Chegamos a poucos dias, e tudo que eu queria era matricular minha irmã e seguir minha vida. Confesso que estava muito exausta, sonolenta e Aline estava exigindo muita atenção.
-Senhorita Smit, que bom que voltou, estamos reorganizando as equipes e atualmente a senhora irá trabalhar em parceria com a equipe de produção, o reponsavel é o Senhor Martin.
-Senhor Juan, não sou gerente de projeto, nem líder para está em contato com a produção, apenas programo, as vezes auxílio o arquiteto, mais meu contrato é para programação.
-Senhorita Smit, seu trabalho aqui é importante, mais não confunda seu papel, continua sendo uma funcionária e são as ordens do CEO, portanto não há porque contestar. Vamos migrar para contrato presencial, você terá que vir todos os dias, não vamos mudar as horas, mais precisamos de sua dedicação.
-Mais Senhor Juan eu…
-Como disse Senhorita, são ordens.
Nada estava funcionando desde que cheguei, meu trabalho está triplicado, Aline tem chorado de saudade das amigas, eu estou adoecendo e a faculdade tem me consumido.
Aline dormia todas as noites colada em mim, minha irmã tinha desenvolvido síndrome do pânico desde das mortes dos nossos pais e saber do diagnóstico de tio Reinaldo não contribuiu, ela somente soube no dia de nossa despedida, visto que tia Suzana fez questão de falar, as vezes me pergunto qual o problema dela conosco.
-Já soube. Querida você está muito ferrada.- cruzo com Berta no corredor.
-Eu não acredito que vou ter que trabalhar todos os dias, e ainda por cima em parceria com o idiota do Martin, Berta.- falo bufando.
-Juan é amigo do idiota, tem certeza que ele tá planejando alguma qcoisa.
-Berta, eu tô uma pilha, Line teve uma crise assim que chegamos do Brasil, está controlada, mais a ausência das amigas e notícia da doença do Tio Reinaldo a deixaram fragilizada, ela está na escola de manhã e chegaram 16 h em casa, mais a noite passa o tempo todo perguntando sobre nossa família, porque não procuramos o resto da nossa família, ela está assustada.- confesso que pensei que seria mais tranquilo.
-Amiga, eu não sei como ajudar. Mais seu que ficar mais horas aqui parece dificultar sua vida.- constata.
-Mais é claro, eu tenho a faculdade e minha irmã, agora administrar meus horários fica complicado.
-Porque não faz uma reclamação?-
-Segundo Juan as ordens são do nosso CEO. Me diga amiga o que esse engomadinho sabe sobre meu trabalho e o que adianta eu trabalhar com um monte de idiotas que não sabem nada de tecnologia.
Eu havia recebi várias propostas e acredito que essa seria uma ótima oportunidade para analisar novamente uma nova perspectiva. Eu gostava de trabalhar aqui, mais a mudança na minha grade horária e a imposição de trabalhar com aquele idiota.ahhhhh
Segui para o restaurante mais próximo. E ao atravessar a rua distraída só senti um leve empurrão que me fez ir ao chão.
-Ahhh… meu tornozelo.- reclamo alto.
Merda hoje realmente não é o meu dia.
Um homem alto e elegante desceu e junto com ele seu motocista. Ambos se aproximaram de mim.
-Você está muito ferida?- perguntou o motorista que estava próximo.
-Desculpe eu… eu estava distraída.- falei envergonhada.
-Eu freei o mais rápido que pude, mais acho que você se assustou.- ele falou chegando mais próximo.
-Senhoriata, vamos a um hospital, precisamos verificar se está tudo bem.-o homem alto falou.
Ele me olhava estranhamente, estava focado em mim de uma forma espantosa, acredito que ele ache que eu poderia processa-ló ou algo assim.
-Não se preocupe, eu estou bem. Meu tornozelo machucou um pouco mais nada que algumas compressas não resolvam.
-Senhorita, jamais a deixaríamos aqui sem assistência.- fala tentando me tranquilizar.
-Não se preocupe, eu sei que a culpa foi minha, podem seguir…-ele me interrompe
Ele se aproxima de mim e fixa seus olhos castanhos diretos nos meus olhos.
-Senhorita, nada me faria deixá-la ferida neste mundo.- ele se aproxima como se fosse me levantar.
-Não se preocupe Senhor… qual é mesmo seu nome? - perguntei.
-Eu não lhe disse. Meu nome é Ravier. Venha vamos ao médico.
Vou levantando vagarosamente com auxílio do homem, como é bonito e educado.
-Ahhhh….- senti uma dor horrível.
-Vámos, se apoie em mim.- até parece, ele era alto e eu me sentia envergonhada.
- Não eu ….- neste momento ele me pega pelos braços, me dando-nos frio na barriga.
-Não precisa é sério eu posso….
- Gustav, direto para o hospital mais próximo.
Meu telefone começou a tocar no percurso do hospital, me encomendando.
-Sim, Berta.
-Cadê você? O Juan está esbravejando aqui por todos os lados, dizendo que você quer ser mais do que é que não cumpre ordens, que vai te dar falta e bla, bla bla.
-Eu me machuquei indo para o restaurante, o que deu nele? Berta eu vou procurar outro emprego, isso já é demais. Eu sempre fui presente e profissional, agora olha como ele está me tratando. Vou resolver isso ainda hoje.
-Vou segurar as pontas ok. Se cuida.- me tranquiliza e desliga
O silêncio se instala .
-Problemas.-Perguntou Ravier.
-Hoje definitivamente não é meu dia.- falo chateada.
-Hoje, é o meu dia!- fala sorrindo
- Que bom! Enquanto uns sofrem outros sorriem, essa é a realidade.- estou no pessimo momento.
-Estamos conversando e não sei seu nome.- pergunta casualmente.
-Sou Alana Smit. Obrigada por me levar para o hospital, bom meu tornozelo está realmente dolorido.- assumo.
-Alana, - fala testando meu nome- está com problemas no trabalho?
Não costumava desabafar, mais ele tinha sido tão gentil que conversamos sobre meus dias até chegar no hopital.
Meu tornozelo foi analisado e apenas inchou, eu teria que ficar de repouso por 15 longos dias, Ravier me deixou em casa com a promessa de que me visitaria para saber se estava tudo bem, trocamos telefone. Pelo menos algo bom nessa maré de azar que me circulava.
-Lana, cheguei.-grita minha irmã.
Quando me vê sentada , vem até mim nervosa. Vendo o meu pé imobilizado.
-O que aconteceu?- pergunta olhando meu pé.
-Eu me machuquei. Mas estou bem.- ela me abraça e deita cabeça no meu colo.
-Irmã…eu sei que desde de que cheguei tenho tido dificuldade, eu não quero ir embora, sempre foi meu sonho está com você. Mais eu estou com medo Lana, medo de ficar sozinha eu e você. Por isso, quero tanto conhecer nossa família. - tenta me explicar o que sente.
-Minha pequena. Quando te disse que viríamos morar aqui, você estava tão animada. Se eu soubesse…
-Eu não quero morar lá. Onde nossos pais morreram. -fala entre lágrimas.
-Line o que tá acontecendo?- pergunto preocupada.
-Eu só não quero perde você também. Todos que eu amo, estão ….- soluça.
-Aline, olhe para mim. Eu sei que é difícil, mais estou aqui para você. Você fez planos para está aqui, estava feliz. Sei que as diferenças te trouxeram lembranças mais eu estou do seu lado.
Abracei minha irmã e decidi, eu e ela iriamos para Itália, conheceria nossa família e mostraria a Aline que não era apenas nois duas.
Os dias foram passando e decidi não me vincular a nenhuma empresa, traquei a faculdade e pedi demissão. Estava com alguns trabalhos remotos, suficientes para me manter e cuidar de Aline.
Ravier se tornou um amigo, ele me ofereceu emprego e me propôs inclusive um cargo na Itália, mais eu não queria que nossa amizade fosse baseada em favores, ele era alguém que me surpreendia todos os dias, visto que nada me pedia, mais de bom grado me ajudava com detalhes do minha mudança.
Sim, eu estava de mudança e faltava apenas assinar a papelada para marcar nossa viagem, ruma a uma nova família.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Tânia Principe Dos Santos
não confio nesse Ravier. Acho que ele está se aproveitando da Alana e algo me diz que este Ravier é o rival do Enrico
2025-02-11
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Andréa Debossan
tbm acho que esse Ravier é o rival do Enrico, E o que faz o Enrico que até agora não encontrou ela? Não tô entendendo tava tão afoito pra encontra-la e até agora não foi atrás
2025-02-28
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vanja Débora
Alana tem que ser mais desconfiada, não pode confiar em qualquer um ,ela é sozinha com a irmã,tem que pensar bem
2025-03-18
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