Capítulo 03- Decepção- Alana

Cheguei na Suécia com 18 anos, trabalho nas Indústrias Ricci desde então, nada tenho a reclamar da minha vida, aqui tenho a oportunidade de conquistar o meu sonho de trazer minha irmã para perto de mim. Meu tio é reponsavel por receber Aline em todos os feriados, eu fico com coração na mão pois sei que tia Suzana nada mais é que uma megera. Meu sonho é que tenhamos uma família, eu Line e Martin (sim ando pensando demais nele)

Sim… a dois anos que eu e Martin nos tornamos amigos, mais só nos últimos 6 meses que ele se declarou para mim. Eu não tenho o que falar porque é tudo muito novo para mim, são sentimentos que eu nunca tive.

Martin é um homem forte, atlético e galanteador, nos conhecemos em uma das visitas da equipe técnica com o setor de criação. Eu sou do setor de criação, mais tenho muitos cursos em mecânica e elétrica, além da minha graduação. Então no nosso primeiro contato ele já puxou conversa e nos tornamos amigos, logo eu e ele passamos horas montando projetos que ele apresentou e ganhou destaque na empresa, eu o ajudei porém não tinha enteresse algum nos méritos. Eu contei a ele minha história de vida e ele me apoio e ficou ao meu lado por um ano e meio.

A seis meses ele me deu meu primeiro selinho, eu nunca beijei de fato alguém, mas confesso que a sensação de ter alguém por mim despertou uma alegria em mim, que eu freei, afastei todas as invertida, sim… eu confiava nele, porém precisava de calma, já tinha perdido coisas demais na vida para perder alguém que fazia parte da minha nova vida.

-Lana, eu gostaria de te levar para sair hoje, você topa?- fala todo sedutor.

-Martin, hoje é complicado, podemos marcar na sexta, não na quinta.- ele se aproxima.

-Você é a minha garota, eu não aguento mais esperar pare te ter em meus braços, eu te amo Alana. Sei dos seus planos, mais podemos fazer dar certo, me dá uma chance de provar que posso ser o homem que você precisa. - ele me abraça e eu sinto um volume em suas perna que me assusta.

-Martin, estamos no trabalho, por favor.- eu o afasto.

-Tudo bem, amor! Esteja pronta para mim amanhã Lana.- ele Beija meu rosto e sai.

Eu estou bem nervosa, gosto de Martim, mais eu quero está em um relacionamento? Esse frio na barriga … aiiaiaiai…. Eu estou pronta?

—Garota, uau…aquele homem vai te devorar.- grita eufórica.

-Berta, para com isso, alguém pode ouvir.- alerto minha amiga.

-Alana, não se faça de rogada, aquele homem marcou uma noite quente com você e precisamos planejar.- fala maliciosa

-Pare com isso Roberta. Eu e Martin somos amigos e não sei se estou pronta para evoluir nosso relacionamento.

-Gata, não curto seu amiguinho já falei…mais não posso deixar de falar que ele é um gato, conheço várias garotas que saíram com ele amaram o passei no parquinho.-quando ela fala isso, fico mais nervosa ainda.-Ele não serve pra casar, mais para você liberar a perseguida…minha amiga, vai lá e senta.

-Roberta… não sei como somos amigas viu… olha o que você fala, eu eu….

-Não acredito.- eu estou toda vermelha e com vergonha.-Lana você é uma virgem?

- Sabe que não gosto de falar da minha vida, olha já chega ok. Eu tenho um plano e nada vai desviar minha atenção desse objetivo.

-Garota, quando sua irmã chegar vai ser bem difícil ter um pau daqueles livre, ok. Você será praticamente uma mãe, não terá tempo. Quer ficar só?- fala sem filtro.

-Berta, tudo gira em torno de sexo pra você. Não me venha com essas loucuras.- sentencio.

-Amiga, olha…vou te falar a real… você é linda. Todos os caras da empresa e da faculdade olham para você, mais você não olha pra frente. Gosta de meninas?-faço que não- Então amiga aproveita a sua vida, seus pais morreram, sua adolescência foi uma merda, você vai cuidar da sua irmã. Mais ainda é uma jovem linda que tem muito para aproveitar da vida e não perde em nada em viver um pouco. Não gosto de Martin, mais ele foi o único cara que você deixou se aproximar, então vá lá e aproveite essa noite. Não quer dar…ok… mais beije muito. Aposto que se sentirá outra depois.

Roberta foi minha primeira amiga aqui, trabalhamos no mesmo projeto e logo nos tornamos inseparáveis, claro que ainda sou reservada e tímida, porém cada loucura de Berta eu me sinto flutuando, portanto sua alegria e vida dão gosto ao meu dia a dia de trabalho e solidão.

Nunca saio com ninguém, sim sinto falta, mais eu quero um romance como os dos meus pais. Papai amou minha mãe a primeira vista, será que isso poderia acontecer comigo? Roberta tem razão, eu preciso colocar de lado toda essa insegurança e viver, decido que vou aceitar a proposta de Martim.

Trabalhei o dia inteiro, vou me arrumar para meu primeiro encontro e proveito e Ligo para minha irmã:

-Aline, como vai minha princesa?

-Lana, você sabe que estou com saudades?

- Minha garotinha …logo estaremos juntas.

Conversamos amenidades, enquanto eu ajustava minha roupa.

Percebi que não tinha nada bacana para um encontro romântico, só para trabalho, o mais leve que eu tinha era um vestido tubinho que usei para uma apresentação na empresa, eu não sabia ser sexy.

-preciso me despedir irmã!

-Tudo bem, Lana, sinto sua falta.

-Eu também, te amo.

Eu estava nervosa, falar com minha irmã, era uma estratégia, sempre ficava calma. Agora era eu e meu reflexo. Eu estava dando um passo gigante de confiança, tudo que eu queria era que desse certo. Sexo… eu queria? Martin é lindo, mais não sentia esse fogo por ele.

Escutei o toque da campainha, respirei fundo e fui.

-Oi Martin?

-Nossa você está ….-fala tocando minha mão- você está linda.

-Obrigada, você não está nada mal.

-Nem acredito que estamos aqui, planejei uma noite bem divertida para nos dois. - eu pensei que ia ser algo mais romântico, mais tudo bem.- Vamos nos encontrar com uma galera do trabalho, tenho certeza que você vai adorar. - acho que não será como pensei.

Entro em seu carro e tem um casal se beijando no banco de trás.

-Gente, essa é minha garota. Lana.

O casal me comprimento, mais logo volta aos beijos e eu me sinto deslocada.

Pouco depois chegamos a uma casa noturna e sinto vontade de sair correndo.

Falo para mim mesma, calma Lana, calma.

-Vem gata.-Martin me puxa para uma mesa e reconheço vários funcionários do setor dele, todos com garotas a tira colo.

Todos bebem muito, e Martin me convida inúmeras vezes pra dançar, mais eu me sinto fora da área.

- Vou ao banheiro Martin. - ele mal me ouve, está em uma conversa chata com um amigo.

Caminho rumo ao toalete que por incrível que pareça está vazio, la vejo duas das garotas que estão como grupo de amigos de Martin, entro em uma das cabines. Não quero conversar, logo escuto:

-Cami, não acredito que Martin trouxe essa sem sal… vocês não transaram ontem?

-sim…Ju… transamos a noite toda…. Mais Martin não é de compromisso, ele quer aproveitar da nerdizinha.Que ate que é bonitinha para continuar ganhando promoções. Não vê que ela é toda deslumbrada, aquele o gato vai comer a sem sal e depois vem desfrutar aqui do meu corpinho.- ri alto. -Quer apostar?

Logo as duas, saem e eu fico arrasada. As lágrimas vem com tudo, ser usada, nunca ser amada era meu destino? Merda, eu dei tudo de mim…eu enfrentei minhas dúvidas e olha o que da…. Vou sai daqui. Eu sabia que não deveria dar essa chance ao destino, eu sabia que a rasteira era uma garantia.

Eu preciso sair daqui, preciso me distanciar dele, de todos.

Saindo do banheiro esbarro em alguém.

- Calma…gatinha…- ele me segurou para que eu não caísse, nesse mero toque meu corpo inteiro formigou, ele me olha como se fosse me comer, mais não sei o que sinto.-aconteceu algo, porque está chorando?- fala alegre demais, parece está alto, aí… eu nunca vi um homem tão lindo.

Não sei o que sinto, porem aquele estranho parecia entender meu medo e vazio, ele com aquela pergunta me fazia sentir parte de algo…., ele ria e se mantia próximo.Eu não sabia o que dizer, ele estava bebado, mais sua voz, seu cheiro tudo me convidava a está próximo dele. Estranho, senti isso, esse homem estava me hipinotizando.

-Estou em um dia ruim.-confessei.

-Eu também. Podemos beber juntos para tornar pelo menos nossa noite, menos amarga.

-Eu não costumo beber.- revelo

-É por isso que chora,- falou convicto,- vem vou te ensinar uma ou duas coisas sobre dias tristes.

O toque do homem me faz sentir segura, não sei porque eu o sigo.

-Certeza que não quer beber nada? Prova.

Nesse instante vejo Martin de longe, Beijando a tal da Cami, idiota, não respeitou se quer minha presença.

Viro o copo da bebida que entra em mim queimando, não sei se é o ódio ou se é a frustração de ter acreditado que alguém poderia se interessar por mim.

Sim, meu primeiro gole foi seco, mais os demais vieram de forma aveludada.

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