O luto me envolvia como uma névoa escura, roubando minha energia e meu ânimo. Cada dia era uma batalha para encontrar um sentido na vida sem Kayla ao meu lado. No entanto, a preocupação constante com meus filhos recém-nascidos me mantinha um pouco mais lúcido, mesmo que abalado.
Enquanto eu segurava meus filhos nos braços, o medo me consumia. Eu via a fragilidade em seus corpos pequenos e lutava para conter as lágrimas. Eu precisava encontrar alguém que pudesse cuidar deles, alguém que soubesse como lidar com suas condições cardíacas delicadas.
Contratei várias babás, mas nenhuma delas parecia entender a gravidade da situação. Eu via a frustração nos olhos dos profissionais de saúde que visitavam minha casa, incapazes de encontrar alguém que atendesse às necessidades dos meus filhos. Eu me sentia impotente, incapaz de protegê-los e fornecer o cuidado adequado.
Em uma tarde chuvosa, eu observava meus filhos chorando incontrolavelmente em seus berços. Minha paciência estava se esgotando, e eu me sentia cada vez mais desesperado. Foi quando ouvi uma voz suave ecoando pelos corredores.
— Shh, calma meus anjinhos. Eu estou aqui com vocês! — disse Angel, a faxineira do hotel, em um tom doce e reconfortante.
Curioso, fui em direção ao quarto dos bebês e vi Angel sentada ao lado dos berços, acalmando meus filhos com sua presença reconfortante. Meus olhos se arregalaram de surpresa ao ver os gêmeos pararem de chorar quase instantaneamente.
— Angel Muniz? O que você está fazendo aqui? Você trabalha na limpeza, mas pelo visto leva jeito com bebês! Como conseguiu fazê-los parar de chorar? — perguntei, confuso e maravilhado com a cena diante de mim.
Ela se levantou e olhou para mim com gentileza em seus olhos.
— Desculpe, senhor Karvet. Eu estava apenas passando pelo corredor e ouvi os bebês chorando. Eu pensei que talvez eu pudesse ajudar.
Eu fiquei em silêncio por um momento, observando meus filhos tranquilos em seus berços. Era um contraste impressionante em relação às últimas semanas de agonia e choro ininterrupto.
— Você... você conseguiu acalmá-los! — eu disse, minha voz repleta de admiração e gratidão.
Como pai dos gêmeos fiquei um pouco em envergonhado por não conseguir tal feito. Angel sorriu timidamente.
— Eu cantei para eles. Parece ajudar. Talvez a música acalme suas almas inquietas. São lindos bebezinhos.
Eu me aproximei dos berços e olhei para meus filhos com um misto de amor e perplexidade. Era como se Angel tivesse desvendado um segredo que eu não conhecia, uma maneira de trazer paz aos corações tão frágeis dos meus filhos.
— Angel, você... você estaria disposta a nos ajudar? — perguntei, minha voz trêmula de esperança.
Ela olhou para mim, seus olhos brilhando com bondade.
— Eu gostaria de ajudar, senhor Karvet. Sei que não sou uma babá qualificada, mas eu me importo com esses bebês como se fossem meus próprios filhos. Eu faria o meu melhor para cuidar deles. Sei que parece ser estranho dizer isso, mas os olhos deles viram meu coração.
Naquele momento, eu soube que havia encontrado alguém especial. Alguém que poderia preencher o vazio deixado pela perda de Kayla e oferecer o amor e cuidado que meus filhos tanto precisavam.
Mas não tinha feito um convite formal para ela e deveria fazer, mas por enquanto quero apenas admirar essa cena de calmaria a minha frente porque cada vez que meus filhos choram fico com medo de que algo aconteça e os perca também. Deixo Angel ali com meus filhos pedindo como um favor, porém é um teste.
Assim que volto para o escritório central minha secretária diz que a minha sogra me ligou diversas vezes. Olho para Grego que diz;
— Senhor Karvet, como estava ocupado não quis interrompe-lo e sua sogra disse que já havia resolvido tudo!
— Greg, vou dizer apenas uma vez! Quando você receber qualquer ligação da minha casa passe direto para mim! Não importa se eu estiver em uma reunião com o Papa!
— Eu sinto muito, Senhor Karvet! Não cometerei esse erro novamente!
— Assim eu espero! — Ligo para minha sogra e a mesma me diz que precisou ir até o assistente de seguros para resolver e saber com quanto poderia ficar com a morte de Kayla e iria usar o dinheiro para a cirurgia do tumor do meu sogro.
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Denise
Que maravilha que ANGEL caiu do céu para fazer-nos bebês se acalmarem e parar de chorar. Quanto ao seguro de vida da KAYLA, não entendi. Acho que sogra de DAMIEN quer usar toda grana pra fazer a cirurgia do marido?
2024-09-24
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Erlete Rodrigues
olha ela precisa operar lá o tumor do marido né mas é tão estranho querer saber do seguro da filha né vai ficar para ela quanto
2024-09-12
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Joelma Portela
Angel o anjo enviado para socorrer o Damien
2024-08-18
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