Dia de alta

Após uma longa noite, se recuperando meu dia já começa no hospital às 7h da manhã, o médico entra e vê se está tudo bem comigo:

- Bom dia Julia

- Bom dia Dr.

- Está sentindo algo? Tá tudo bem?

- Tô não, tá tudo bem sim

- Certo, daqui a pouco venho aqui para te liberar

- Tá certo

O restante de soro acaba e após algumas horas o médico volta:

- Julia, vamos te liberar

Ele começa a tirar meu acesso do soro no braço, anotar os medicamentos para caso eu sinta alguma dor ou incômodo em casa e me libera assinando um documento.

- Obrigada Dr.

- Nada, seus pais estão na sala de espera

Eles se encontram comigo no quarto para me levar de volta ao meu novo lar

- Oi mãe

Oi pai

Eles respondem:

- Oi filha, como você está?

- Estou bem, ele me passou alguns remédios para comprar caso eu sinta dor

- Tá bom filha, vamos parar na farmácia para comprar

Eles saem comigo do hospital e começam a me contar que marcaram uma consulta com a psicóloga para mim levar, eu respondo:

- Não quero ir!

- Vai ser bom para você filha, o médico disse que sua depressão está elevada e que se não cuidar pode piorar, queremos que você fique bem

Apenas fico quieta e não falo nada mais. Vou para o carro e contínuo quieta sem falar uma palavra, logo vejo meu celular vibrando e pego para ver o que é, para minha surpresa era Thomas perguntando como eu estava

- Oi Júlia

- Oi Thomas

- Você não veio hoje, fiquei preocupado com você

- Ah... Eu passei mal e fiquei internada a noite toda no hospital

- Ah, que ruim, melhoras amiga

Fico pensando," Nossa, ele me chamou de amiga", a felicidade percorre todo meu corpo porque sei que posso contar com ele para tudo que eu quiser, acredito e logo retribuo.

- Obrigada amigo, mas acho que vou ficar uns dias sem ir, só devo ir aí para levar meu atestado porque tenho que ficar de repouso, me recuperando.

- Tá bom então, melhoras, passarei aí para te visitar assim que possível.

Nós despedimos e desligo o celular, sinto que depois dessa conversa tudo fica super bem e nada a mais me abala, ao longo do caminho meus pais chegam na farmácia, descemos, eles vão no balcão comprar o remédio, enquanto isso eu fico passeando pela farmácia para ver o que tem lá, vejo umas coisas diferentes que eu nunca vi antes, observo, pego e me pergunto:

" O que é isso"?, não queiram saber eu muito tempo depois descobri o que era e fiquei bem constrangida.

Até que meus pais vem na minha direção, coloco objeto desconhecido no lugar e saio da seção qie estava, meus pais me chamam para ir embora:

- Vamos filha? Terminamos, compramos tudo.

- Vamos

Entramos no carro e vamos embora para casa, chegando próximo de casa eu pergunto a eles:

- Tudo bem se um amigo meu vir me visitar?

Eles demoram para responder e logo minha mãe responde:

- Amigo Julia? que amigo?? Aquele menino que foi te buscar?

- Vai começar mãe? Toda hora isso

- Tá bom filha, parei, pode sim

Meu pai responde também:

- Pode filha, fico feliz que você fez um amigo, nós apresente ele depois para conhecermos.

Eu fico feliz com as respostas deles, e fico esperando a confirmação de Thomas falando o dia que ele vai me visitar, chegamos em casa, entro e minha mãe começa a pegar no meu pé como se eu fosse uma criança:

- Julia, tome logo banho, você ficou naquele hospital cheio de bactérias e vírus.

- Tá bom mãe

Eu só subo e tomo meu banho, ligo minha tv coloco um desenho " bob esponja" e fico assistindo até dar o horário do almoço, no horário do almoço minha mãe decide me surpreender e leva a comida até minha cama em uma mesa de colo,ela bate na porta para entrar.

"Toc toc"

- Filha, posso entrar?

- Pode mãe

- Vim trazer seu almoço

Eu fico surpresa, ela me traz um estrogonofe de frango com arroz e batata palha

Eu pergunto estranhando:

-O que houve mãe, comida na cama?

- Sim filha, você não está bem, então decide te trazer aqui

- Obrigada mãe

Ela sai e me deixa comendo, recebo mais mensagens no WhatsApp das minhas amigas do Piauí:

- Júlia?

- Oi amiga

- Como tá sendo as coisas aí?

- Tão indo.... Tá daquele jeito né, fiquei internada, por causa de uma crise de ansiedade forte, mas já estou em casa

- Nossa Julia, melhoras para você, tô com saudades de você

- Também tô amiga

A gente fica conversando e fofocando sobre a vida de ambas, até que o assunto morre e paramos de conversar, eu desço para levar os pratos para cozinha, vejo que minha mãe está lavando roupa

- Quer ajuda mãe?

- Não filha, não se preocupa

- Mãe, eu queria ser mais amiga da senhora, te contar as coisas, e que a senhora fosse mais aberta comigo também para as coisas

- Ah filha, precisamos conversar sobre isso…

Minha mãe tenta evitar falar sobre no momento e me diz para ir procurar algo para se distrair da ansiedade.

- Tá bom mãe, quando a senhora tiver um tempo a senhora me fala, tá?

- Tá bom filha

Eu lavo meu prato, e logo em seguida subo de volta, fico a tarde toda repousando como o médico falou para fazer, aproveito para ler um livro que eu estava enrolando de ler faz muito tempo, um livro que fala sobre um romance de um casal, leio algumas páginas e fico impressionada.

" Até que eu gostei do livro"

Eu dou uma pausa nas leituras, decido tirar um cochilo, me cubro com a coberta e durmo durante umas 2 horas, até que escuto alguém batendo na porta, fico escutando para ver se eu conheço a voz e era a voz da vizinha do purê de batata, minha mãe abre a porta e a atende:

- Entra vizinha, sente se

Ela entra e elas ficam conversando sobre receitas, casamento, entre outras coisas, eu penso:

" Nossa essa conversas de adulto são muito chatas"

Até que mais uma pessoa bate na porta, dessa vez não é mais uma vidinha desejando boas vindas, minha mãe mais uma vez se levanta e atende, dessa vez a voz é familiar era do Thomas, minha mãe atende:

-Olá, vim visitar Júlia

Minha mãe deixa ele entrar

- Entre…

Ela fica sem saber o nome dele, ele logo responde:

- Meu nome é Thomas

- Ah sim, desculpa, ela está lá em cima Thomas pode subir

- Tá bom tia

Ele começa a subir, eu só escuto os passos na escada, ele bate na minha porta

Toc toc

Eu logo pergunto:

- Quem é?

- Sou eu, Thomas

- Pode entrar

Ele entra com um buquê de flores e uns chocolates

- Licença Julia

Eu me sento na cama, ele me entrega as coisas

- Toma, trouxe para você

- Nossa, obrigada, ninguém nunca me deu.coisas assim antes

Eu sorrio para ele

- Nossa, sério? Minha família gosta de presentear as pessoas quando elas estão doentes, temos esse costume, espero que não ache estranho

- Não, não achei não, tá tudo bem, eu gostei muito, obrigada, tá

- Fico feliz que você tenha gostado

Ele se senta na minha cama e pergunta:

- Você está bem? O que aconteceu?

- Estou sim, tive uma crise de ansiedade forte, por causa do colégio, aí fiquei internada a noite toda, mas agora estou bem

- Meu deus, ainda bem que você ficou bem Julia.

- Sim

Ficamos conversando sobre o colégio e nossas vidas e eu vejo que minha família é totalmente diferente da minha, a família dele parece ser bastante educada, atenciosa quanto a minha não chega nem aos pés deles, fazer essa comparação me deixou um pouco triste só de pensar, mas não deixo ele perceber minha expressão, o tempo vai passando até que ele fala que tem que ir embora:

- Preciso ir Julia

- Tá bom, eu te levo lá embaixo

- Não precisa, descanse

- Ah... Tá bom então

Ele se despede de mim, e desce, eu fico pensando:

" Nossa ele é educado demais"

Depois de um tempo decido mandar mensagem para minha amiga Pamela a que está cuidando do Bob

- Pamela?

- Oi Júlia

- iai, como estão as coisas? E o Bob?

- Estão indo bem, o Bob está aqui

Ela me manda um vídeo dele brincando e feliz

- Nossa, ele está gordinho ein

- Sim, eu estou cuidando muito bem dele como você pediu

Eu fico super feliz de ver ele bem

- Obrigada amiga, se não fosse você eu não sei como ele estaria agora

- De nada Julia, e você está bem?

- Estou mais ou menos, tive uma crise de ansiedade forte, fiquei internada, mas estou bem.

- Melhoras Júlia, preciso ir agora

- Tá bom, tchauzinho

- Tchau

As horas passam e eu fico inquieta dentro do meu quarto

" Nossa, não tem nada para fazer aqui"

Baixo alguns jogos para jogar fico entretida por um tempo, mas logo em seguida fico entediada de novo, decido descer e sair um pouco na rua, me sento no chão e como já está de noite fico olhando a lua, até que meus pais ficam me observando dentro de casa, eles vem até mim:

- Filha, esta tudo bem?

- Tá sim, só tô entediada e sem o que fazer

- Ah sim...

Eu logo puxo um assunto com eles

- Posso ter um cachorro?

- Não sei filha, vai dar muito trabalho aqui

- Por favor, eu preciso de algum animal para me fazer companhia, eu cuido dele direitinho

- Tá bom Julia, vamos pensar

Fico um pouco triste com a resposta deles, mas um pouco esperançosa também, já que eles disseram que vão pensar, fico mais um tempinho lá e decido entrar, eles me chamam para assistir um filme

- Vamos assistir um filha com a gente

- Tá bom

Eles pegam um cobertor e pipoca, eu fico no meio deles e ficamos assistindo até dar sono, eu consigo assistir o filme todo sem dormir, já eles praticamente dormiram o filme todo, olho para eles e penso:

"PAIS"

E dou risada da situação, chamo eles para irem dormir

- Pai

Mãe

Acorda, vocês dormiram o filme todo basicamente

- Ah, desculpa filha

- Ta tudo bem

Eles levantam me dão um beijo na testa e vão dormir no quarto deles, eu fico um pouco na sala procurando série, como eu não acho nenhuma legal subo também para o meu quarto, me deito e fico no celular vendo se tem alguém online, vejo que Thomas está online, mas não o chamo, eu saio do celular e fecho os olhos até o sono chegar.

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