Por favor, não me deixe

Eu ligo pro motorista nos esperar na porta da frente, seguro a mão da Laura, e conduzo um caminhar vagaroso entre beijos, ecarinho,

— A minha namorada está tão linda!

De vez enquanto levo a mão aos lábios e beijo

— Eu não lembro de você ter me pedido em namoro

—Então preciso consertar isso, e fazer um pedido decente, vou pensar em algo especial

Ela fica toda vermelha

— Não me precisa pedir, foi bobagem minha, nem sei porque falei isso estar com você já é especial

Eu puxo-a pros meus braços e a baixo delicadamente, encosto o meu queixo nos seus cabelos,

— você está certa às vezes eu esqueço que nos conhecemos a pouco meses, a sensação que tenho é que já pertencemos um ao outro, acabei esquecendo de fazer um pedido de namoro.

Subimos as escadas que dava para o salão então, Laura paralisou, puxou sua mão da minha deixando um vazio e tentei segurar de novo, mas ela não permitiu

Mulheres:

— Meu Deus! Como pôde depois que Vanessa armou para ele, ainda tem coragem de arrumar essa mulher sem classe, e detalhes, trazer para minha casa com tantas jovens de boa família, Karen fala indignada

— Ela é igual as outras, só que se dá bem com o dinheiro dele, uma interesseira, diz uma convidada

— Repararam no vestidinho de quinta que ela está usando, sem falar que não sabe nem onde colocar as mãos — Silvyer ri —Na hora do jantar observei que o Gustavo estava ajudando com os talheres (Risos)

Que ridícula como alguém se sujeita a isso

—Triste, senti-me constrangida, ter que dividir a mesa com uma mulher de nível tão inferior ao nosso, que não sabe nem comer com pessoas de classe — a mãe da SILVYER reclama

— Queridas-me desculpe, eu nunca poderia imaginar que o Gustavo traria uma empregada para o nosso jantar,

Também fiquei constrangida. — falou Karen para as amigas

— Não teve culpa querida, infelizmente isso acontece, quem pode saber o que há na cabeça desses homens, os nossos filhos nem sempre nos ouvem

— Eu tentei ajudar o Gustavo, mas sai como a madrasta má da história. — Leona se justificar

— Quem é esse Leona, de onde você a conhece? Pergunta Karen

— A garota da história do hotel, mamãe, que estava arrastando ele pro quarto. Que vergonha — explicar Leona

— Não estou dizendo, todos tem o seu Lugar nesta vida, não dá para misturar as coisas. — Karen balança a cabeça em negativo

Todas confirmaram: uma oportunista com certeza

— tá na cara que é uma oportunista, coitada é nítido que ela nunca foi convidada para um jantar como esse, muito sem classe AFF — Silvyer

— Totalmente querida, fico pensando o que um homem como o Gustavo viu nessa morta de fome, que nem falar sabe. — diz Leona

Estávamos voltando do jardim, ouvimos a conversa das mulheres, eu e a Laura éramos o centro da fofoca

Laura solta a minha mão, fechei os punhos com força para tentar aplacar a minha raiva, deu-me um misto de pânico e desespero não sabia o que fazer

Comecei a sentir-me sem ar

Olho para Laura que Tá pálida, tento segurar a sua mão de novo, mas ela puxa

Tento abraça-la

mas ela fica tensa

Laura... Eu...

— preciso ir ao toalete

— Claro! Vamos.

Tento me acalmar, não posso perder a Laura

Caminhamos em silêncio

LAURA:

Gustavo mostra a porta, eu entro e fecho a porta me encostando nela por alguns segundos, caminho até a pia ligo a torneira deixando a água cair para ver se me acalmo, aqui tudo é lindo e sofisticado cada detalhe e pensado para trazer impacto aos convidados.

Mas eu fui tratada como uma penetra,

Não sou convidada, com certeza uma penetra.

Quando saio do toalete tem duas moças que o Gustavo apresentou, a magrinha como prima e a outra como amiga

Impedindo a minha passagem Pietra e Ana se não me engano

— Olá! Vim demonstrar o meu desprazer em conhecê-la, diz Pietra

— como?

— Não entendeu. Além de oportunista, também é burra?

— De burra Ana, ela não tem nada, eu conheço bem esse tipinho se finge inocência para dar o bote nas suas vítimas

olha aqui garota o meu primo já sofreu muito com a Vanessa no começo era igual a você uma boa moça, mas depois mostrou as garras, ele ainda nem superou tudo que a Vanessa fez com ele, ele sofre diariamente com a presença do António agora vem você para jogar a última pá de cal, vou-te dizer uma coisa se você pensa que ele tá sozinho, não está não! eu vou-te dar um pau sua safada.

Eu não acredito que estou escutando tudo isso, eles me rejeitaram sem ao menos me conhecer

Deveria ser só um jantar na casa da família do Gustavo, mas acabaram comigo

Penso que essa foi a minha pá de cal

— Quem é você magrela para intimidar-me? tenta-me dar um pau para vê

Se vai sobrar um fio de cabelo nessa peruca cheia de gel falo com muita raiva

— Eita! ela se acha a toda a poderosa, Laura esse e o seu nome nê? — Fala Ana desdenhosa

— Laurinha "poderosa ou perigosa"

Vou-te dizer uma coisa: eu sou muito mais perigosa que você

— Isso é uma comédia certa e gorda e magra, igual no filme?

— A sua... Vaca do interior, olha quem você chama de gorda sua, gordo-fóbica vou-te ensinar a ser educada.

Pietra tenta me bater e eu seguro o seu braço e torço

— Sua o quê? Vou-te dar um conselho, fiquei bem longe de mim ou vocês duas vão aprender a ter educação com as visitas

Ela choramingou de dor então

Soltei o braço dela com força, ela bateu na parede e saí andando com pressa quando cheguei no final do corredor Gustavo estava voltando para me encontra quando me viu logo perguntou:

— O que aconteceu, você está bem?

— Eu quero ir embora agora, nunca fui tão humilhada na minha vida

O Gustavo olha pro corredor, Pietra e Ana estão vindo na nossa direção

— O que elas fizeram?

Pergunta segurando o meu braço com carinho

— Eu só quero ir embora

Nunca fui tão humilhada

— Não! Vou falar com elas, na verdade, vou falar com todas essas mulheres sem educação. Todas vão ter que pedir desculpas pra você

— Não! Eu só quero ir para minha casa, por favor, tire-me daqui

— Laura, eu ... Tá tudo bem, vamos embora

Não nos despedimos de ninguém

Quando entramos no carro,viro para janela Gustavo tenta um diálogo mas eu ignoro, escuto ele dizer: