capítulo 5

A noite está linda, e muito agradável, perfeita para a festa de Diogo, e Cíntia está maravilhosa. Seu vestido a deixa muito sensual perfeita para a ocasião e Caio gosta muito.

— Está linda, parabéns.

- Obrigada, faço tudo pra te agradar,Sr.

Ela o agradou muito, gosta de mulheres elegantes e cheias de estilo, por isso se interessou por ela na verdade.

— Como devo comportar-me?

- Eu disse a minha família que era uma amiga, então...

— Que categoria de amiga? — Sorrindo.

Ele sorri de volta.

— Íntima.

- Ah, tá.

Ele faz um carinho em seus cabelos.

- Sabe de nosso acordo. Não fantasie nada entre nós, por favor. Desse jeito, a gente pode se dar muito bem. Não gosto de compromisso, não desse tipo de compromisso, entendeu?

— Sim, eu entendo. Mas, se perguntarem, como devo agir?

- Eu resolvo na hora, agora vamos estou atrasado.

— Te chamo, de Caio?

Ele a olha muito sério.

- Sim, enquanto estivermos por lá.

Depois vamos manter como antes.

- Está bem.

(***)

Quando chegam na mansão dos Mendes Cíntia fica admirada pela grandeza do lugar.

- Ah nossa! Sua casa é maravilhosa!

- Essa é a casa de meus pais. Minha casa é o Scalla,e você sabe disso.

— Mesmo assim, que linda casa.

- Obrigada. Vamos, minha mãe deve estar muito curiosa a seu respeito.

— É mesmo?

— Não faz ideia, Cíntia.

- Bom, então vamos logo acabar com a ansiedade dela.

— E dos outros — ri.

Ele a ajuda sair do carro e vão pra dentro da casa, onde todos ficam o olhando como se fosse a atração da festa.

- Quando disse que estavam curiosos não menti - Caio a olha sorrindo.

Mariana vem na direção dos dois.

- Oi, sou a Mariana irmã do Caio , como vai?

— Bem prazer em conhecer você, sou a Cíntia.

- Que linda! Como meu irmão conseguiu te esconder?

Mariana nunca foi tão indiscreta. Cíntia olha pra Caio , sem saber o que falar. Ele a abraça pela cintura e sorri.

- Mariana! Discrição não é mesmo a sua, não é? A Cíntia, é...uma amiga, e pare de fazer perguntas embaraçosas pra ela.

- Ah Caio! Sabe que sou curiosa. E ela é linda, parabéns! Que você tem bom gosto, disso nunca duvidei.

Caio revira os olhos e ri.

- Mariana!

Cíntia sorri, e dá um beijo no rosto da moça.

— Obrigada, você é muito gentil.

- Vem comigo,o resto da família está em cólicas pra te conhecer.

E antes que consiga falar alguma coisa, Mariana puxa Cíntia pelos braços, deixando a garota sem alternativa.

Caio fica parado. Como não tem mesmo o que fazer, vai buscar uma bebida e dar uma circulada pela festa.

Procura por Nina. Ela não está na sala com os outros convidados. Sai caminhando pelo jardim, e olha em direção da varanda do quarto dela, a luz está acesa, então deduz que deve estar lá.

“Porquê estou tão ansioso? Estou muito bem acompanhado, mas, estou de verdade muito curioso, ela é atrevida, mas gosta disso."

Uma silhueta surge na varanda, e o deixa sem ar.

" É ela...e está linda...” – pensa com um belo sorriso.

Ela está com um vestido prateado, que modela aquele corpo lindo. Os cabelos presos em um coque frouxo, a está deixando incrivelmente sensual.

“ Está maravilhosa...linda mesmo. Ah Caio! Esqueça, isso não pode acontecer. Que pensa que está fazendo? Está louco? ”

- Ei mano! Está tão distraído.Eu te chamei um monte de vezes.

- Desculpa, Diogo não escutei, deve ser por causa da música. - tenta disfarçar.

- Sua “ amiga”. Que mulher linda, meus parabéns.

- Ah Diogo! Até você? Fala sério!

- Prometo não pegar no seu pé, afinal o jantar é pra minha despedida de solteiro.

— Não era de noivado?- Ri.

- Bom, também, deixe de ser estraga prazeres! Você sabe do que estou falando. A mãe pediu pra você ir falar com a nossa prima, parece que ela está meio que zangada com você, não entendo porque vocês brigam tanto.

“ Só pode ser brincadeira”

- Porque você não vai?

- Você que está estremecido com ela, vamos Caio! Não quero vocês dois brigados bem no dia do meu noivado. Por favor!

Ele respira fundo, e faz o que o irmão pede já que não tem escolha.

- Avisa a mãe que vou, mas se ela ficar me chateando vou embora desse jantar sem ao menos pensar, fui claro?

- Sim. Vá dome a fera. Sei que sabe como fazer com muito jeitinho - Diogo fala com um sorriso debochado.

Caio olha para o irmão e sorri. Sabe que ele não vai desistir então acaba cedendo.

Ele vai em direção a casa, e entra seguindo para o quarto de Nina.

A porta está aberta, então entra sem se anunciar mesmo correndo o risco de ser maltratado.

Procura por ela, que está na varanda olhando a noite muito distraída com um belo sorriso no rosto.

— Também gosto dos mistérios da noite…

Ela se vira assustada.

“ Como está tentadora.”

- Caio! Você me assustou! Nem o vi chegar. O que quer?

— Não vai para a festa?

- Na verdade, não estou com o espírito festeiro. Alguém me deixou muito zangada esta tarde, não é? – fala com um sorriso debochado.

- Não vamos nos prender a isso. Já te pedi desculpas. Está muito bonita, deve aproveitar a festa, está linda, de verdade.

Seu olhar para ela é muito observador e cheio de calor.

Nina sente o seu corpo todo se aquecendo.

" O que está acontecendo?”

- Obrigada, você é muito gentil, nem parece aquele brucutu as vezes...

Caio dá uma gargalhada gostosa.

“ Como fica lindo sorrindo assim...”

- Você me diverte, Nina.

- Isso foi um elogio?

- Sim. Gosto de suas tiradas. É muito boa nisso.

Ela sorri pra ele. Afinal de contas, ele não é tão insuportável assim.

- Eu vim pra falar com você. A mamãe, acha que devemos fazer as pazes. Não quer a gente brigado. Também acho que não devemos, afinal somos primos. Não é legal ficarmos assim, o que acha?

— Só por isso veio?

“Não, Nina. Estava louco pra ver você de perto, e estou por um triz de cometer uma loucura de verdade.” – pensa Caio com um olhar lindo.

- Na verdade, não. Quero muito me dar bem com você. Podemos entrar em um acordo, sem brigas?

Ela olha-o de cima a baixo, e concorda.

- Amigos? - ele fala de um jeitinho tão lindo, que ela se rende ao seu charme.

- Tá bem. Mas pare de me chamar de mimadinha.

- E você, não me chame de riquinho metido a besta e arrogante.

- Combinado. - ela sorri lindamente para ele.

Ele respira fundo e se aproxima dela. Pega seu rosto com carinho, ela tem alguma coisa que mexe de verdade com ele.

— Combinado... - o seu olhar é intenso.

O toque dele causa um arrepio inesperado nela, que se afasta o deixando um pouco confuso, mesmo se sentido incomodado, não fala nada.

- E...sua amiguinha? Suponho que deve ter vindo, não é?

- Sim, está lá na sala. No mínimo recebendo muitas perguntas a nosso respeito, graças a você não é mesmo?

Nina olha pra ele e corrí. Sabe que deve estar mesmo sendo questionada de verdade.

— O quê foi?

— Nada, vamos?

- Nina, sei que deve estar se divertindo as minhas custas, com certeza.

- Deixa pra lá, vamos pra festa...

- Ok, vamos.

Ele passa os braços pela cintura dela e a puxa pra bem perto dele causando uma sensação deliciosa.

É algo inesperado, mas se torna cheio de significado.

Ela olha nos olhos azuis, tão intensos. Parecem duas bolas de fogo a encarando.

- O quê foi? – ela fala em um breve sussurro.

- Está tão linda! O quê está fazendo comigo? Porquê não consigo resistir a você?

— O quê?!

Ele se aproxima dela perigosamente e a beija de um jeito que ela fica sem forças, extasiada dele.

- Caio... - ela se afasta - O quê está fazendo?

- Não sei. Me desculpa, eu... não sei. - ele está sem saber o que fazer, que loucura é essa?

Nina fica olhando pra ele, não que não tenha gostado. Mas agora está muito confusa mesmo ele conseguiu mesmo tirá-la do plumo.

- Caio não se sinta culpado, não estou zangada com você... só não entendi... porque me beijou? E, sua “ amiga”?

Ele morde os lábios deixando ela toda arrepiada e com um sorriso responde:

- Esquece eu... estou ficando louco, só pode ser isso.

- Me beijar é loucura? É isso? - com os braços cruzados.

- Não foi isso que quis dizer. Perdoe-me expressei mal minhas palavras.

- Tá bem. Vou aceitar sua explicação. Não quero brigar com você, afinal a gente acabou de fazer as pazes, não é mesmo?

Ele sorri para ela e concorda plenamente.

- Não quero brigar com você. É que está me deixando completamente confuso. Na verdade, não sei o que está acontecendo comigo.

Nina sabe disso . Está sentindo a mesma coisa.

Ela o beija no rosto.

- Vamos primo. Vão sentir nossa falta.

— Tem razão, vão. É melhor irmos para lá.

Voltam para a festa. E ele com uma sensação estranha. Sabe que está acontecendo alguma coisa, mas não sabe o quê.

Cíntia vem em sua direção muito zangada.

— Caio, onde estava?

- Eu estava com a minha prima Nina, conversando. Prima essa é a Cíntia, a amiga que te falei.

Nina não gosta de Cíntia de imediato, mas se contém. – mulherzinha arrogante, pensa ela.

E Cíntia , também não gosta dela. Mas disfarça muito bem, não vai dar motivos para que Caio se aborreça com ela.

- Prazer...

- O prazer é meu. - fala Nina com pouca confiança.

Caio percebe que o clima ficou tenso, então toma suas providências.

— Vamos Cíntia. Vem comigo.

Ele se afasta de todos e a olha muito sério.

— O quê foi isso?

— Como?

- Você e a Nina?

— Não gosto dela.

- Você não está aqui pra gostar de alguém. Está aqui pra me fazer companhia, só isso.

- Acho que prefere a companhia de sua priminha, pelo que percebi.

- Enlouqueceu? Por acaso, está me desafiando? Não faça isso.

- Muito interessante. Me trás aqui, e deixa sozinha e ainda se sente ofendido? Muito engraçado você, Caio Mendes !

— Você andou bebendo?

- Estou em uma festa, ou não?

Caio sabe que vai ter problemas. Não pode deixar que isso aconteça.

- Não cause nada que se arrependa depois , e estou falando sério.

— Como o quê? Isso, por exemplo?

E falando isso ela o abraça forte e o beija intensamente, sem se importar com os outros presentes.

Ele se afasta dela, muito zangado.

- Está louca?

- Sou ou não sou sua namorada?

- Nunca disse isso! Está bêbada! Como faz isso na frente de todos? O que pretende com isso?

Cíntia apenas sorri e vai pro meio da pista de dança, e dá um show, deixando Caio totalmente sem graça perante os outros convidados.

Silvia olha para o filho e fica penalizada com a situação. Sabe que é um homem muito discreto e não gosta de exibições.

— Tudo bem, filho?

- Tudo bem. Vou ficar bem.

— Sei que não gosta dessa categoria de coisa.

- Eu resolvo, depois.

- Está bem mesmo? Sua cara está péssima.

Ele está muito nervoso. Mas vai aguentar tudo calado, e depois Cíntia vai pagar o preço de seu atrevimento.

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