Enquanto nos abraçávamos, compartilhando o medo e a angústia aguardando a cirurgia de Elliot terminar, fomos informados de que poderíamos visitar Elliot no CTI. Segurando as mãos, caminhamos em direção ao local, nossos corações pesados, mas com uma chama de esperança ainda acesa dentro de nós. Ao nos aproximarmos de Elliot, vimos seu rosto pálido, mas sereno. Angel sorriu com orgulho e ternura, acariciando o rosto de nosso filho.
Enquanto permanecíamos ao lado de Elliot, compartilhando momentos de silêncio e palavras de encorajamento, nossos pensamentos se voltavam para Ella, que lutava pela própria vida a espera de um coração. A angústia em nossos corações era avassaladora, mas não permitiríamos que o desespero nos dominasse.
De repente, a porta do CTI se abriu e um médico se aproximou de nós. Seus olhos mostravam seriedade, mas havia um leve traço de esperança em seu rosto.
— Senhor e senhora Karvet, sinto muito informar que Ella teve uma parada cardíaca. Fizemos tudo o que pudemos para estabilizá-la, mas seu estado é muito delicado. Estamos trabalhando incansavelmente para trazer ela de volta.
Meu coração parecia parar por um momento, enquanto eu processava as palavras do médico. Ella no CTI. Uma parada cardíaca. Eu olhei para Angel, vendo a dor e o desespero em seus olhos. Minha voz saiu em um sussurro rouco:
— Não pode ser... não pode ser verdade...
Angel agarrou minha mão com força, buscando conforto e apoio.
— Damien, o que vamos fazer? Nossa pequena Ella... Ela precisa de um coração. Não podemos perdê-la.
Eu lutava para encontrar as palavras certas, minha mente estava turva de preocupação e angústia.
— Vamos nos manter fortes, Angel. Não podemos desistir. Vamos confiar na equipe médica e acreditar que eles farão tudo o que estiver ao seu alcance para salvar nossa filha.
As lágrimas rolavam pelo rosto de Angel enquanto ela lutava para conter o choro.
— Mas e se não conseguirem encontrar um doador a tempo? E se... e se perdemos nossa preciosa Ella?
Minha voz tremia enquanto eu tentava transmitir um pouco de esperança.
— Não podemos pensar assim, Angel. Temos que acreditar que um doador será encontrado. Vamos enviar todas as nossas energias positivas e orações para que isso aconteça.
As palavras do médico ecoaram em meus ouvidos como um trovão, e um frio percorreu minha espinha. Angel soltou um soluço angustiado e segurou ainda mais forte a minha mão.
— Por favor, doutor, não podemos perdê-la. Ela é tão pequena, tão indefesa. Faça o possível e o impossível para salvá-la! — Angel implorou com lágrimas nos olhos.
O médico olhou para Angel com compaixão e prometeu:
— Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance. Vamos continuar lutando por Ella. Ela é uma guerreira, e não vamos desistir dela.
Eu senti uma mistura de impotência e desespero dentro de mim. Como pai, meu instinto era proteger meus filhos, mas nesse momento eu me sentia incapaz de fazer qualquer coisa.
— Por favor, doutor, mantenha-nos informados sobre qualquer mudança. Queremos estar ao lado de nossa filha! — pedi com voz trêmula.
O médico assentiu e se afastou, deixando-nos na sala de espera, perdidos em nossos próprios pensamentos. O silêncio pesado pairava sobre nós, interrompido apenas pelo som abafado de nossos soluços.
Meu olhar encontrou o de Angel, e eu vi a dor profunda em seus olhos. Eu a abracei com força, tentando transmitir o quanto a amava e o quanto precisávamos nos apoiar um no outro nesse momento difícil.
— Vamos ficar juntos, Angel. Vamos enviar todas as nossas energias positivas e orações para Ella. Ela precisa sentir nosso amor e nossa força! — eu disse com determinação.
Angel olhou para mim, suas lágrimas mescladas com uma centelha de esperança.
— Você está certo, Damien. Nós somos os pais de Ella, e temos que acreditar em sua força e resiliência. Vamos lutar por ela, assim como fizemos por Elliot.
Enquanto esperávamos, mantivemos um elo silencioso, enviando pensamentos de amor e cura para Ella. Rezamos e imploramos ao universo por um milagre, desejando com todo o nosso ser que nossa pequena princesa se recuperasse.
Horas se passaram, cada minuto arrastando-se como uma eternidade. Finalmente, a porta do CTI se abriu novamente, e o médico voltou a se aproximar de nós.
— Houve uma reviravolta. Ella respondeu positivamente aos esforços de ressuscitação e seu coração foi estabilizado. Ainda é um longo caminho pela frente, mas há esperança.
Uma onda de alívio percorreu meu corpo, e as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Abraçamos o médico com gratidão e nos olhamos, um sorriso frágil e cheio de emoção se formando em nossos lábios.
— Nossa princesa vai vencer essa batalha, Angel. Eu acredito nisso. Ela é uma guerreira! — eu disse, com os olhos marejados.
E, naquele momento, a esperança se renovou em nossos corações. Sabíamos que tínhamos uma longa jornada pela frente, mas também tínhamos amor incondicional, coragem e a determinação de nunca desistir.
Dias se passaram, e cada segundo parecia uma eternidade. Finalmente, recebemos a notícia que tanto esperávamos. Um doador compatível havia sido encontrado para Ella. Uma mistura de alívio e gratidão invadiu nossos corações enquanto nos dirigíamos ao CTI para estar ao lado de nossa pequena guerreira.
Ao entrarmos na sala do CTI, vimos Ella deitada na cama, conectada a vários equipamentos. Segurei a mão de Angel e sussurrei:
— Ela vai ficar bem, Angel. Nossa princesa é forte. Ela vai superar isso.
Angel olhou para mim, seus olhos brilhando com determinação.
— Vamos enviar todo o nosso amor e energia positiva para ela. Ela precisa sentir nosso apoio, mesmo que não possamos estar ao seu lado neste momento.
Em meio às máquinas e aos monitores, o amor fluía entre nós, nutrindo a esperança e a fé em um futuro melhor. Sabíamos que ainda havia um longo caminho pela frente, mas estávamos determinados a enfrentar todas as adversidades juntos, como uma família unida pelo amor inquebrável.
A sala de espera do CTI estava repleta de tensão e ansiedade. Eu segurava as mãos trêmulas de Angel enquanto aguardávamos notícias sobre Ella. Cada segundo parecia uma eternidade, e o silêncio só aumentava nossa angústia.
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Zilda Barbosa
cade a safada a avo que nao esta vendo o sofrimento deles velha pilantra
2025-02-24
0
Denise
O mais impossível aconteceu, que foram os dois corações compatíveis. Então, agora, é esperar o final da difícil cirurgia.
2024-09-25
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Joelma Portela
oh ! Glória
2024-08-19
0