Capítulo 4- Goles sedutores- Enrico

-Eu volto o quanto antes, não me espere!- Difícil dar um fora na queridinha da família.

-Enrico você me disse que teríamos uma chance porque está fugindo de mim? -não é uma pergunta é constatação.

-Não fode Mirella, esqueceu que nosso relacionamento é apenas sexo. E gravar as promessas que falo quando estou afundando meu pau em você, é pura sacanagem, neste momento qualquer homem prometeria o céu, mas sempre deixei claro que nosso lance é sexo. Gosto assim, se não curti tudo bem.

Desligo o telefone. Por isso é tão difícil transar com pessoas do mesmo meio, sempre uma cobrança, sempre ligações e no caso de Mirella nem posso virar as costas, ela é como afilhada da minha mãe. Tudo o que essa Patricinha quer ela consegue, menos eu, afinal como já disse não nasci para relacionamentos.

Minha cabeça estava quente tinha acabado de fazer mais um teste de DNA, mais um teste, mais uma golpista tentando ganhar dinheiro nas minhas costas me empurrando um filho que não é meu, eu já estava calejado destas oportunistas tentando me extorqui, por isso eu nunca transei sem camisinha sempre me protejo, assim evito milhões de euros gastos com uma aproveitadora. Eu estava estudando a possibilidade de ter garotas fixas e troca- las de tempo em tempo, assim diminuir a dor de cabeça, porém sou um cara que não curte muito repetir a dose, mas já estava ficando cansativo a quantidade de mulheres tentando me enganar. Além disso o contrato para um filho, pareceia cada vez mais uma realidade.

-Tudo bem senhor?

-Sim…estou farto. Preciso beber para aliviar, aquela maluca fez um escândalo.

Eu estava cheio, nunca fui ingênuo, mais pelo menos uma vez por mês ter meus advogados acionados para resolver tentativas de golpe vinha me deixando cada vez mais chateado.

-Senhor temos um camarote na casa noturna que foi inaugurada recentemente.

-certo.

-Senhor, terá alguma…

-Não, hoje não.

O barulho era algo que me deixava animado, mais hoje confesso que tudo que eu gostaria era beber em silêncio, porque decidi sair hoje? Merda. Caminho para camarote e meus seguranças se posicionam, sento com meu copo de uísque e vejo o movimento na pista, mulheres lindíssimas, com roupas que não deixam muito para imaginação, sim com poucos minutos observando o vai e vem de pessoas eu entendi o que fazia aqui, eu era um caçador e estava aqui para caçar, mesmo que custasse advogados e advogados eu era bom nisso.

Loiras, ruivas e morenas … eu estava disposto a aproveitar essa noite. Me aproximo da limitação do camarote para sondar a pista, algumas mulheres já haviam me percebido e sim…agora eu estava vendo claramente suas intenções.

-Quer companhia bonitão?- olho para a mulher e já sei do que se trata.

-Estou afim de algo mais leve hoje Karla, tive um dia complicado.

Karla e eu dividíamos muitas noites de sexo mais duro, com direito a muitos brinquedinhos. Ela é uma mulher lindíssima e está em busca de diversão.

-Então vamos beber amigo.

Começamos com conversas banais. E logo volto a observar a pista.

Sou tomado pela curiosidade, estou um pouco alto, mais consigo claramente ver como aquela Deusa está deslocada. Sim… vejo um grupo de pessoas, todos os caras com mulheres em seus colos e apenas um casal distante, obesevo o cara é vejo que ele está seguro demais, até se insinua para outra garota com pequenos toques e olhar disfarçado. Já aquela que parece ser sua acompanhante está deslocada.

Ela é linda, seu rosto não consigo ver de longe, mais seu corpo è tentador, seus cabelos lisos e longos lhe conferem um ar de donzela em perigo, quando ela se levanta sinto que vou ficar sem ar, preciso conhecê-la e toca-lá.

-Karla, eu preciso de privacidade.- ela sabe do que se trata.

-Não rola a três?- Safada, quem sabe? Vou ter que observar melhor minha presa.

-Karla nos vemos por aí.

Não tiro meus olhos da mulher, percebo o idiota que se quer escuta o que ela fala, ela pega sua pequena bolsa e vai em direção aos banheiros, sim minha noite começou a ficar interessante.

Vou em direção as escadas. Espero na porta da banheiro, lá vem ela e putz… de perto ela é uma Deusa … nunca vi nada igual. Porra devo está muito bebedo.

Paro na sua frente, mais ela continua a andar e esbarra em mim.

- Calma…gatinha…- eu a seguro para que não caia, porra que linda, esse cheiro tá me embriagando mais ainda, quando ela me olha eu sinto tudo parar em mim é só meu coração que bate, e como bate, vejo lágrimas e sou tomado por uma fúria.- aconteceu algo, porque está chorando?-tento parecer inerte, ela precisa ficar calma.

Ela me olha, analisando meu rosto e vejo a dúvida ali, minha coelhinha é tímida e reservada, será tão bom despir camada por camada dessa doçura.

-Estou em um dia ruim.-confessou, limpando as lágrimas. Ela não usa maquiagem, putz.

-Eu também. Podemos beber juntos para tornar pelo menos nossa noite, menos amarga.

Tento essa jogada, até porque ela parece duvidosa.

-Eu não costumo beber.- linda e sóbria, será um noite e tanto.

-É por isso que chora,- coloco toda certeza na minha voz- vem vou te ensinar uma ou duas coisas sobre dias tristes.

Um magnetismo me toma e eu preciso toca-lá, preciso senti-la então a toco conduzindo para mais perto de mim.

Chegamos ao camarote ela logo se aproxima da barra, percebi seu olhar a procura de seu acompanhante. Merda! Eu fico frustrado. Será que são namorados? E daí não sou ciumento.

-Certeza que não quer beber nada? Prova.- estendo meu uísque

Estou bem próximo dela quando vejo o que seus olhos observam, bem ali o seu acompanhante beijando outra garota.

Ela parecia não está acostumada com a bebida, mais sua frustração era palpável, logo após a primeira veio a segunda e a terceira golada.

-Vem vamos sentar ali, assim podemos beber e conversar um pouco.

Acompanhei a garota entre goles e goles e cada vez que ela bebia percebi seu rosto, senti seu cheiro, então eu bebia mais para aplacar meu desejo. Era sexy demais o silêncio da minha acompanhante, se o foco de seu silêncio não fosso outro homem eu estaria gozando só de observá-la.

-Me fala sobre você? O que faz aqui? não parece uma garota da noite.- quero conhecê-la.

Nesse momento percebo as ingrenagens rodando em sua cabeça. Ela é linda.

Seus olhos são de um verde limpo e reluzente, seus cabelos são castanhos em um tom mais claro, tem alguma fios loiros que lhe dão um charme, sua boca é linda carnuda e rosada, olho demais pra sua boca e tudo que desejo é sentir seu beijo.

-Eu sou uma garota comum… já deve perceber meu sotaque né? Sou do Brasil, moro aqui a 4 anos. Não sou alguém da noite, eu tentei hoje…. Você não sabe o quanto me custou está aqui. Eu queria dar uma chance para mim mesma, mais olha a merda que deu.-ela se olha- Eu mal tenho uma roupa.

Com essa frase ela me convidou a passear meus olhos por todo seu corpo, pecaminoso, e bota pecado aqui.

-Querida, daqui vejo você vestida e pode ter certeza que meus olhos gostariam muito de ver além desse vestido.- falo bebendo mais um gole. -Qual seu nome?

Ela fica vermelha, aí merda… ainda tem mulheres que ficam vermelha com um mero elogio.

-Digo, não estou vestida para esse ambiente. E não quero dizer meu nome, eu não te conheço.

Linda e pecaminosa.

-Sem nomes, coelhinha. Me conte o porque da sua noite está ruim então.

-Eu pensei que teria um encontro, eu fui uma burra. Ele nunca gostou de mim.- fala entre goles de uísque.

-Vai com calma!- tiro a bebida das mãos dela, nos dois estamos bem altos.-O que pode fazer com essa informação?

Me aproximei mais dela.

Ela pensa… me olha… tímida, eu tô louco por ela.

-Você me beijaria? Acha que sou suficiente para me beijar?

Percebi que era apenas uma dúvida, claramente essa garota não tem espelho em casa.

-Posso te mostrar sua resposta.- falo baixo me aproximando.

Ela apenas acena.

Eu tomo sua boca… e que gosto. Ela parece deslocada, não entende o meu desejo, mais eu a conduzo e ela vai se deixando conduzi… minhas mãos passeam por seu corpo e estamos quente, meu pau está cada vez mais duro eu sinto o cheiro de sua excitação, ela amolece em minhas mãos, a cada toque mais sensual.

-Posso tornar sua noite inesquecível, coelhinha é só deixar.-fala e retomo o beijo os toques.

Nossos amassos estão cada vez mais intensos, estou cada vez mais desejoso, a cada gemido, preciso aprofundar.

-Deixa eu te tocar.

-Eu… eu…alguém pode…

-xiiii…. Ninguém vai ver …

Ela só abre mais as pernas e minha mão avança pela barra do vertido que sobe, eu a protejo com meu corpo, e sinto sua calcinha toda molhada.

-Você está pingando, por mim, coelhinha?

—haaaaa… sim….

-Posso ir mais fundo…

-Sim…

Coloco os dedos dentro dela… e sinto o quanto ela é apertada…. Caralho eu preciso entrar nela. Após não aguentar mais ela goza…e como é linda…. Minha coelhinha está toda vermelha.

Sem perder o contato vou lambendo meus dedos.

-Vem comigo… eu preciso de você.

Estendo a mão, ela exista, mais logo segura…

Saimos da boate com meus seguranças evitando que nos vejam, entramos na SUV e vamos em silêncio.

_Senhor?

-Para onde?

Penso e quero ela na minha cama…mais é meu santuário. Decido que essa foda será como as outras, mesmo que nunca tenha sentido algo assim, será como as outras.

-Para o local de sempre.

Ela está calada, será que desistiu….

Chegamos no hotel, logo meus seguranças tomam a frente eu estendo minha mão para ela novamente. Ela apenas exista.

-Coelhinha, não vou te fazer mal algum, se quer ter uma noite para se recordar, algo gostoso, é só me seguir? Se não podemos apenas voltar. E qualquer das hipóteses amanhã nada mudará. Isso é sobre o agora. Não sou um homem para o amanhã.- deixo claro.

Ela pondera e timidamente agarra a minha mão.

Há, nós vamos nos divertir.

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