem, tá tudo certo — ele se levanta da cama, e vai para a porta.

— Vou sair, mas amanhã pego você e a Mariana, tudo bem?

— Sim, obrigada.

Ele sai do quarto e quando chega na sala, Mariana e Sílvia estão esperando.

— Então? Pediu desculpa para sua prima?

— Sim, mãe! Está tudo certo.

— Ótimo, até amanhã então — sua mãe diz voltando a folhear uma revista e Mariana ri divertida.

— Se livrou de uma boa surra hein, Caio?

“Não brinca assim comigo Mariana Mendes”

— É… bom, vou indo, estou bem atrasado.

— Cuidado.

— Pode deixar, mãe — ele sai rápido, entra no carro.

— O que está acontecendo comigo? O que foi aquilo? Estou ficando mole mesmo — ele diz dando a partida e indo para o seu apartamento.

(***)

Quando chega no Scalla, sobe para o andar e vê que Cíntia já o espera, com um copo de whisky nas mãos.

— Demorou… achei que nem viesse mais hoje.

— O que pensa que está fazendo? — diz olhando muito zangado para ela.

— Não posso beber enquanto te espero? — ela diz o desafiando.

“Ah, Cíntia… se soubesse como minhas mãos estão coçando, não iria me afrontar”

— Ajoelha… agora — diz firme e ela fica olhando para ele inerte.

— Faz o que mando, agora mesmo — ela coloca o copo sobre a mesinha, se aproxima dele ajoelhando-se aos seus pés, com a cabeça baixa e respirando profundamente.

Ele sorri, gosta de se sentir poderoso, vai até o balcão e se serve. Bebe bem devagar, sempre a olhando e agora com muito desejo.

— Você é minha! Faz somente o que quero, então… fique assim, até que mande vir até mim.

— Sim, Sr. — ele sorri e é um sorriso perturbador.

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Comments

Virlany Santos

Virlany Santos

iniciando hj 12/03/2024 as 14:14

2024-03-13

0

Hilda F.P Marchesin

Hilda F.P Marchesin

Iniciando Leitura
08/12/2023 19:36 PM

2023-12-09

3

Marilena Yuriko Nishiyama

Marilena Yuriko Nishiyama

safado sem vergonha 😏😏😏

2023-10-18

0

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