Capítulo 4: Laços que se Fortalecem.

Os dias se passavam, e a presença de Angel em nossa casa trouxe uma nova luz às nossas vidas. Ela cuidava dos meus filhos com tanto carinho e dedicação, e seu sorriso genuíno alegrava até mesmo os momentos mais difíceis. No entanto, eu não fazia ideia dos segredos que ela guardava.

Uma noite, Angel chegou em casa radiante. Seus olhos brilhavam de alegria e ela carregava uma notícia especial consigo. Eu estava curioso para saber o que havia acontecido.

— Senhor Karvet, eu tenho algo para contar! — disse Angel, sua voz cheia de entusiasmo. — Eu estou grávida.

Meu coração se encheu de felicidade por ela, sabendo que esse bebê seria amado e cuidado como merecia. Eu ofereci meus parabéns e senti uma onda de emoção tomar conta de mim. No entanto, o destino cruel estava prestes a virar tudo de cabeça para baixo.

Naquela mesma noite, Angel voltou para casa com uma expressão abatida no rosto. Seu marido, dominado pelo ciúme e raiva por apenas a vê-la sorrindo, a agrediu violentamente. Ela foi levada às pressas para o hospital, deixando para trás sua alegria e seu bebê em perigo.

Quando recebi a notícia de que Angel estava no hospital, meu coração afundou no peito. Eu sabia que precisava estar lá para ela, para oferecer o apoio que ela precisava desesperadamente. Eu corri até o hospital, ignorando todas as outras preocupações, exceto a de estar ao lado dela.

Ao entrar no quarto, meu coração se partiu ao ver Angel tão frágil e ferida. Lágrimas escorriam pelo seu rosto, e ela me olhou com os olhos cheios de dor. Haviam hematomas em seu rosto, arranhões em seu pescoço e vi que imobilizaram a mão dela.

— Senhor Karvet... eu perdi o meu bebê! — ela sussurrou com a voz trêmula.

Eu senti uma dor profunda e impotente. A injustiça da situação me deixou furioso, mas eu sabia que agora precisávamos focar na sua recuperação física e emocional. Se tinha uma coisa que eu abominava era a agressão física a mulheres, idosos e crianças.

Decidi tomar uma atitude. Eu sabia que o marido de Angel não poderia continuar impune. Denunciei-o às autoridades e garanti que ela estivesse protegida de qualquer ameaça futura. Eu sabia que ela não iria conseguir denunciar aquele crápula boçal.

Levei Angel para a minha mansão, oferecendo-lhe um refúgio seguro. Eu queria cuidar dela, ajudá-la a se recuperar tanto física quanto emocionalmente. Eu me tornei seu apoio constante, seu ombro para chorar e sua força para seguir em frente.

À medida que os dias se transformavam em semanas, nossa conexão se fortalecia. Eu percebi que meus sentimentos por Angel iam além de amizade. Seu espírito resiliente e sua doçura cativaram meu coração. Eu me pegava pensando nela constantemente, desejando ver um sorriso genuíno em seu rosto novamente.

No entanto, eu também sabia que Angel estava se recuperando de uma tragédia recente. Eu não queria apressar nada e estava disposto a esperar o tempo que fosse necessário. Afinal, ela havia passado por momentos difíceis e merecia encontrar a felicidade e a cura em seu próprio ritmo.

Enquanto eu cuidava de Angel, também me dedicava incansavelmente em busca de uma cura para a doença cardíaca dos meus filhos. Eu pesquisava, consultava especialistas e investia em pesquisas médicas. Meus filhos eram minha prioridade máxima, e eu faria qualquer coisa para garantir sua saúde e bem-estar.

O destino havia unido nossos caminhos de maneira inesperada, mas eu estava determinado a tornar o futuro de Angel brilhante novamente. No meio da escuridão, nossa amizade florescia e uma chama de afeto estava acesa dentro de mim.

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