O que é bom dura pouco

NA Suíte 412:

Sou Leona Aragon, Alexandros, 44 anos, sou conhecida como.

“A dama de ferro” sem coração e sem sentimentos, a terceira em comando da empresa Alexandros, casada com Andreas Aragon, 44 anos, herdeiro e administrador dos Dois, hotéis da família Aragon

Tenho dois filhos, Theodoro, 23 anos e Pietra, 21 anos.

Nicolau Dimitri, e um impasse para eu chegar ao poder, ele é pai de Silvyer, cultiva pérolas d'água e é concorrente das empresas Alexandros

— E agora Leona, o que vai fazer, nós tínhamos um acordo, mas a condição era o casamento das nossas famílias, Gustavo e Silvyer pelo visto isso não acontecerá.

— Fiquem calmos, eu pensei que o Gustavo entendera, — que raiva que estou sentindo

— Quero aquela insignificante demitida hoje, nunca fui tão humilhada. Era para eu ser a noiva do Gustavo, como vou.

Encarar os meus amigos, as pessoas vão pensar que inventei que ele me pediria em casamento.

— Querida se acalme

Ela será, olho para Andreas, quero essa menina demitida agora!

— Leona, se você quer arrumar uma guerra com o seu primo, é isso?

Porque se eu demitir essa garota é isso que terá.

— Ela será demitida, até porque é uma das regras do hotel, funcionários não podem envolver-se com hóspedes,

— Sim, é verdade! Não permitimos que o nosso corpo de funcionários se envolvam com os hóspedes para evitar dores de cabeça futura. Falarei com o gerente para demitir a moça.

Silvyer bate palmas e Nicolau apenas sorri. Preciso dessa aliança para ser a próxima CEO da empresa.

NA COZINHA:

Entro esbaforida, levo uma bronca do chefe, mas começo a trabalhar sem mais problemas. Mas às onze horas sou chamada pelo chefe para comparecer.

Na sua sala.

Bato na porta, ele abre com uma folha na mão.

— Senhorita Laura Lins, certo.

Entende que quebrou uma das nossas regras, a de não se envolver com os hóspedes? — fiz que sim com a cabeça —

Por esse motivo estamos lhe dispensando, antes precisa assinar esse documento de sigilo, — ele balança o Papel que está em sua mão — sobre tudo que ocorreu nessa noite, no nosso hotel só tem pessoas importantes

de alto nível. E nós prezamos pela discrição dos nossos hóspedes, não pode contar nem para o espelho, entendeu-me? Senão será processada.

Façamos o depósito na sua conta na segunda-feira, não precisa se preocupar com isso, receberá o valor integral como se tivesse trabalhado nos cinco dias.

O que dizer numa hora dessas.

Aí Laura que merda

no que fui me meter, agora como vou contar para o seu Geórgios, ele confiou em mim, por isso indicou-me.

EM CASA:

Pareceu demorou uma eternidade para chegar em casa, um quarto e sala de paredes brancas embaixo da casa do meu senhorio com um pequeno pátio com alguns vasos de plantas.

Abri a porta com a minha chave, entrei na pequena sala que tinha uma janela que deixava entrar a luz da tarde com um sofá bege, mesa de centro de madeira antiga, uma escrivaninha, todos comprados de segunda mão.

Na cozinha tipo americana, com um armário suspenso, fogão, quatro bocas, geladeira, micro-ondas

— Que ouve Laura, não era para você voltar no domingo à noite? — Camila levou um susto.

— Oi! Amiga, era, sim, mas envolvi-me numa situação delicada e fui dispensada.

Conto por alto a história e Camila abraça-me (abraços para mim e coisa estranha) não sei como agir

— Tudo bem, daqui a pouco aparece outro trabalho extra, nada com um dia após o outro.

Confirmo com a cabeça.

Resolvi ligar para Sr. Geórgios Era melhor ele saber da minha boca do que a dos outros, contei por alto o que havia acontecido, ele disse que tudo bem, nem sempre somos compreendidos, que não estava chateado comigo, despedi-me dele

agradeço a oportunidade.

Com tempo sobrando, resolvi botar os estudos em dia.

Anoiteceu sentindo triste, aquele homem não saiu da minha cabeça, o ditado está certo.

“O que é bom dura pouco”

Como eu queria estar com ele agora, conversando, sentindo o seu perfume caro, talvez jantando, será que ele me procurou?

NO HOTEL:

O dia pareceu não passar nunca, estava sentado embaixo de um grande guarda-sol com os meus primos e amigos na beira da piscina, o dia estava quente e batia um vento morno, todos vestiam se com roupas leves.

Eu não conseguia me concentrar em conversas, só pensava na garota bonita que eu desejava conhecer melhor. As pessoas falavam e ria, e eu só queria sair dali. Por fora, eu mantinha uma aparência tranquila, mas por dentro eu lutava para não entrar em uma nova crise de ansiedade. Cada vez que me tocavam, eu sentia vontade de limpar-me e sair correndo. No entanto, as pessoas começaram a notar que eu olhava para o relógio o tempo todo.

— Entediado Guto? — Pergunta Ana

— Não! Por que estaria?

Disse mais grosso do que pretendia, Ana é a namoradinha do meu primo Theodoro segundo ou simplesmente Theo.

— Você não para de olhar as horas, será que a conversa está ruim ou está ansioso para encontrar alguém.

Não podia responder que me encaixava nos dois, se eu não pudesse estar com a Laura, preferiria ficar sozinho, ouvindo o silêncio, única pessoa que consigo conviver com naturalidade e o meu amigo e braço direito Bruno, os outros apenas suporto.

— Não é nada disso -

Respondo angustiado

A minha prima Pietra,com os cotovelos na mesa diz com olhar sonhador.

— Parece voando normalmente, isso significa que alguém se apaixonou.

Fecho a cara para ela, apaixonado? De jeito nenhum.

— Nossa Pietra, da onde surgiu isso?

— Ora, Guto, você já passou da hora de se apaixonar.

Resmunguei algo, levantei-me e saí andando sem nem olhar para trás

O relógio marcava sete e cinquenta e cinco ficarei a esperar a Laura sair.

Para o meu azar passou-se mais de uma hora e nada da Laura, então entrei no mesmo lugar que passei no dia anterior com Laura fui a

cozinha, e perguntei ao jovem parado na entrada.

— Boa noite!