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Amores Possiveis

reencontro

Capítulo I

“Não acredito! Essa ninfeta, está vindo para Seattle, me atrasar a vida… sabia que iria sobrar para mim…

” Pensa Caio contrariado. Sempre preferiu ficar afastado da família, não gosta de ter que ser o que, na verdade, não é."

— Mais que saco! Agora tem que dar uma de babá.

— Caio, meu filho, o que te custa fazer às vezes de anfitrião? Sabe que eu e a Mariana estamos muito ocupadas com o casamento do seu irmão.

— Sei, mãe! Mas é sério, podia ter me avisado antes, tinha outros planos.

Cíntia o esperava em seu apartamento e Sílvia o olha contrariada.

— Você poderia ser mais maleável, sua prima está passando por momentos difíceis, não custa nada fazer essa delicadeza.

— Está bem, mãe. Vou buscar aquela chata.

— Caio Mendes!

— Ah, mãe… ela era insuportável! Acha que mudou?

— Filho… por favor, seja educado e cavalheiro, já vai bastar.

— Vou fazer o possível para isso — ele diz contrariado. — Que horas ela chega?

— Você pode ir indo, o voo dela chega às 15.

— Está certo, após deixá-la aqui, vou para o meu outro compromisso.

— Que compromisso?

— Coisas minhas, mãe!

— Você e seus mistérios, sabe que fico preocupada com você.

— Não se preocupe, sei me cuidar muito bem.

— Falo isso, porque te amo.

— Eu também, te amo — Caio a beija no rosto, pega as chaves do carro e vai para o aeroporto.

No caminho, fica pensando como será que a sua prima distante está.

Faz muito tempo mesmo, ela era insuportável, gostava muito de pegar no seu pé, e eu no dela — ele se lembra com um sorriso.

Gostava de puxar os cabelos dela, presos em Marias Chiquinhas… Nina, deve ser a mesma magricela sem nenhum charme! — ele diz para si mesmo sorrindo

(***)

Ele está esperando no salão, e está sem muita paciência. Olha no relógio e vê que está adiantando.

Vou tomar um suco — ele pensa caminhando até a lanchonete.

lá uma mocinha vem atendê-lo.

— Pois não?

— Um suco de laranja, por favor, sem açúcar.

— Sim, senhor… um minuto.

“Adoro ser chamado de Sr, mas em outras ocasiões”

Pensou ele com um sorriso. O voo de Nina é anunciado no painel, então ele vai até o portão de desembarque. Os passageiros passam, e ele procura por Nina, sem ao menos ter uma referência dela.

— E essa agora? Como vou saber como ela está? — ele diz a si mesmo e uma garota muito bonita, vem sua direção, com um sorriso.

— Caio? — ele fica surpreso.

"Nina?"

— Eu… não te reconheci, está muito diferente, quanto tempo faz? Uns dez?

— Acho que sim… — ela diz colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e Caio a olha detalhadamente.

“Está uma gata”

— Eu te reconheci, por causa dos jornais, você é bem popular — ela diz com um sorriso.

“Que sorriso lindo!”

— Bom, está tudo bem com você?

— Sim, na medida do possível e cadê a tia Sílvia?

— Não pode vir, pediu para eu fazer essa gentileza.

— Você? Fazendo gentileza? Para mim? Parece que está muito mudado mesmo, Sr. Mendes.

“Ela está me provocando? É isso?”

Olhando friamente para ela, ele pega as bagagens.

— Vamos, tenho outros compromissos.

— Você nunca muda mesmo, né?

— Como assim? — ele pergunta enquanto caminham.

— Parece que é o dono do universo, se não queria vir, era só avisar que eu pegaria um táxi.

Ele engole um xingamento.

— E falando em não mudar… a arrogância insiste em te acompanhar, porque está me tratando desse jeito? — ele para e Nina faz o mesmo.

— Que jeito?

— Como se eu tivesse te ofendido ou coisa parecida, que eu me lembre, não fiz nada disso — ele diz com uma sobrancelha arqueada.

Nina o ignora e sai andando na sua frente, ele respira fundo e vai atrás dela.

— Pode me esperar? — ele diz bravo.

— Não tenho paciência com pessoas lerdas.

— Você me chamou de quê?

— Aí Caio… vamos logo, quanto mais rápido me levar, mais rápido fica livre de mim.

— Nisso você tem toda a razão, quanto mais rápido me livrar de você, melhor para mim! — ele diz muito zangado.

Eles entram no carro, sem ao menos olhar para ela, que o observa calada.

— O quê foi agora? — ele pergunta dando a partida.

— Fico imaginando, a coitada que tem que te aturar, essa criatura vai para o céu com toda certeza, sem escalas — ela fala e ele olha para ela, sorrindo.

— Te garanto uma coisa, Nina… mesmo que tivesse alguém, estaria muito satisfeita comigo, por isso, na verdade, não tenho namorada. Gosto da minha liberdade, e para não me arriscar em ter uma pessoa como você no meu pé — Caio diz sorrindo da cara feia que ela faz para ele.

_Você… consegue ser uma pessoa detestável quando quer!

— Muito obrigado — ele sorri fazendo um gracejo. — Bom saber que sente isso por mim — ela fica o resto da viagem calada, não vai ficar discutindo com ele, não vale a pena.

Quando chegam na mansão dos Mendes, ela desembarca sem falar com ele.

— Ei! Nem um muito obrigado? — ele lhe dá o seu melhor sorriso e ela o fuzila com o olhar, se virando novamente continuando a andar.

Caio ri da situação, mas sabe que sua mãe vai ficar louca com ele. Ele entra na casa e vê o olhar de Mariana e Sílvia.

— Bom mãe, já fiz minha boa ação de hoje, agora estou indo, não volto hoje.

— Vai ficar no centro hoje?

— Sim, como disse, tenho compromissos e aproveito para ir até o escritório.

Nina o olha cheia de raiva, ele sorri debochado.

— Tenha uma boa estadia Nina, vai me ver muito pouco por aqui, já que me acha arrogante — ele sorri e faz um aceno com a mão. — Tchau e até logo!

Ele vai até à mãe e a irmã as beijando na testa, acena para prima novamente que vira a cara como uma garotinha mimada.

“Ah… se fosse uma de minhas submissas, levaria umas boas palmadas”.

— Caio, amanhã vamos tirar a prova dos vestidos e você leva a gente?

— Ah Mariana, fala sério!

Camilly o encara em tom de desafio.

Ele sabe que ela não vai deixar barato, nunca perde um desafio.

— Pode deixar, Mariana a gente arruma um jeito de ir.

— Claro que não, pode deixar que levo vocês, faço questão disso — ele diz com um olhar desafiador.

— Já disse não precisa — Nina diz teimosa.

Ele chega bem perto dela, que pôde sentir seu perfume inebriante, fazendo com que sua respiração fique acelerada.

— Quando eu disser que vou fazer algo, não me desafie, está ouvindo? — ele diz a ela muito sério.

Ela o encarando responde.

— Não quero ser um estorvo para você…

— Estou fazendo isso, por minha irmã e pode ficar tranquila quanto a isso — ele fica a encarando, fazendo com que ela desvie os olhos.

Mariana e Sílvia ficam olhando para os dois, que parecem duas crianças birrentas.

— Pode parar os dois! Que é isso Caio? Não foi essa a educação que te dei! — comenta Sílvia com a cara zangada.

— Ela que começou, em momento algum fui mal-educado com ela, no entanto, ela está me agredindo desde o aeroporto! Não sou obrigado a isso.

— Me desculpa tia Sílvia… posso ir para o meu quarto? Não estou me sentindo bem — ela sente que vai começar a chorar se ficar ali na presença dele.

Ele a pega pelo braço apenas de leve e sente que ela estremece.

— Não tenha medo de mim, não mordo.

— Me deixe em paz, Caio.

— Solte ela, Caio, agora! — Sílvia diz firme.

Ele a solta e ela praticamente sai correndo para o quarto, Sílvia o olha muito zangada.

— O que foi isso, Caio?

— Mãe, é sério… não fiz nada, essa louca que começou a me agredir do nada.

— Vai pedir desculpas para ela, agora mesmo!

— Mas… mãe!

— Agora, Caio Mendes! E não estou pedindo!

Ele respira fundo, passa as mãos no cabelo nervoso e sob o olhar de sua irmã que sorri divertida, vai até o quarto de Nina. Quando chega na porta, escuta um soluço baixinho.

“Essa não, agora tenho que aguentar essa chatinha chorando.”

Ele bate na porta e entra, Nina está com a cabeça baixa, os cabelos estão caídos no seu ombro.

“Ela está uma tentação”.

Ela o olha com os olhos cheios de lágrimas.

— Me desculpa… eu… se te magoei, ou te ofendi de algum modo.

— Eu que tenho que me desculpar, você não me fez nada, eu que sou uma idiota, arrogante como você disse.

_ Nina é sério… me desculpa.

Ela do nada o abraça tão forte, que ele fica totalmente sem ação.

“ O que ela está fazendo?

Está querendo me confundir?"

Ela se afasta, o olhando muito constrangida.

— Desculpe… eu… não sei o porquê fiz isso.

— Tudo bem, me promete que não vai chorar mais?!

— Não sei se consigo…

— Eu que te fiz chorar? — ele pergunta preocupado.

— Não, acho que eram emoções acumuladas, você não teve culpa.

— Sério?

— Sim!

“ Que sorriso lindo.”

— Bom, então tá, vou indo… fica bem, por favor!

— Se preocupa comigo?

Por incrível que pareça, sim, ele está bem preocupado com ela. Nina tem alguma coisa, que mexeu com ele.

— Você é minha priminha… claro que vou me preocupar — ele diz e ela sorri.

— Obrigada, Caio e… me desculpa mais uma vez — ele faz um carinho em seus cabelos e isso causa uma sensação estranha nele.

— Tudo bem, tá tudo certo — ele se levanta da cama, e vai para a porta.

— Vou sair, mas amanhã pego você e a Mariana, tudo bem?

— Sim, obrigada.

Ele sai do quarto e quando chega na sala, Mariana e Sílvia estão esperando.

— Então? Pediu desculpa para sua prima?

— Sim, mãe! Está tudo certo.

— Ótimo, até amanhã então — sua mãe diz voltando a folhear uma revista e Mariana ri divertida.

— Se livrou de uma boa surra hein, Caio?

“Não brinca assim comigo Mariana Mendes”

— É… bom, vou indo, estou bem atrasado.

— Cuidado.

— Pode deixar, mãe — ele sai rápido, entra no carro.

— O que está acontecendo comigo? O que foi aquilo? Estou ficando mole mesmo — ele diz dando a partida e indo para o seu apartamento.

(***)

Quando chega no Scalla, sobe para o andar e vê que Cíntia já o espera, com um copo de whisky nas mãos.

— Demorou… achei que nem viesse mais hoje.

— O que pensa que está fazendo? — diz olhando muito zangado para ela.

— Não posso beber enquanto te espero? — ela diz o desafiando.

“Ah, Cíntia… se soubesse como minhas mãos estão coçando, não iria me afrontar”

— Ajoelha… agora — diz firme e ela fica olhando para ele inerte.

— Faz o que mando, agora mesmo — ela coloca o copo sobre a mesinha, se aproxima dele ajoelhando-se aos seus pés, com a cabeça baixa e respirando profundamente.

Ele sorri, gosta de se sentir poderoso, vai até o balcão e se serve. Bebe bem devagar, sempre a olhando e agora com muito desejo.

— Você é minha! Faz somente o que quero, então… fique assim, até que mande vir até mim.

— Sim, Sr. — ele sorri e é um sorriso perturbador.

capítulo 2

Cintia é uma bela submissa. Sempre obediente e ele adora isso.

Se aproxima dela sem muita pressa. Quer apreciar o momento. Além do mais, está muito nervoso. Na verdade, não sabe exatamente o que está acontecendo com ele.

“Aquela garota me deixou nervoso.

Não sei o porquê, más estou realmente sem muita convicção do que pretendo fazer agora, neste momento.”

Pega o copo de bebida, degusta devagar. Sempre a olhando com aquele olhar dominante e intenso.

Pega se cabelo fazendo um carinho sem aviso.

- Olhe pra mim. Estou mandando. Faça agora.

Ela levanta a cabeça e o olha intensamente. Caio sorri.

— Você é minha?

— Sim, sou sua.

- Levante-se e espere por mim.

— Sim.

Caio vai até o quarto se veste a caráter e retorna pleno. Em suas mãos, um chicote de montaria. Quando Cíntia vê se contrai toda.

O seu sorriso é perturbador.

- Achou que ficaria impune, pôr me desafiar?

— Não.

- Ótimo, sabe o que quero. Fique de costas pra mim.

Ela com muito medo no olhar faz o que manda.

Ele chega muito perto dela e fala em seu ouvido:

- Vai ser punida, para nunca mais pensar em desafiar uma ordem minha ou qualquer cláusula do nosso acordo.

- Sim

E ele bate. Com força. E em cada vez que faz seu semblante fica mais intenso. Está gostando muito de sentir o sofrimento dela. Isso o deixa muito excitado, de verdade.

Ela chora baixinho. Suas lágrimas banham seu rosto lindo, mas ele não para. Está completamente focado em seu objetivo, que é extravasar seu desejo por aquilo.

E quando para a observando cheio de desejo, manda que ela se vire pra ele.

- Olhe pra mim, agora.

Ela faz o que ele manda.

Caio levanta seu rosto, enxuga suas lágrimas e a beija com paixão. Cíntia se entrega ao prazer do seu carinho.

— Quero você desse jeito. Entendeu?

- Sou sua , como desejar.

- Vou pegar pesado com você. Não vou ter piedade. Está aqui pra satisfazer minhas vontades, e meus desejos.

— Sim, faça o que desejar.

Caio a prende em algemas de suspensão e a olha fascinado.

Depois se livra das roupas, deixando-o livre para extravasar seu desejo intenso por ela, e vai com força. Cíntia geme deliciosamente o deixando mais louco ainda por ela. E só para quando chega ao orgasmo intenso que ela proporciona a ele, que respira fundo e ofegante.

Fica assim por alguns instantes. Depois a solta e fica olhando para aquela mulher linda na sua frente.

- Vá, tome um banho, se vista e venha aqui depois.

- Sim.

Cíntia vai toma seu banho, enquanto Caio vai pra seu quarto fazer o mesmo. Enquanto está no chuveiro, de repente, seu pensamento volta para Nina.

"Que diabos está acontecendo comigo? Porquê essa menina está me afetando tanto?"

Enquanto se veste, fica muito pensativo. Mas muda o foco vai esperar por Cíntia, que vem linda a seu encontro.

- Está bonita. Gosto de ver você assim, linda pra mim.

— Obrigada.

- Quero que vá comigo a um jantar. Preciso estar acompanhado, pode ser?

— Sim. Como devo-me comportar?

- Apenas como uma amiga próxima... entendeu?

— Sem intimidade? Vou poder… tocar, o Sr.?

- Sabe das regras, se for preciso faço, nunca se atreva a fazê-lo. Entendeu?

Ela olhando muito pra ele diz sim com a cabeça.

— Ótimo, vamos,vou-te levar embora.

- Não precisará. Estou com o carro.

— Tudo bem, já que deseja assim.

— Prefiro.

- Então, pode ir.

- Até logo.

- Até.

Cíntia vai embora, e ele fica sozinho com seus pensamentos.

“Que está a acontecer com você Caio?

Pega o telefone e fica olhando, com muita vontade de ligar pra casa. E o faz.

— Olá?

— Mariana, está tudo bem?

- Claro que sim, porquê está ligando a essa hora? Aconteceu alguma coisa?

— É que senti necessidade de ligar.

- Preocupado com a Nina?

— O quê?

- Pra ligar, só pode ser isso.

- Não, claro que não. Ela estava triste. Procura saber o que houve. Sei que pode ser besteira, mas agora fiquei de fato preocupado.

- Acabou de dizer que não estava preocupado com ela, agora quer que eu saiba porque ela está triste?

— Você está-me confundindo, Mariana!

- Ah irmão, tudo bem vou perguntar, amanhã te falo. Agora vai dormir, ou pode vir pra casa, seu quarto está te esperando.

“ Não seria de todo má a ideia!”

- Tudo bem.

- Te espero?

- Se desejar...

- Vou esperar com uma panela de brigadeiro, pra gente comer juntos.

- Mariana - ele ri - sabe que não como essas coisas, mas me espera assim mesmo.

- Vou chamar a Nina pra me fazer companhia, então até você chegar.

Ele dá um sorriso bobo.

- Tá bem, indo.

(...)

Nina está no quarto, escutando uma música suave e folheando um livro.

— Oi, atrapalhando?

— Não. Pode entrar Mariana.

- O Caio vai vir. Acabou decidindo ficar por aqui mesmo.

E faz-me companhia, enquanto ele não chega?

Nina dá de ombros, está sem nada pra fazer mesmo.

— Tá bem! vou ir.

- Gosta de brigadeiro? - sorri.

Ela faz que sim com a cabeça.

- Ótimo, fiz uma panela enorme pra gente. O Caio não gosta dessas coisas. Então, a gente vai ter muito com que se divertir - rindo.

“O Caio. De que esse ser humano gosta? Que chato!”

Mariana vai para a sala esperar o irmão junto com Nina que é uma ótima companhia.

Não demora muito, ele chega e qual não é sua surpresa, vendo as duas se deliciando com o doce.

Nina está com um pijama de bichinhos, parece uma menininha.

“Está tentadora “- pensa ele.

— Olá irmão! Tem certeza que não quer um pouco? Está delicioso...

Nina lambe a colher de uma forma deliciosa e isso causa uma sensação estranha nele.

- Já disse. Não como essas coisas.

- Não sabe o que está a perder.

Nina fala com um sorriso.

“ Não brinca assim comigo! Que pensa que está fazendo?”

— Fazem muita questão que eu prove?

- Por favor irmão!

- Tá certo, só um pouco. Pra não falar que sou chato.

E procura uma colher, mas Nina oferece a dela pra ele que pega a encarando muito. Se serve um pouco e aprova o sabor.

— Ótimo. Parabéns, Mariana.

Ao devolver a colher para Nina , o simples toque nas mãos dela faz com que ele sinta um calor inesperado.

— O quê foi, Caio? - Mariana vê que ele ficou incomodado.

- Ah, nada Mariana. Vou pro quarto, descansar um pouco.

- Boa noite - Nina fala docemente pra ele, com um sorriso.

- Boa noite pra você também.

Ele vai para o quarto, está com um calor insuportável...

”Que raios, essa garota quer?Me enlouquecer?”

Entra no chuveiro, frio. E a imagem dela simplesmente faz com que ele fique muito excitado...de verdade.

” Que está fazendo comigo?”

Desliga a água, está muito tenso. Precisa de uma bebida urgente, senão vai ser difícil dormir.

Devem ter saído da sala.

Vai de bermuda, sem camisa. A noite está muito quente, e ele também, por sinal.

Chegando na cozinha, abre a geladeira em busca de algo bem gelado, pra ver se refresca o corpo quando uma voz suave chama a sua atenção.

— Com calor?

Quando se vira e a vê ali, parada com um sorriso provocativo.

Respirando fundo continua a procurar algo na geladeira.

— Sim, muito. — olha para ela rápido.

- Tem sorvete? - pergunta de um jeitinho inocente.

— Sim, quer um pouco?

- Ah, quero por favor.

Ele serve o doce pra ela e entrega em suas mãos. Mas essa garota tem algo que está o deixando muito tenso.

Seus olhares estão cruzados neste momento, então tenta disfarçar seu incômodo.

— O que foi? deixo-te nervoso?

Ele virando as costas pra ela, tenta não deixar tão evidente o quanto está nervoso com ela ali. Tão próxima dele.

Nina se aproxima muito e o toca suavemente nas costas, fazendo com que ele se esquive dela imediatamente.

— O que está fazendo?

- Nada, acho você muito forte...e bonito. Sempre achei. Quando a gente era mais jovem, eu bem mais que você...sempre te vi como meu, herói imaginário. Engraçado né? Você vivia implicando comigo.

“Que é isso agora?”

— Na verdade, sempre tive muito ciúmes de você. - olhar carente.

- Olha só, essa conversa está ficando esquisita.

- Esquisita, porque? - sorrindo.

— Vamos parar por aqui.

Ela se aproxima mais perto dele toda envolvente.

- Te causo repulsa? É isso?

“Não Nina...Causa outra coisa, muito perigosa por sinal.”

- Você andou bebendo? - ele sente um forte hálito de bebida nela.

- E se bebi? Sou maior de idade. Posso fazer isso - se apoiando nele, já que está sem equilíbrio.

- Garota maluca! Vem comigo, vou te por na cama. Está alterada. Não sabe ao menos o que está fazendo.

Ele abraça a prima com cuidado e a leva para o quarto.

Quando chega lá, a coloca na cama carinhosamente, e a olha muito sério.

- Não devia beber. Não sabe que pode ficar em maus lençóis, garota tola? Sorte sua eu ser seu primo, se é outro estaria em apuros.

Ela abraça-o pelo pescoço sensualmente.

- Quer dizer que não corro perigo, com você?

Ele controla-se para não beijar aquela boca linda.

Respiração acelerada está tenso de verdade.

- Vou deixar você dormir, amanhã conversamos, tudo bem?

- Ah, fica comigo, por favor. Estou tão carente e sozinha.

Inferno!

— Tudo bem, vou ficar até dormir.

- Posso dormir, nos seus braços?

“ Essa garota quer me enlouquecer? Só pode ser isso. Estou vulnerável.”

- Tá vem, deixe acomodar você mas, por favor, fique quieta. Não se mexa.

— Sim Sr., vou ficar bem quietinha.

Ela se ajeita em seu peito forte, e abraça ele pela cintura.

— Ah! isso é ótimo.

“Nina, por favor não teste meus limites...”

Em pouco tempo, ela já está dormindo lindamente em seus braços.

Caio fica olhando pra ela cheio de desejo, mas se controla. A afasta devagar e cobre seu corpo lindo com um lençol estampado de flores.

“ Bem sua cara . Toda delicada e tentadora.”

A beija na testa e sai.

No corredor, fica pensativo.

“ Só pode ser brincadeira. Isso não vai acontecer, ainda tenho juízo! Bom,parece que ainda tenho! Caio! Afasta esse pensamento pra bem longe...”

capítulo 3

Mariana está euforia. Louca pra sair e ver os vestidos do casamento. Vai até o quarto de Nina e percebe que ela está com uma cara péssima.

— O quê foi? Não dormiu direito?

- Acho que exagerei um pouco ontem depois que você foi dormir, eu voltei e tomei um pouco de vinho e como não estou acostumada...

- Ah nossa! Quer um remédio?

— Obrigada, vou aceitar.

Mariana sai e se encontra com Caio no corredor.

— Bom dia! irmão.

— Bom dia, a Nina já acordou?

- Sim e está com uma cara péssima. Vou buscar um remédio pra ela.

— Imagino. Bom vou falar com ela.

Caio bate na porta dela e entra.

- Oi, você está bem?

- Melhor do que mereço. Ah obrigada por cuidar de mim ontem.

— Não fiz nada de mais.

— Mesmo assim, obrigada.

- Não devia beber daquele jeito. Correu um perigo enorme.

Ela fica olhando pra ele e sorrindo cruza os braços.

- Então, não corro perigo do seu lado Caio Mendes?

Ele olha-a muito sério e respira fundo.

- Você acha que está segura do meu lado? - olhar perturbador - Não estaria certa disso, minha cara. Sou bem perigoso quando quero.

Ela morde os lábios, deixando ele perdido.

- Gosta de provocar, não é?

— As vezes… gosto sim.

- Cuidado, pode se dar mau, muito mau mesmo - olhando muito pra ela. – Mas, me tira uma dúvida, você estava meio triste. Por que foi?

— Deixa para lá, coisas que prefiro esquecer.

- Algum namorado?

Ela abaixa a cabeça e dá de ombros com um sorriso tímido.

- Esse cara, é um verdadeiro otário. - Fala sinceramente.

Ela olha-o fixo.

- Ah Caio . Você me confunde.

— Porquê?

- As vezes, parece querer cuidar de mim, e outras...

— Você também deixa-me confuso.

- Deve ser por causa de antes. Você judiava muito de mim, pensa que não lembro?

- Éramos crianças, agora tudo mudou, você cresceu, eu também somos adultos, e sabemos o que queremos.

— Você sabe o que quer?

Ele fica sem ação.

“ O que ela está a tentando fazer?”

- Vou ver se Mariana já pegou o seu remédio. Tenho uma reunião agora cedo. Não pretendo me demorar além do combinado.

— Porque foge de mim?

— Eu?

- Sim. Parece que sou um bicho que te amedronta. Qual o seu problema?

- Acho que o efeito do vinho ainda está em você. Como disse não deveria beber daquele jeito.

Nina revira os olhos, dá de ombros.

- Você revirou os olhos pra mim? Isso é sério?

— Sim, e daí?

- Não faria isso novamente, e falo sério.

- Sabe, não tenho medo de você. Como disse, já sou bem grandinha sei me defender.

- Deveria ter. Na verdade não sabe com quem está brincando. Como disse sou bem perigoso quando quero.

Ela olha-o de modo desafiador.

- Então, me mostra.

Ele chegando bem perto dela segura seu queixo se aproxima perigosamente, quase caindo em tentação e roubando um beijo daquela boca linda.

- Não vou cair no seu jogo, minha cara. Estou muito focado pra me deixar cair em tentação.

- Ah, quer dizer que sou uma tentação pra você - ri.

Ele agora está sem saída, prefere se afastar dela, antes que perca a cabeça de verdade.

- Chega, agora estou falando sério, não me provoca, como falei. Não sou mais criança se não percebeu ainda e não quero ter que me complicar. Qual o seu problema?

Ela chega perto dele e abraça a sua cintura sensualmente.

- Não quer se complicar, não é?

E falando isso o beija suavemente nós lábios, fazendo ele ficar imóvel e surpreso com seu atrevimento.

— O quê pensa...

— Gostou disso, Caio?

- Você, está agindo como uma inconsequente. O que pensa que está fazendo? Sabia que posso te repreender?

- Cómo?- desafía ele.

- Nina!

- Eu quero muito saber até onde você vai, Caio. Te acho tão estranho. Porque não mostra pra mim, quem é de verdade?

“Se ele fizer o que ela pede...Ah Nina... Não tem ideia do que me esta falando, minha cara”

- Como disse, os efeitos do vinho ainda estão em você. Vou fingir que nada disso aconteceu, e vamos logo ver o tal vestido. Depois tenho que buscar minha convidada pro jantar de noivado do Diogo.

— Convidada?

- Sim, ou acha que não tenho ninguém - olhar penetrante.

— Mas, você disse que não tinha namorada…

- Eu disse que é minha namorada?

— Afinal… ela é o quê?

- Uma...amiga. - sorriso -Te disse, gosto de minha liberdade.

Nina fica muito zangada.

- Por favor, você poderia sair tenho que trocar.

— Agora ficou tímida?

— Quer o quê? ver-me nua?

“ Seria interessante.”

Sorrindo para ela, se vira e sai.

Ela se senta na cama emburrada.

“ O que ele pensa que é? Babaca Ah Caio Mendes. Vou te mostrar a mulher que me tornei. Acha que sou aquela menininha indefesa que você gostava de implicar? Vamos ver sua amiguinha... quero ver se ela pode comigo.”

Ela veste um vestidinho estampado que a deixa bem a vontade. Os cabelos soltos a deixa sensual, passa um brilho para realçar seus lábios.

Quando chega na sala ele olha-a admirado

“Diaba! Está linda.”

- Podemos ir?- Fala Mariana impaciente.

- Sim, por favor além do mais, seu irmão parece que tem que buscar alguém. Não é Caio? - sobrancelha arqueada.

Ele sabe que vai ser metralhado de perguntas.

“Muito obrigada Nina...”

— É uma amiga. Só isso.

- Só isso? Você nunca traz ninguém pra casa. Que milagre é esse?

Ela fica esperando uma resposta. Agora surpresa de verdade pelo fato de ele não levar ninguém pra conhecer a família.

O seu olhar está zangado e tenta desconversar.

- Mariana, por favor não quero me atrasar. Então vamos logo.

“ Essa garota me paga...e vai me pagar muito caro”

Nina passa por ele com um sorriso debochado.

Ele fica olhando as duas nas compras e rindo muito, esperando não ser parte da piada, porque elas olham pra ele o tempo todo rindo de modo debochado.

“Qual a graça?’

- Se quiser ir Caio a gente depois dá um jeito de ir pra casa.

- Pode deixar. Eu fico com vocês duas.

Nina chega perto dele e provoca:

— Agora se promoveu o meu segurança particular?

- Qual é a sua? Se eu tinha dúvidas que era maluca agora estou me certificando de que estou certo. Eu falei que cuidaria de vocês e é exatamente o que estou fazendo.

- Não tem ideia, de quanto maluca sou - sorriso sarcástico.

Ele pega com força no seu braço, quando Mariana está longe, muito distraída com uma vitrine no shopping.

- Já disse, não me provoca. Não queira ver até onde vai meus limites.

- E eu já falei, não tenho medo de você!

Ele a encarando profundamente, a puxa para o corredor da saída de emergência. A abraça forte, causando um calor imenso nela.

- Então, você não tem medo de mim, não é? Vou te mostrar que não se provoca um homem como está fazendo, mocinha.

- Não tenho e nada que possa fazer me amedronta.

— Ah, é mesmo? Vamos ver se não…

E ele a beija com tanta fúria, que o ar chega a faltar. Está cheio de fome pela boca deliciosa dela e pelo resto também. Quando vê que vai perder o controle de vez, a solta sentindo que ela está completamente extasiada por ele.

— E agora? Ainda não tem medo de mim?

Ela está com a respiração acelerada, olhando muito pra ele sem conseguir falar nada naquele exato momento.

— Era isso que queria? Pois bem! dei-te o que pediu.

Seu… idiota!

— O quê?

- Não entendeu nada...seu babaca, idiota!

- Se falar isso nuovamente...

- Vai fazer o quê? Agarrar-me novamente seu...estupido!

Agora que ele não entendeu nada mesmo. Afinal o que essa mimada quer dele?

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